Releio a tua mensagem onde perguntas:
Será que algum dia haverá tempo para mim?
E corro a responder-te:
Meu amor,
Desculpa a minha falta de notícias,
Mas, tu nem imaginas!
A minha vida tornou-se numa corrida,
Numa corrida danada.
Desenfreada!
E posso mesmo confessar-te
Que mal tenho tempo para mim.
Perguntarás talvez, qual a razão deste correr.
A isso, não te sei responder.
Mas, se me perguntares se vale a pena
Digo-te logo que sim,
Mil vezes que sim,
Porque, no fundo de mim, eu quero que sim!
Sabes, meu amor
Agora,
Depois de tantos anos a correr,
Eu preciso de crer,
Que a corrida teve razão de ser.
Se eu nisso não acreditar,
Nunca conseguirei aceitar,
Neste fim da jornada,
Que corri para nada.
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