O mundo é uma
cidade,
A tua cabeça
inaugura cidades com idades,
Logo, mundos com
idades
Como a forma redonda
com que falas e versejo.
Da forma redonda do
mundo,
Dos números ao
contrário, eu os vejo
Como o sobejo da
nudez dos significados,
Nos retratos onde o
passado desaparece;
Apanhei-te a estudar
os climas dos meus desenhos,
Logo, a temperatura
das minhas lágrimas
E não me zanguei.
Porque os restos das
palavras são um novo dia,
E em cada dia
Há novas cidades.
in Versos Nus,
Magna, 2007 |