Goethe tinha partido para Itália. Ia em busca do sonho italiano.
Vós sabeis,Horácio, o Renascimento, Michelangelo e todas aquelas coisas....
Diz-se que desde então passou a escrever com mais prudência.
Já não dava tantos erros. Goethe sofria de dislexia. Por isso tinha um
secretário privado.
Nas cartas, que enviava a Schiller, relata os seus encontros com a
Toscana, luares ao meio dia, belas estátuas decapitadas...
Ele amava o brilho do mármore italiano. Ele amava o seu silêncio divino.
Ele amava, sobretudo, a Vénus de Botticelli.
Havia dias em que os caranguejos lhe subiam à garganta. Era um
verdadeiro pesadelo.
Mas sempre conseguira manter o sangue frio. Até mesmo durante a
escrita do Fausto.
Ó Goethe, na praça de Weimar, o mundo lava-te os pés! |