Asa negra que esvoaça...
Negros dias ensombrados!
Roubaram-me toda a graça
aos meus olhos macerados!
Nevrótica, fim de raça...
Os meus nervos delicados
vão sucumbindo à desgraça
dos tristes degenerados!
Trago nos nervos a morte!
sou uma sombra em recorte
de tristeza e de ruína...
Uivou dentro em mim a dor...
só lhe perco o som e a cor
em orgias de morfina!
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