Éris
procura a homenagem solar escancarada no centro incerto do pêssego das
CHUVAS OROGRÁFICAS e sobre a assinatura do olhar-VARDARAC os
eléctrons-volt dos PANTERINOS procura a inauguração resplandecente dos
sacos coriónicos: as copas de KAIYA avançam no desdobradamento das
tapeçarias-Moritake onde as aguarelas-lávicas rebentam o lençol de gêlo
para enunciarem as folhas mais íntimas da Annona Squamosa como um
simulacro de gumes-dos-salinos-hemisférios_______________as campânulas
dos minúsculos sorvedouros povoam os pânicos dos atiradores-de-larvas
que insistem permanecer na plenitude das margens das Vagens-Geodésias e
VARDARAC desloca-se nas arranhaduras do deserto, na colisão das placas
terrestres redescobrindo as palavras-dos-estromatólitos: as
palavras-da-cineasta capturam a pasta relampejante da ameixa-agónica, a
baía dos tubarões, a alcalinidade do FAGO para se enxugarem nas garras
das veias-cíclicas como estacas-mágicas das longitudes a fecundarem os
hinos-clitoríanos das criaturas-detectoras-de-minas:
VARDARAC rodopia nos hímens bélicos dos boxeadores-de-idiomas torcendo
as fluências-arfantes da penugem das luminárias onde os centros das
vozes-SULFOROSAS-da PANGEIA colidem sincronizados com o desejo das
blusas-entre-vespeiros: as ávidas-aberturas das cubomedusas são
dedilhadas como um sopro-do-equador-celeste a sorver as mandíbulas dos
presságios no chão dos peitos-universais e os
antídotos-estimuladores-dos-núcelos-da-terra-VARDARAC asseguram as feras
da seiva-Basquiat no guarda-trapézios da trepidação-dos-semenes: a
plumagem salteadora dos anfíbios-da-rocha-do-icebergue incinera os
síndromes dos colapsos antárticos como uma enchente de
córneas-de-pássaros a cobrir loucamente a singularidade das Sâmaras: uma
cavalgada de luzes-ofídeas ergue as geografias amnióticas escondidas/rebobinadas
num caminho permanente de ondas nómadas e a pátria-andrógina do
musgo-das-trombas-dos-bois marca a sazonalidade das
chuvas-das-tarântulas ao pronunciar o gorjeio da flecha-Genográfica onde
a Ezra Ale de VARDARAC exorciza as forquilhas guturais no albedo
terrestre como um frémito-das-bactérias-radioactivas a espionar a
matraca-canina-sinfónica do
menarca-das-mergulhadoras-de-crateras___________os rádios-ambulantes das
órbitas são rejuvenescidos pelas sílabas escuras dos
hóspedes-búfalos-de-lavas-activas que pormenorizam os hipódromos das
convecções do relâmpago: VARDARAC-dos-cutelos-alucinatórios e dos
desastres da existência-das-fronteiras pigmenta as rotas migratórias com
as palavras-elefantes-de-Botswana e uma entrada de cardos-de-morfina
defende os atalhos das arquitecturas-insulares para compreender o
regresso bicéfalo das abelhas-dos-ferimentos sobre as audiências dos
enxovais babilónicos: o poeta-do-Atlântico concentra os alívios das
cavilhas na estremeção das represas-cósmicas que representam os
travejamentos da obscura atmosfera(cânticos-hermafroditas na iminência
dos tubarões-brancos de Harpócrates, eis o devir-bicho no fóssil de
ROSACEAE) : espectros-de-Vénus engatilhados no burburinho dos resgates
da ilha-de-Botticeli onde os perímetros das mãos-VARDARAC se transmudam
antecipadamente ao penetrarem na polpa dos Estomas-da-orfandade: o
implacável rumor do semáforo replanta-se na púbis das arenas onde os
Epicarpos medem as reservas do fluido terrestre: a papoila da
claridade-de-Nártex converte-se numa enxada de baba-megalítica onde o
acampamento dos proto-planetas reivindica a gestação das
pássaras-VARDARAC: os espaços eléctricos das danças insinuam a
declinação no baluarte dos Glumos porque reconhecem as reviravoltas dos
DISCÓBOLOS-MÍRON nas extremidades das bagas da Vulva: o soro lácteo das
pálpebras-de-ATACAMA é perseguido pelas raízes bruxuleantes dos
sorvedouros dos LINCES-VARDARAC radiografados pela acrobacia dos
dorsos-MONERAS porque os ciclos esplendorosos da
ilha-das-estufas-cibernéticas anunciam a superfície das
colheitas-HIKARIDO e uma rotação de moléculas orgânicas adivinha a
continuidade dos arrepios das cenas urbanas nas rochas ditríticas onde
os animais primitivos improvisam as rupturas-mestras das
impressões-espectrais: o eixo-dos-planetas transforma as
fissuras-occipitais do trovão em coxas-de-sinais-hidrológicos e VARDARAC
precipita os sulcos dos transístores-marcianos na integridade dos
rastros dos peixes-transparentes que articulam os despertadores
aromáticos das Arqueiras-dos-oleiros ao casulo mais dilacerado das
palavras(enxada-transnepturiana a ornar silenciosamente de Phanteras
Uncias um equador-de-Madagascar) e das águias-mutantes sai a
clarividência do AFÉLIO-MINEIRO como uma coroa de ANCHOVAS-pandeiretas
sobre uma tarântula-gravitacional: AH louca golfada das serpentes
confiante no incêndio da penetração dos flavonóides onde as
aurículas-da-inseminação-dos-precipícios cerram as gomas geográficas da
anatomia insectívora( aparador de polaroides na acupunctura matemática
dos dosséis das leguminosas-ceramistas: escultores-insaciados de formas
tubulares sobre as cortaduras profundas dos Camaleões) e VARDARAC
embalsama a resina das éguas nos latidos dos
epitáfios-das-oficinas__________os escorpiões-mosaicos desenrolam-se nas
tatuagens dos esófagos da terra onde as ondas das línguas-Ostíolos
galgam enrijecidas entre os brincos da panspermia: pétala-do-robot
geológico a desvelar o metano dos espasmos do
Artaud-das-navalhas-fractais sobre as taças dos nervos da
neurulação-sígnica( pecíolos das profundezas nas
cadeias-dos-anéis-marinhos como velas medievais-magnéticas a flectirem
com magnanimidade na confidência utópica do
verão-tanino-ocultador-das-caveiras-de-elefantes): AH barítonos
paleozóicos num orfanato de anémonas-trágicas e de jugos-de-aligátores
vigilantes da vinha-de-jade como radares da copulação mitológica a
desfocarem as fulgurantes Gutações-dos-Afrescos-do-Deambulatório e eis
uma tecedeira-de-gastrodermes a reabilitar as órbitas das
parturientes-de-fogo cheia de sinalizações dos divisores-de-águas( a
luminescência nocturna e a geleira-num-forno forma a
HEMIPENES-da-arte-da-vida sob a dança pyrrhiaca): a biologia da
Atlatl-VARDARC varre com precisão as vértebras do silabário da
claridade-violenta e um calendário da penumbra intensifica o
curto-circuito das capturas dos dilúvios: experimentar as formas das
centelhas nos saltos d’el ANGEL com as visões-estereocóspicas de
VARDARAC que povoam o rasgão topográfico das veias-do-cosmos e
conquistam a cavitação das curvaturas dos
suores-gravadores-das-Antígonas que enclausuram a verbosidade das
guilhotinas-dos-carpelos definindo o firmamento dos poços dos sabres
originais: oh louca hemoglobina-do-albatroz no trevo panorâmico dos
dramaturgos oh louca que estampas as febres dos Poetas Gregos nos
sigilos dos invasores dos hospícios e nas rosáceas dos uivos-cranianos
que dissolvem as medulas dos oráculos como as corujas-mesozóicas nas
condecorações das aboiadeiras (esta pirâmides zoológicas circulam nas
falanges das flautas-costeiras onde a entrevista das lavouras dos
exílios desmembram a condição das lâminas vegetais das museólogas sobre
os asmáticos jactos das alvenarias ):
os
analgésicos-das-medusas sobem desembainhados entre a assiduidade das
sílabas-dos-Dólmens e a auscultação das minúsculas naus que renovam as
aberturas das pulsações nos lóculos do SER-do-círculo-da-água e a
carótida-cónica-Micénica da palavra derrama-se nas potencialidades da
figuração dos rebentos-microbianos(vulcões-em-zonas-de-subducção) onde
eclodem os impressores da respiração dos Ediacaramos: espessura/multiforma
do anzol-da-cantata-cénica sobre as algas KELP no acasalamento dos
apelos-das-profundezas e a fisionomia do insecto-solista-em-deflagração
inventa os sinos misteriosos dos nómadas-Komi_________________o
aguaceiro-forceps dos jaguares lapida os painéis solares dos remadores:
ENTRE miríades de pupilas VARDARAC reconhece as
traças-caveiras-em-rotação no APOASTRO e a desordem dos azulejos é uma
águia-de-lúcumas que se alteia sobre as evasões dos
percursos-trovadorescos-provençais para construir novos campos
gravíticos na gongórica terra(Insucções no sono das cascaveis): VARDARAC
na casa multidimensional dos lagomorfos a projectar
CARIOPSES-construtores do sol e de NIJIMI até às Ampolas de Lorenzini: o
choro do elefante, os cavalos da idade média fazem acoplamentos-néons
nas vaginas das Grevíleas onde se enlevam as articulações violentas do
silêncio________as batidas-cervicais das palavras no Canõn de Colca.
VARDARAC e o homem do atlântico alimentam milhóes de organismos vivos
nas fendas infinitas-hidrotermais: as palavras fundem-se entre a
pluma-mantélica e o KORSO. |
LUÍS
SERGUILHA nasceu em Vila Nova de Famalicão, Portugal. Poeta e ensaísta,
suas obras são: O périplo do cacho (1998), O outro (1999),
Lorosa´e - Boca de Sândalo (2001), O externo tatuado da visão
(2002), O murmúrio livre do pássaro (2003), Embarcações
(2004), A singradura do capinador (2005), Hangares do Vendaval
(2007), As processionárias (2008), Roberto Piva e Francisco
dos Santos: na sacralidade do deserto, na autofagia idiomática-pictórica,
no êxtase místico e na violenta condição humana (2008), estes
últimos em edições brasileiras. Recebeu em 2000 o Prêmio de Literatura
Poeta Júlio Brandão. Participou em vários encontros internacionais de
literatura e possui textos publicados em diversas revistas de literatura
no Brasil, Espanha e em Portugal, além de outros trabalhos traduzidos em
língua espanhola e catalão. |