Eu descobri-te no centro do mundo,
onde todos
os desertos da terra se encontram.
As aves rolavam sobre si mesmas
e os beduínos aprendiam a ler-lhes
os sinais.
Todos os oásis haviam desaparecido.
Só no cume da colina um cedro ardia.
A terra ainda era intocável,
sagrada,
e os homens ainda conheciam
o mistério dos dias, as velhas orações...
Eu descobri-te no centro de todos os
desertos, no meu peito aberto,
naquela terra seca onde o sangue
pulsa, forte e saudável.
Eu recebi os dias em mim
como a água de uma fonte miraculosa. |