Na solidão da manhã, a roupa branca ondeia nos dedos do vento.
Ao fundo vê-se o mar afogado nos lagos do nevoeiro.
Aqui e ali conchas que a maré cheia esqueceu. Caranguejos
desconfiados. Pegadas de areia na areia. Barracas descabeladas.
É como se o mundo tivesse adormecido na timidez da Pedra
É como se o mundo esperasse pelos búzios de fogo
Os castelos de areia dobram-se sobre o seu próprio vazio
As gaivotas desapareceram na erosão do seu próprio voo.
Recordações difusas trazem-nos palavras indizíveis e sede de luz.
- Em breve, o turbo do silêncio explodirá !
|