Cemitério de vivos, campa rasa
Onde a vida se cansa de viver
E o tempo sem horas se desfasa
Sem medida nem tempo de o ser!
E dizem ser Natal os calendários…
E dizem ser Natal os mercadores…
E dizem ser Natal os usurários…
E dizem ser Natal os predadores…
Há um presépio longe, no passado
Um Cristo que nasceu só por nascer
E que por todos foi crucificado
Como hoje o Pobre continua a ser!
Há palavras escritas por dizer
E tanto Amor ainda por amar…
O Homem já não sabe o que vender
E muito menos sabe o que comprar…
Num tempo que sem horas se desfasa
Cemitério global em campa rasa!
Aos que entendem palavras como estas
Venho eu a desejar as BOAS FESTAS! |