Revista TriploV . ns . nº 64. abril-maio . 2017 . ÍNDICE.
Homenagem do Triplov aos Capitães de Abril

João Santos Fernandes (Portugal). Coronel do Exército de Portugal, aposentado, casado e natural de Lisboa. Autor dos livros Portugal Iluminado (1997), Despertar do Ser (1999), ambos da extinta Editora Hugin, Cicutem Sócrates/disse a grande prostituta republicana (2009), Aníbal/ maldição do Deus de Israel (2010) e Os Cardeais de Camarate publicados pela Fronteira do Caos Editores. Desde os 25 anos teve uma carreira diversificada a nível do intelligence militar, começando por ser nomeado para a Comissão de Extinção da Ex-PIDE/DGS e LP, passando por órgãos de informações de Estados-Maiores e Quartéis-Generais, reuniões e missões a nível da NATO em Bruxelas e ex-Jugoslávia. Publicamente destacou-se a sua investigação no assassinato do General Humberto Delgado, a participação num dos inquéritos da Assembleia da República sobre o Caso Camarate, bem como nos contributos à Universidade Aberta em Congressos sobre África, com relevo para os temas A PIDE/DGS e a Guerra Colonial e Os Massacres de Williamo, integrados nos Livros de Actas dos Congressos publicados em 2001 e 2002 pela Editorial Notícias. É membro de Comunidades, Sociedades e Ordens Iniciáticas de raiz cristã, nacionais e estrangeiras, tendo sido expulso de duas, a GLRP e GPIL, não pactuando com violações dos seus padrões de moral e ética em prol do seu forte ideal ecuménico e desenvolvimento do ser humano, bem expresso por Embaixadas, Órgãos de Soberania e Comunidades religiosas. Confrade da Academia Lusitana de Heráldica propôs um Brasão-de-Armas para a União Europeia, infelizmente rejeitado, acarretando, na sua visão, nefastas consequências.

JOÃO SANTOS FERNANDES

Dia da Liberdade em Portugal

25 DE ABRIL DE 1974

FESTA ANCESTRAL DAS ROBIGÁLIAS ROMANAS

25 DE ABRIL DE 1945 DIA DA LIBERDADE ITALIANA

LIMITE SUPERIOR DA PÁSCOA

Em 2017 ocorre a efeméride dupla dos 41 anos da Constituição Portuguesa (2 de Abril) e dos 43 anos da queda da II República que teve início a 28 de Maio de 1926. Embora a nossa Constituição tenha sido revista 7 vezes, estamos longe de atingir com ela o CAMINHO para uma Sociedade justa.

Na primeira Constituição do Mundo, o Código de Hamurábi, feito em 1774 a.C. (aprox.), com 282 leis talhadas numa pedra, o rei disse no «preâmbulo»: para que o forte não prejudique o fraco, a fim de protejer as viúvas e os orfãos e resolver todas as disputas e sanar quaisquer ofensas. No Egipto, onde os escravos foram milhões, o Livro (compilação) dos Mortos, a Constituição Imaterial do Mundo Antigo, era severo para quem os maltratasse e os matasse sem causa, sendo o único Império a ter Medicina para eles, à base de unguentos e produtos naturais, como o alho, cebola e ervas purgativas.

As Democracias louvam Constituições e Direitos Humanos, mas as prerrogativas e excepções que lavram, feudais e elitistas, sobre impunidades, exclusividades e incompatibilidades, num mar de imoralidades, facildades e imparidades, provocam clivagens e revoltas mais graves que as ocorreram na Revolução Industrial do séc. XIX, na neutralização dos sindicatos e das greves por Reagan-Thatcher no séc. XX, ou, pelo agravamento, no séc.XXI, da desregulamentação do poder financeiro iniciado pelo Presidente da Reserva Federal dos EUA, Alan Greenspan, sendo hoje os off-shores um ultraje global.

 A 4 de Maio de 1973, em Estocolmo, Kurt Waldheim, Secretário-Geral da ONU, ao presidir à Conferência Internacional para Apoio aos Povos dos Territórios Ultramarinos de Portugal e República da África do Sul (RAS), marco do novo Mapa dos Impérios do Petróleo, em plena crise petrolífera, percursor da TRILATERAL EUA-EUROPA-JAPÃO de 1974/75, fez surgir uma nova estratégia global, tão similar como a que teve em Itália a 25 de Abril de 1945, mudando toda a Geografia Política de África, onde eram apenas independentes a Libéria e a RAS. Benito Mussolini foi executado a 28 de Maio, 19 anos após o início da II República Portuguesa, talvez mais um «acaso» da Matriz da Luxitânia.

 A Festa das Robigálias a 25 de Abril, com procissão Porta Flamina-Ponte Milvino-Via Claudia, onde se imolava a ovelha a Robigo, Deus da Geada, permanece ainda hoje cristianizada, desde o Papa Gregório Magno, no percurso Igreja São Lourenço (próxima da Porta Flamina)-São Valentim-Ponte Milvinus(Rio Tibre)-Vaticano-Basílica S. Pedro/S.Paulo. Este dia, evocativo de São Marcos, simbolizado com Leão aos pés, Padroeiro de Veneza desde o séc. IX, ao coincidir com o Domingo de Páscoa, dizia-se emitir uma onda sónica pelos desertos, algo que está codificado na visão do Profeta Ezequiel.

 As «Robigálias» da Liberdade, em Itália e em Portugal, trouxeram ventos de mudança de que os Povos careciam, mas a Matriz Lusa usada indevidamente nos Açores na Cimeira de Domingo, 16 de Março de 2003 (4 dias), com BUSH-BLAIR-BARROSO-AZNAR nada de bom trouxe ao Mundo.

Este dia é o marco da tomada (597 a.C.) de Jerusalém por Nabucodonosor (604-562 a.C.) que dominou o Médio Oriente. É efeméride do massacre dos Cátaros, em 1244, no Castelo de Montségur. É dia da derrota da França em Badajoz pela tropas luso-inglesas, em 1812. É o dia sinistro da decisão do rearmamento alemão, em 1935, por Adolfo Hitler, violando o Tratado de Versalhes e instituíndo o Serviço Militar Obrigatório. É o tempo errado do «Levantamento das Caldas» de 1974, mas sobretudo a evocação de 18 de Março de 1314 (início do bombardeamento do Irak em 2003) de onde ainda parece emergir o anátema de Jaques de Molay, testemunhado pelo poeta italiano Dante Alighieri.

 Foi «acaso» o ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, tomar posse ministerial a 16 de Março de 2016? Desde 1284, altura das Primeiras Inquirições (verdadeiras) de D. Dinis sobre os privilégios da nobreza e do clero, uma corrupção liderada pelo seu irmão D. Afonso, levada às Cortes de Lisboa de 1285, que as crises de Portugal de 1383/85 (D.João I de Portugal/D. João I de Castela) a 1983/85 (Mário Soares de Portugal/Adolfo Soares de Espanha)), têm 2 vertentes: uma de resolução interna; outra de ajuda externa. Porém, qualquer ajuda internacional que recaia sobre Portugal, isso sabia o Ministro Prof. Hernâni Lopes, não deve ser ressarcida com palmatória de 5 olhos, sob coacção.

Quer os Presidentes dos EUA e da França, Ulisses Grant e Mac Mahon, ao retirarem a razão a usurpadores ingleses (litígio arbitral) e dando-a Portugal (Casos Bolama e Lourenço Marques), quer a Rainha Isabel II de Inglaterra ao vir a Portugal em 1957, pedindo “desculpa” pelo «Ultimatum Inglês» de 1890, sabiam que colidir, sem razão, com a Matriz Imaterial da Luxitânia era desencadear forças que se devem evitar. O cair das máscaras da corrupção mundial, o reavivar do extremismo islâmico pelo DAESH, similar a Saladino, Tamerlão, Mehmed II e Abdülhamid II, bem como as crises bancárias e as adversidades políticas em muitos Estados da Europa, poderiam ter sido evitadas se houvesse, no início do século XXI, Estadistas de maior excelência, ou Conselheiros com Sabedoria em vez de Sábios.

A União Europeia tem o Tratado de Lisboa, mas rege-se por um Directório que parece querer esmagar Portugal, com apoios mundiais, o que não augura bons presságios para o Mundo, assistindo-se já a uma fragmentação de rumos e estratégias, quando era expectável fortes elos de uniões e confederações como havia há milhares de anos com gregos, etruscos, celtas e depois com suíços.

 Teorias de extinção de espécies há milhões de anos, ocorrência de dilúvios mitológicos ou reais (tsunamis) das Civilizações, profecias de esperados Apocalipses (Besta 666) ou o desencadear de Guerras Mundiais, dos Impérios Antigos aos Impérios Recentes, tudo entronca numa das realidades da Lei do Universo: todas as energias e magnetizações têm equilibrios entre polaridades opostas que se anulam ou vivificam conforme a regência e vigilância da governação e acção-reacção aplicadas.

 Tribos, Reinos, Impérios, Estados, Religiões, Ordens e Instituições destroem, há séculos, mais PALMIRAS de Pensadores que ditadores PALMIRAS de Pedreiros. Durante esta escrita centenas de pessoas foram julgadas, mortas, presas, censuradas e expulsas por delito de opinião. Mais imoral é quando isto sai de Baluartes Religiosos, Espirituais, Maçónicos, Confrarias e Irmandades diversas que violam Leis Sagradas, Regras, Regulamentos, Estatutos e Preceitos lavrados em prol da Humanidade.

Aos meus 25 anos vi, vivi e vivifiquei esse DIA 0 da III República a 25 de Abril, na Escola Prática de Infantaria (EPI). Disse a alguém na noite anterior: sabes que o iate APOLO já está ao largo, no Rio Tejo, há alguns dias? Perguntou-me esse «alguém» o iate APOLO? Que iate é esse?

Calei-me. Muitos militares iam ser executantes, mas poucos sabiam que tinhamos há muitos meses apoio internacional previsto para o exacto momento da repetição de um golpe. Como militar da EPI, esse Palácio-Convento de 1717 que profetizava um Novo Terreiro de Mafra para termos uma Roma Espiritual. Ao constatar que era o Terreiro do Paço, onde os 28 Arcos a Oriente e outros tantos a Ocidente, ladeavam o Cromossoma de Portugal (11+11 arcos ladeando o X/Y do Arco da Rua Augusta) vi o medo de um Brigadeiro disparar contra a coluna militar do Capitão Salgueiro Maia, porque aquele era o local de há 66 anos antes, onde o rei D. Carlos I havia sido morto no Arquétipo de 1908. A resolução da queda de Portugal foi feita por Salgueiro Maia no Terreiro do Largo do Carmo, esse lugar do Convento e Chafariz de QUATRO GOLFINHOS, fundado em 1389, onde se recolheu, 33 anos depois, em 1423, o seu Fundador, São Nuno de Santa Maria, o Patrono da Infantaria.

Os militares dos Cravos Vermelhos nesse dia não sabiam que a 25 de Abril de 1500, 474 anos antes, os 11 NAVIOS de Pedro Álvares Cabral que iriam rumar à Índia, lançavam âncora em Porto Seguro. Os militares dos Cravos Vermelhos nesse dia não sabiam que a 25 de Abril de 1498 o piloto árabe entrava na Armada de Vasco de Gama para ele poder chegar à Índia. Os militares dos Cravos Vermelhos nesse dia não sabiam que a 25 de Abril de 1662 do Terreiro do Paço (Cais das Colunas) saía a nossa futura Rainha de Inglaterra, D. Catarina de Bragança (nascida a 25 de Novembro de 1638) para restaurar a Monarquia Inglesa com Carlos II, porque o assasssinato de Carlos I de Inglaterra também tinha dado origem a uma República: de Oliver Cromwell.

Ao prenderem o Almirante Américo Tomás os militares dos Cravos Vermelhos não sabiam que ele era o 44º Ocupante do Trono de Portugal. Mas alguns militares não armados sabiam que 11 Ocupantes do Trono antes dele era D. Carlos I. Recuando mais 11 antes deste rei prenderam Afonso VI em Sintra e antes dele morria o 11º Rei de Portugal, D. Duarte, morria de peste em TOMAR.

Deixo à vossa consideração uma visão quase profética do tal piloto árabe que a 25 de ABRIL entrava nas naus de Vasco da Gama. Ao ser-lhe perguntado porque se havia demorado tanto, explicou ele depois a Abrão Zacuto: só nesta data devo entrar para que as Robigálias dos cristãos se cumpram a 25 de Abril, como as cumpriram sempre os meus irmãos coptas que coabitam comigo. Hoje é possível saber com exactidão que a distância da diagonal maior de Moçambique tem 1974 Km.

Ainda hoje defronte do Palácio de Belém está o símbolo do último Cavaleiro dos Mares, Afonso de Albuquerque. Foi também do navio Adamastor de 1910, recordando Gil Eanes, que Mendes Cabeçadas rumou ao seu 28 de Maio de 1926, depois ao seu golpe falhado de 1946, mas deixou um seu descente, o CEMGFA Almirante Mendes Cabeçadas para que ao tomar posse com o 17º Governo de Portugal se fizessem quase os mesmos 100 anos de 1910/2010 que foi o século de 1415 a 1515, ano da morte de Afonso Albuquerque.

BEM-HAJAM os que que participaram no 25 de Abril, mesmo sem saberem que ele era o limite das Festas das Robigálias de Roma que também libertaram a Itália a 25 de Abril de 1945.

 
 
 
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