Enquanto o gato viva
Mui feliz na sua ronha
Bem mais feliz o escriba
Em dois versos que componha!
Por isso, sempre que leio
Os versos meus que vos deixo
Fico mudo no receio
De me ler o grande Aleixo
Que vivendo engraxador
E mesmo sem saber ler
Teve o destino maior
Que um Poeta pode ter:
Gritando ao mundo a Verdade
Em redondilha menor
Ganhou a Eternidade
E no meu céu é doutor!
Agora sempre que escrevo
Eu invejo o grande Aleixo
Tão miserando me levo
“Nestes versos que vos deixo”!
Almeir
Guimarães, 1/04/05 |