Pássaro de transições fluviais
timidamente a pique na curiosidade bêbeda dos triângulos
Pássaro vermelho das éclogas procurando os estalidos dos fórceps da claridade
sobre os cingidouros extravagantes dos noticiários que empavoam as patrulhas do relâmpago
nos ascensores vigilantes dos polvos implacáveis
As asas esplendorosas protegem as confidências disponíveis nos cais enrouquecidos
onde os ângulos centenários dos chocalhos batucam as esquadrilhas sôfregas dos polichinelos pendulares
Os alfarrabistas impacientes engomam as esporas bronzeadoras dos desvãos silenciosos
aqui os pássaros sublinham os insaciáveis frenesins dos venenos para empoarem os semáforos imperceptíveis das sórdidas armações
como as áspides dos algozes a reclamarem o exílio patriarcal das meretrizes dançarinas
As barbatanas libertinas dos cofres geológicos planam
sobre as escadarias cristalizadas dos astrólogos excepcionalmente arregaçados
no parapeito odorífero dos bordéis
onde a argamassa experiente dos mastros são os reflexos compulsivos dos pulmões
Os pássaros alienígenas mergulham nas incubações das gadanhas rebocadoras para tremularem obstinadamente
entre os círculos repercutidos das balanças pélvicas das divas
Os solitários voos lançam-se nos vacilantes tronos das savanas
onde as preguiçosas combustões encrespam os gracejos furtivos das pálpebras
As densidades hirsutas dos voos depuraram-se nos archotes noctívagos das saias lúbricas
como a antracite dos espiráculos a proteger as curvaturas ambulantes da pérola epidérmica
Os pólens niquelados dos voos crepitam nos histéricos miasmas provavelmente
para transformarem os trilhos do fogo num musgo de gargantas nómadas
povoadas de rebentos imprevisíveis
As planícies incessantes dos voos reactivam as almofadas do desejo no luminescente soluço das víboras
Os voos desvelados em consonância com as respirações vertiginosas das prostitutas interferem similarmente
no impetuoso silêncio dos flashs pesquisadores das primeiras habitações nocturnas
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