:::::::::::::::::::::LUÍS COSTA::::::::::::
SEJA COMO FOR

Seja como for
no princípio estás tu, sempre tu
Ciência ou Poesia
Arquitectura ou filosofia�
Tu és o seu relâmpago inicial
O segredo
O grande mistério
A palavra indizível
Aquilo que está em cada um de nós
E para além de nós
Que se alastra como um rio
Ao entrar na foz
Que salta por cima das rochas
Que irrompe do fundo
dos precipícios,
das suas cavernas insondáveis
Que transborda como um cálix
Que se encheu demais
Tu és sonho
Tu és realidade
Tu és tudo aquilo que o nosso espírito
iluminista
Jamais conseguirá conceber
Mas seja como for
tu manifestas-te em tudo
até nos desertos

L. C., Züschen 26.
XII. 2007

Luís Costa nasce a 17 de Abril de 1964 em Carregal do Sal, distrito de Viseu. É aí que passa a maior parte da sua juventude. Com a idade de 7 anos tem o seu primeiro contacto com a poesia, por meio de  Antero de quental, poeta/ filósofo, pelo qual nutre um amor de irmão espiritual. A partir dai não mais parou de escrever.

Depois de passar três anos  num internato católico, em Viseu, desencantado com a vida e com o sistema de ensino, resolve abandonar o liceu. No entanto nunca abandona o estudo.  Aprende autodidacticamente o Alemão, aprofunda os seus conhecimentos de Francês, bem como alguns princípios da língua latina. Lê, lê sem descanso: os surrealistas, a Geração de 27, Mário de Sá-Carneiro, Beckett, E. M. Cioran, Krolow, Homero, Goethe, Hölderlin, Schiller, Cesariny, Kafke e por aí adiante. Dedica-se também, ferverosamente, ao estudo da filosofia, mas uma filosofia viva. Lê os clássicos, mas ama, sobretudo, o poeta/ filósofo Nietzsche, o qual lera pela primeira vez com a idade de 16 anos : "A Origem da Tragédia" e o existencialista Karl Jaspers.

Mais tarde abandona Portugal rumo à Alemanha, pais onde se encontra hoje radicado.