Os tigres intercessores das melopeias dos vendavais
são escolhidos meticulosamente
pelas fragrâncias dos astrólogos conspiradores que embalam o delineamento das águias dotadas de trevos panorâmicos
como as sílabas de látegos dinâmicos a embarcarem na celebridade dos signos
longamente aparelhados
pela canela labiríntica que faz dos trilhos da habitação um pianinho de rosas
As ferragens das guitarras afogueiam as cercaduras das visões
como uma adivinhação desaguando na paciência dos malmequeres
onde um pássaro de água embate numa garatuja
de insectos dinamitados
Por vezes o pássaro dilata-se para cambalear
sobre os crepúsculos indecifráveis
porque quer espionar o brilhantismo dos satélites
porque na sua caligrafia há conchas de aeroplanos sobrevivendo
à desorientação do engenho resplendente do firmamento
As fotografias desembainham a dor do alfabeto
como um esconderijo de virgulas a pulsar nas laranjas ciumentas dos pulmões
aqui as antenas do tempo arqueiam-se nas esponjeiras fragrantes das gelosias e os lenços prateados das nascentes peneiradoras deambulam
sob os gorgolejos dos caçadores de estátuas hederígeras onde os gargalos das ventanias desidratam as orlas das constelações
onde os instrumentos labirínticos das eflorescências resvalam nos risos aquáticos das cidades
Os amantes inventam as acanaladuras das ginjeiras
sobre esquecimento isolador das cavernas
para consumirem os liames das transparências
entre as descobertas estonteantes dos girassóis e os bordões pedunculares alinham-se nas fisgadas dos periscópios
para crepitarem decididamente
nas travessias lucíferas dos corpos
como as cores da minerografia tacteadas magnanimamente pela fugacidade das crinas do embarcadouro
O mapa faísca na homenagem das embarcações
onde as gotas das tâmaras espalmam as cantarias dos painéis e a película do grito peregrina nas cúpulas açambarcadoras das candeias
como os minérios dos corações a trilharem as pálpebras costeiras do inebriante regresso
Monumental cristal neutralizado nas milenares poeiras das navegações
onde os impulsores das ilhas secretas separam as maças dos alicerces
como escumadeiras solares a anestesiarem as inscrições das patas dos cavalos
estes porões de letras aclimatadas sufocam habitualmente
o mel frenético dos arbustos
para assimilarem os cérebros das lendas crepusculares
Os manipuladores dos alcáceres primaveris estampam as dobradiças dos países
para recitarem as babas teóricas dos dísticos
onde as sacudidelas nocturnas curvavam-se solitárias fundindo as correntezas hipnotizadoras dos alcatrazes
como um poente geométrico nas redes dos presságios dos arquipélagos
que decifram os gráficos cristalinos das fábulas no murmúrio do canastro do relâmpago
As cadeiras de água mitificam os canais concentrados na bem-aventurança dos telhados
onde o quartzo impenetrável das rosáceas escorre
como um vinho de febres aqui as empunhaduras assanhadas da rosa-canina palpitam nas esplanada tribal do sonho
e a marinhagem cancela a mutabilidade do fogo oceânico apurando cegamente
o sal impetuoso das asas das lengalengas
Os portos escolhem o desmoronamento genuíno das modulações
para vergarem as dedaleiras eléctricas das rosas com as finas portas dos beijos
onde escorrem luzeiros enovelados de ascendências e de viagens guardadoras de sementes giratórias
O fogo volátil pertence ao teatro da longevidade
porque tem uma laço selvagem que se debruça nos vestíbulos aniquilados
nas escaleiras distantes das artérias
nos casebres incessantes das praças
no médão hereditário dos corais
na floresta embrionária ressuscitada entre os alpendres aformoseados do ciclone
nas subterrâneas contaminações dedilhadas
pelos verões vegetais
nos abismados andamentos dos paraísos
onde uma categoria de turbilhões procura a eternidade do pântano na ingenuidade da atmosfera
onde o fôlego repercute os mausoléus das enxurradas
O esforço do fogo volátil ordena a indolência calamitosa das árvores
O esforço do fogo volátil desenraíza as irregulares fisionomias das perguntas
O esforço do fogo volátil emudece as genuflexões dos mamilos
O esforço do fogo volátil embranquece as correspondências das marchas
sustentadas pela abundância das víboras hipnóticas
A inteligência do fogo permanece nos êmbolos salitrosos das trepadeiras ininterruptas
como explosivas alcateias a transfigurarem o absorvimento dos pedais rudimentares da catástrofe
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