Persigo a palavra que se faz em mim, o leite das suas raizes.
As bibliotecas de Uruk são a minha casa, a minha alma é um
Estame vermelho no templo de Ishtar.
Há anjos e demónios em mim, pontes oscilantes no firmamento,
ânforas quebradas depois da grande festa, a confusão das línguas.
Pela chaga do lado esquerdo, a noite entra em meus aposentos,
O sangue corre, fresco, é um acorde mesopotâmico na minha carne,
Uma duração em Deus, um hausto com a natureza.
Ó dilúvio ancestral! é bom sentir-te descendo as colinas da minha aldeia.
Em tua honra escreverei um hino nas tábuas de Utnapishtim.
Vem, toma-me em teus braços, quero rever-me em teus espelhos
Rutilantes, quero saber que existo, em ti, qual um jardim suspenso. |