Asas agoirentas, pretas,
vêm sobre mim poisar,
de sombrias borboletas
em redor a voltejar...
Tristes como violetas!...
Trouxeram-me a soluçar
nas asas negras, inquietas,
um mau presságio, de azar!
Meu pobre coração chora
em ânsia que me apavora...
- Que estará p’ra acontecer?...
E uma voz entrecortada
diz-me ao longe desgarrada:
- Adeus!... Partir!... Esquecer!
|