Matei todos os fantasmas que moravam em mim.
Bebi de todos os venenos e deles só deixei a sua quintessência,
na minha alma.
Não tenhas medo.
Das pedras de todos estes anos, que por cima de nós passaram,
construirei um palácio para nós, só para nós.
Não negues a poesia, pois ela existe em ti como um plácido rio,
como um rebanho de ovelhas pastando em verdes campos.
sem ela, serias uma-só-metade.
O amor habita em nós, o amor habita em nós,em cada uma das
nossas palavras, em cada um dos nossos poemas,
sente , sente como ele te relampeja na boca.
Entrega-te nos meus braços, vem comigo, reconhece-te em mim,
deixa-nos matar a sede e a fome do tempo perdido...
Para lá do tempo e do espaço,
Tu existes em mim, e eu existo em ti - e é bom que seja assim. |
Luís Costa nasce a 17 de Abril de 1964 em Carregal do Sal, distrito de Viseu. É aí que passa a maior parte da sua juventude. Com a idade de 7 anos tem o seu primeiro contacto com a poesia, por meio de Antero de quental, poeta/ filósofo, pelo qual nutre um amor de irmão espiritual. A partir dai não mais parou de escrever.
Depois de passar três anos num internato católico, em Viseu, desencantado com a vida e com o sistema de ensino, resolve abandonar o liceu. No entanto nunca abandona o estudo. Aprende autodidacticamente o Alemão, aprofunda os seus conhecimentos de Francês, bem como alguns princípios da língua latina. Lê, lê sem descanso: os surrealistas, a Geração de 27, Mário de Sá-Carneiro, Beckett, E. M. Cioran, Krolow, Homero, Goethe, Hölderlin, Schiller, Cesariny, Kafke e por aí adiante. Dedica-se também, ferverosamente, ao estudo da filosofia, mas uma filosofia viva. Lê os clássicos, mas ama, sobretudo, o poeta/ filósofo Nietzsche, o qual lera pela primeira vez com a idade de 16 anos : "A Origem da Tragédia" e o existencialista Karl Jaspers.
Mais tarde abandona Portugal rumo à Alemanha, pais onde se encontra hoje radicado. |