Todos os dias o meu
mundo é estranho;
Todos os dias me dói
em qualquer membro:
Dói o mundo nos
braços, nas pernas, nos genitais,
Na alma e no
pensamento.
E em cada vez que
sinto o mundo no corpo
Uma ferida constrói
uma casa,
Novos moradores me
habitam os membros
E deixam novas almas
E pensamentos.
A idade traz-me
gente que me pilha a mim mesmo
Há guerras civis
aqui, a que sou alheio.
Há sangue fora das
minhas veias!
Há sangue em minha
alma
E em meu pensamento.
in Versos Nus,
Magna, 2007 |