Professor,
publicista, crítico de arte
Nasceu em S. Brás de Alportel, a 6 de Janeiro
de 1910.
Faleceu em Cascais, a 24 de Maio de 1968.
Enquanto estudante do Liceu de
Faro, organizou e foi redactor do jornal Mocidade, folha cultural dos
estudantes algarvios.
Formou-se na Faculdade de Ciências
de Lisboa em 1933, e fez Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra. Matriculou-se, depois, no curso de
Geografia da Faculdade de Ciências de Lisboa e na Escola Superior de
Farmácia, não tendo terminado qualquer destes cursos.
Dedicou-se ao ensino e à crítica de
arte. Foi professor no Liceu Passos Manuel e na Escola Industrial
Afonso Domingues em Lisboa. Foi director e professor de um colégio em
Odemira e fundou, em Lisboa, um colégio que passou a dirigir.
Realizou conferências sobre vários
temas, dos quais referiremos: Evolução da Filosofia e da Arte na
Grécia (1934) e a Origem da Pintura Moderna, em 1946, na Voz do
Operário; em homenagem ao pedagogo e pintor Falcão Trigoso, muito
ligado ao Algarve, proferiu uma conferência, na Sociedade Nacional de
Belas Artes sob o tema: A Pintura de Falcão Trigoso e a poesia
Algarvia.
Deixou
colaboração dispersa em vários jornais e revistas:
Correio do Sul,
Diário do Alentejo,
Almanaque Alentejano,
Almanaque Algarvio,
Diário de Lisboa
e República,
onde dirigiu uma página bi-semanal à qual chamou «Cultura para todos»,
que abordava os mais variados temas de forma simples, procurando
chegar às diversas camadas sociais a que pertenciam os leitores do
jornal. Dirigiu depois, no mesmo periódico, a secção «Comentários».
Em O Século publicou o conto «O
Ajuda», e em O Diabo, «O Artista Grego e o sentido do Plágio». No
jornal Sol fez crítica de arte de 1947. no Almanaque do Algarve, de
1947, publicou A Arte e a Vida.
Foi um dos principais dinamizadores
da Casa do Algarve, onde organizou uma exposição bibliográfica e de
Artes Plásticas e também um dos mais dedicados promotores e o autor do
projecto do jazigo-monumento erigido, em S. Brás de Alportel, à
memória de seu tio, o poeta Bernardo de Passos.
Publicou A Projecção do Infante no
Mundo (1960), O Lirismo em Bernardo de Passos, com prefácio de Júlio
Dantas, Escultura Grega e, com o pseudónimo de «Vítor de Melo»,
Rosalina de Passos – uma grande escultora algarvia.
No Círculo Cultural do Algarve, em Faro, expôs
escultura na 1.ª Exposição de Artistas Algarvios, em 1943. Seu irmão
Ângelo também se fez representar com escultura. A mãe de ambos,
Rosalina de Passos, a mais brilhante escultora algarvia do século XX,
esteve igualmente representada no certame.
PUBLICAÇÕES
PASSOS, Virgílio Artur Rodrigues de - O lirismo em
Bernardo de Passos. Lisboa, Sá da Costa, 1954.
PASSOS, Virgílio Artur Rodrigues de - A projecção
do Infante no mundo. Lisboa, Portugália, 1960.
PASSOS, Virgílio Artur Rodrigues de - A arte
Manuelina. Lisboa, Centro de Estudos Ultramarinos, 1968.
In:
«Quem foi quem?: 200 Algarvios do Século XX/ Glória Maria Marreiros.-
Lisboa: Edições Colibri, 2000; p. 387-388»