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FAMÍLIA PASSOS . SÃO BRÁS DE
ALPORTEL |
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Passos no Museu do Trajo de S.
Brás de Alportel |
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A convite de Graça Passos, Ana Luísa Janeira e
Maria Estela Guedes passaram metade do mês de outubro em S. Brás de
Alportel, num primeiro contacto com o espólio da família Passos. O
objetivo é prepararem textos para uma ação cultural fundamentada na obra e
vida de alguns, pois em torno do mais conhecido, o poeta Bernardo de
Passos, circulam dezenas de outros membros da família, cujo papel na
política, na arte e na vida foi igualmente relevante.
No Museu do
Trajo, onde se preserva boa parte do espólio da família, foram recebidas
pelo diretor, Emanuel Sancho, que lhes deu a conhecer alguns materiais ali
conservados - escultura de Rosalina Passos e do seu filho, Joaquim
Passos, documentos comerciais, oficiais e particulares
relativos a membros vários da família, a exemplo da correspondência
enviada a Virgílio de Passos, carbonário bem conhecido como um dos
elementos do Triângulo Maçónico de S. Brás, a cuja dedicação à causa muito
deve a República.
A documentação está a ser preservada, com
tentativa de suspender a natural degradação dos materiais, e ainda não
está catalogada, o que dificulta o acesso à informação. Graça Passos, e as
duas investigadoras, bem desejariam conhecer, por exemplo, o diagnóstico
de Joaquim Passos, que enlouqueceu na sequência de torturas sobre ele
exercidas pela PIDE. Se tais documentos existem, como encontrá-los entre
milhares de outros? Convinha encontrar solução para o problema, de modo a
ajudar o Museu do Trajo, carente de pessoal nesta e noutras áreas.
Mestrandos ou doutorandos em ciências documentais que quisessem tomar este
espólio como trabalho de tese seriam certamente bem acolhidos no Museu.
Desta primeira visita resultou uma entrevista a Júlio Negrão, a
propósito do caso de Joaquim Passos, escultor martirizado pela polícia
política da ditadura, em 1938, e outra a Emanuel Sancho, acerca do espólio
da família Passos. Em breve as poremos em linha. |
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Entrada do Museu
do Trajo de S. Brás de Alportel |
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Ana Luísa Janeira
e Emanuel Sancho, diretor do Museu do Trajo. |
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Do espólio da
família Passos no Museu do Trajo fazem parte esculturas de Rosalina Passos
e de Joaquim Passos, seu filho. |
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Umas dezenas de
esculturas aguardam restauro no Museu do Trajo, depois do tratamento
recebido para suspender a degradação. |
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D. Filomena, um
dos três funcionários do Museu do Trajo, contando com o diretor. Ajudou
muito a suavizar as asperezas do trabalho. |
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Emanuel Sancho
vai abrindo gavetões com documentação da família Passos. |
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Milhares de
cartas e postais, entre outros documentos em papel, todos relativos à
famíla Passos, esperam catalogação que os torne razoavelmente acessíveis
aos investigadores. |
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Um café em final de trabalhos rasga
horizontes futuros no passado, ou vice-versa: a senhora loura conta
a Maria Estela Guedes que fez parte de uma equipa de fotógrafos que
durante décadas trabalharam no Vale do Rift com os esqueletos e
crânios dos Pitecos, ou Macaquídeos, de que parece sermos
descendentes.
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