LUÍS COSTA:::::::::::::

Um poema para Isidore Lucien Ducasse,
Comte de Lautréamont, no dia do seu nascimento:
4 de abril de 1846 

RIMBALDELUGIANOS

Para Lautréamont

I

APRÈS LE DÉLUGE as palavras 
no poema ________ 
lúcidas como a crueldade
de quem ama 
com a precisão das lâminas. 

II

AUSSITÔT QUE L’IDÉE
du déluge se fut rassise 
as palavras ergueram . se
no poema ________ 
severas como a clemência
de quem ama 
com a lucidez dos fórfices. 



(4 de abril 2014, Leipzig)

Luís Costa
Max Klinger - The Abduction of Prometheus, circa 1894
 

Luís Costa nasce a 17 de Abril de 1964 em Carregal do Sal, distrito de Viseu. É aí que passa a maior parte da sua juventude. Com a idade de 7 anos tem o seu primeiro contacto com a poesia, por meio de  Antero de quental, poeta/ filósofo, pelo qual nutre um amor de irmão espiritual. A partir dai não mais parou de escrever.

Depois de passar três anos  num internato católico, em Viseu, desencantado com a vida e com o sistema de ensino, resolve abandonar o liceu. No entanto nunca abandona o estudo.  Aprende autodidacticamente o Alemão, aprofunda os seus conhecimentos de Francês, bem como alguns princípios da língua latina. Lê, lê sem descanso: os surrealistas, a Geração de 27, Mário de Sá-Carneiro, Beckett, E. M. Cioran, Krolow, Homero, Goethe, Hölderlin, Schiller, Cesariny, Kafke e por aí adiante. Dedica-se também, ferverosamente, ao estudo da filosofia, mas uma filosofia viva. Lê os clássicos, mas ama, sobretudo, o poeta/ filósofo Nietzsche, o qual lera pela primeira vez com a idade de 16 anos : "A Origem da Tragédia" e o existencialista Karl Jaspers.

Mais tarde abandona Portugal rumo à Alemanha, pais onde se encontra hoje radicado.