Há algures qualquer coisa que nos escapa
Este nariz que se retrai Uma perna que esvoaça
Um algarismo desenhado Não é bem algarismo
É uma pequena estrela
Estrelinha do norte repara bem
este é o braço para muitas idades
a idade do sul e do oeste
as mãos que são plantas nocturnas
Muitos anos mais tarde alguém encontrará
o papel amarrotado numa gaveta perdida
Olha é a cara do primo Florêncio
Florêncio é um velho Sorri
O seu olhar fica saudoso Por um momento
Por um momento tudo fica parado e incólume. |