ANTÓNIO BARAHONA DA FONSECA
Poema dito por Maria Azenha
ENCONTRO DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES DA ORDEM DE OURIQUE
Casa das Monjas Dominicanas . Lisboa . 14.05.2018
Senhor, não é de Ti que duvido
mas de mim enquanto feito
à Tua imagem: apenas
homem aos pés de uma virgem
Impaciente por ter
a certeza da beleza
que muda o ar que respiro
em atmosfera sagrada:
funda nos interstícios
onde enclavinho os dedos
pra subir à etérea escarpa
saturado de dúvida
Senhor é de ti que duvido:
Mas de mim porque não morro
António Barahona
RITUAL ANÁLOGO
Edições Rolim, Colecção lhas, 1986