Quando as
imagens formam-se como quadros atormentados nas têmporas e as palavras
libertam-se sem precisão, atinge-se o grau da mutabilidade, da variável
indefinida.
O ciclo é
fênix evoluída que nasce não só das cinzas, mas de tudo que circunda a
intensidade de estar incompleto ou em excesso.
O equilíbrio
não cabe, porque é pêndulo movendo-se sem sair do lugar, é trapezista
com os pés atados, cheio de segurança, acreditando na adrenalina
ilusória - o equilíbrio não existe nas crianças efervescentes, nem nos
homens de veias saltadas, nem nos anjos de asas caídas. |
Camila Vardarac nasceu no Rio de
Janeiro, em 1987. Observadora por natureza, escritora por impulsão –
pela necessidade (recorrente) de expressar-se em prosa e poesia. Voyeur
da realidade e de suas representações, encontrou no cinema um meio de
materializar suas idéias no continuum do espaço-tempo, desconstruindo-se
em impressões. |