Não, é antes de tudo uma escolha.
Escuridão ou luz – parece cegar-nos Nas cidades de miragem
o anjo já morto o tio enlouquecido os amigos dispersos
E há que verificar cuidadosamente os restos
ser mesmo se necessário cocabichinhos. “Para que uma floresta
seja esplêndida(…)” bah! Outra nascente
onde crescem o funcho a hortelã a malva E mesmo assim
amar inteiramente atentar no silencio
E mesmo que ao contrário ainda que por fora
resistir resistir à lonjura à lonjura excessiva
Uma voz ardente
Voltar atrás recomeçar
Repara além se vêem rastos de coisas familiares
uma repetição Como que habitações num jardim vizinho
várias palavras alguns milhares de rostos
ficar quieto Sobretudo ficar quieto
Uma alegria o almoço um grito a meio da noite
Nada querer (o lugar propriamente dito) Anfetaminas dois
comprimidos para a tosse
uma ilha acima de tudo um riacho
nas nossas todas genuínas pobres
moradas cujo sinal é uma lamparina acesa
As doenças espreitam por sobre as árvores
por sobre as árvores uma espécie de halo reuniu
coisas nítidas cintilações Pequenos pavores
Saber o quê saber de onde saber com quem
a morte, algumas vezes, a morte terá lugar
Um engano de nome Um sol de minutos
O sangue cresce plenamente na escuridão. |