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Raimundo Gadelha
é formado em Publicidade e em Jornalismo pela
Universidade Federal do Pará, com especialização na Universidade de
Sophia, em Tóquio, Japão, onde viveu durante três anos, depois de ter
estudado em Nova York. Poeta e fotógrafo, sua obra percorre o romance e
a poesia, geralmente associada à Fotografia. Trabalhou durante três anos
como editor da Aliança Cultural Brasil-Japão e, em 1994, fundou a
Escrituras Editora. É autor de diversos livros, entre eles: Tereza,
perdida, Tereza (contos, 1978), Colagem Trágica
(poemas, 1980), Este circo tem futuro (Teatro, 1982) e
Cristal (CD de Música Popular Brasileira, gravado em parceria
com Cláudio Vespar, 1984), Um estreito chamado horizonte
(1992), que o transformou no primeiro brasileiro a escrever em Tanka, a
forma poética mais tradicional do Japão, Em algum lugar dentro de
você mesmo (poesia, 1994, português-japonês), Brasil Retratos
Poéticos 1 (fotografia/poesia, 1996, 7a edição), Para não
esqueceres dos seres que somos (poesia, 1998, CD com participações
especiais de Chico César, Marisa Orth, Celso Viáfora e Ná Ozzetti),
Brasil Retratos Poéticos 2 (fotografia/poesia, 2001, 3a edição),
Histórias do olhar (contos, 2003, com outros autores),
Brasil Retratos Poéticos 3 (fotografia/poesia, 2003, 2a edição),
Brasil Natureza e Poesia (fotografia/poesia, 2004), Vida
útil do tempo (poesia, 2004), Brasil - Livro e Postais
(fotografia, 2005) e Em algum lugar do horizonte (romance,
2000), publicado em 2007 na Grécia e no México. Em 2007, Raimundo
Gadelha assumiu o controle acionário e administrativo da Arte Paubrasil
(www.artepaubrasil.com.br), uma das mais reconhecidas livrarias virtuais
do País. |
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RAIMUNDO
GADELHA
Tankas
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Foi só um sonho,
mas causou sobressalto
Ponte e salto...
Baque nas águas do rio
que seguiu seu destino.
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Eu vi no vento
um menino levado,
sempre brincando
de, com silvos, espalhar
brancas nuvens no tempo.
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Um só instante
pra, antes do estanque,
com um sorriso,
estampar para sempre
as paredes do tempo.
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Pressa já não há
Há silenciosa prece...
Sala do tempo,
meu ponto de espera
Lá fora, um vento frio.
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Esvaziar-me
para chegar ao nunca...
Sou eu de novo
O nunca não existe
O presente persiste.
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Cortar os pulsos
para, em
vermelho, ver
a vida fluir...
Prefiro ver, no azul,
o ir de brancas
nuvens.
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Sonhando voar,
fundeou belas nuvens...
Acordou triste
Pés no chão, só o pesar
da âncora do tempo.
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Num simples adeus
começa o desviver...
O sentimento
é casa que vai perdendo
paredes e telhado.
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O longe não há,
se embarcamos no som
Notas são ondas
que dispensam os mares
e dispersam os males.
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Sinto saudade
do que ainda não foi
O tempo se vai
mas o triste persiste...
Amanhã não existe.
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