A mulher que com o braço meio erguido
abre a mão em corola A face metade branca
metade escura O pulso um pouco inchado
Da cintura para baixo não se vê Um traço
negro cinde-a destroça-a devora-a
O velho senhor desvia um pé Ajeito-me
Detesto o Metro mas nele residem serafins querubins
As oito casas do tesouro O lugar onde se mata a sede
É meu o pouco de que todos se reivindicam
Susto alegria maravilhosa dádiva
Um rosto cortado em vários ângulos
pela graça de Deus A obstinação dum mestre-escola
que Galileu se chamava Ando à volta da Terra
Sou um fragmento de montanha
O velho senhor que jamais encontrara
Olha para o tecto Deslumbrado Fica muito quieto Suspira. |