As noites não se atravessam
não se atravessa o dia
Em Janeiro somos fragmentos negros azuis
ocultos mundos cintilantes e tranquilos
Violentos, tranquilos
na superfície da Terra
O ano, o ano bom, o ano de verbos e ventos
Quando uma voz nos cerca, cumpre olhar
o carreiro em que uma ramada vai desaparecer. |
Gérard Calandre nasceu em 1952, na Bretanha, França. Viveu na Itália, leccionando na cidade de Messina. De formação científica, tem-se mantido afastado do mundo das Letras. Autor do livro Vestígios, traduzido por Nicolau Saião e de textos esparsos sobre o seu ramo profissional. Visitou Portugal em 1992 e 1997. Após o falecimento de sua mulher foi viver para o Canadá francófono.
Tem colaboração nas revistas “Diversos” – dir. José Carlos Marques, “Bicicleta” – orientada por Manuel Almeida e Sousa, “Agulha”(Brasil) – dir. Cláudio Willer & Floriano Martins, etc..
NS |