A Hermética Irmandade dos Amigos da Luz – ou
HIAL, para abreviar –, nasceu, em Janeiro de
2016, da Amizade entre Filipe de Fiúza e
Paulo Jorge Brito e Abreu. Ela destina-se,
em primeiro lugar, a mover, e promover, a
estese e o estudo das Ciências do Culto e
Ciências Ocultas. Tomando como exemplo, e
paradigma, a Ordem Templária de Portugal,
nossa Irmandade é crucial, a Irmandade é
confraria de caridade intelectual. Tomando
como Mestres a Madame Blavatsky, Max
Heindel, Omraam Mikhael Aivanhov, Papus,
Rudolf Steiner e Eliphas Levi,
esta Ordem, sem fins lucrativos, tem
por escopo, e objectivo, o liar, e o ligar,
o culto Oriental à cultura Ocidental. A par
dos Vedas, do Budismo e das Upanixadas,
estudaremos, em transe, o Pitagorismo, a
Santa Kabbalah e o Neoplatonismo – e
só assim conseguiremos a civilidade,
humanidade, e universalidade. Para um maior
eclectismo, ou sincretismo, associados, em
Portugal, à Filosofia Portuguesa, se fará,
na nossa Escola, a recondução da Literatura,
e das Artes, à recta, e à correcta
Teodiceia. Inspirados, e suflados, por o
exemplo de Thoth, adunaremos nós, tanto
quanto possível, a Ciência das Cores à
Ciência dos Números, a Ciência do Verbo à
Ciência dos Sons, ou melhor, o magistério,
que é major, aos Mahatmas da Magia.
Professa a Irmandade que a oração,
sobremaneira, é uma Arte da Palavra – e, se
ao princípio era o Verbo, serão, nimiamente,
ministrados, exercícios e aulas de Escrita
Criativa – que os Poetas e romancistas são
nossos Mestres, e guias, no conhecimento da
Alma. Pensa, por isso, a nossa Escola, que
anda, a Poesia, ligada, e aliada, ao Dogma e
Ritual da Alta Magia. E por isso afloramos,
e nós exploramos, a título gracioso, e com
fins beneficentes, o ápice e acume das Artes
Divinatórias: a título filosófico, citamos,
como exemplo, o Tarot, o I-Ching, a
Numerologia, a Geomancia, a Astrologia, a
Bibliomancia e a Cleromancia: tudo formas as
marcantes, tudo formas de exercer o ofício
divino: se recebemos, de Graça, de Graça
daremos as nossas mercês – pois o Espírito
Paracleto, o Espírito Santo, não se compra
com dinheiro… Aos Irmãos, que acolhemos, nós
demandamos, apenas, que não exerçam, nanja,
a virulência ou violência, que não
pratiquem, na práxis, a necromancia e a
dipsomania. Acima de tudo, a nossa Irmandade
significa, ou tipifica, o escol e a Escola
da Logoterapia – pois acima e pra além das
pulsões libidinais, vive a escritura, o
esquadrinhar, e o escrínio do Espírito – e é
tal o Pentecostes, é tal a Psicanálise
existencial. Quero eu dizer: seguindo o
jogo, em vez do jugo, falamos e alçamos a
Ludoterapia. Com olhos amoráveis, e amáveis,
contempla, a Irmandade, a Ciência Cristã, o
valimento e alimento Pentecostal, e, a bem
do Messias, a Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. Como provas,
também, da sua mundividência, ou
mundificação, a Irmandade é afecta, ou
dilecta, da Astrologia Cabalista, do
Martinismo, da Psicologia Analítica de Carl
Gustav Jung. Que a vida se aproxime do
sápido sonho – e se celebre, no Templo, o
solerte Psicodrama, é essa a unidade e a
solidariedade. Que um dos nossos Magísteres,
o Jacob Levy Moreno, ele dizia ou aduzia: «O
homem é um actor de Deus no palco do
Universo»: desempenhemos, por isso, e nós
leiamos o papel. Se a Psicologia é sobremodo
uma fala da Alma, professemos, nós outros,
as Artes, a «Kátharsis», o pensamento
mágico; se a Índia existe, e é Ideia, as
nossas naus são feitas da mesma matéria que
os sonhos enforma………..
E nós vamos, ovante, mais avante:
praticaremos, e faremos, Meditação encarada
à maneira do Ioga; quando bem executada, ela
é forma de medicação, oração, e solene
comunhão. Que animais, vegetais, ou
meramente minerais, todos os seres são
nossos Irmãos – e que tudo aquilo que vive
seja cantante e contente, permita, a todos
os seres, a felicidade; quero eu dizer, uma
plaga, país, ou cidade feliz. Sejamos,
dessarte, os Pacifistas integrais, e nanja
desistamos, e não esmoreçamos:
parafraseando, no escol, a Madame Blavatsky,
nem o mais simples copo de água oferendado,
ou doado, a um viajante sequioso, no Sol dum
deserto, ficará sem justa paga aos olhos do
Senhor. Pois professamos, como os
Filaleteus, o Ágape, o «Karma», a
Reencarnação. Era essa a lição, era essa, em
colação, a mensagem de Platão. E de
Pitágoras, ou, na Ágora, o áugure pítico – e
convoquemos, a nós, o grego milagre. E se o
corpo é para nós a vestimenta da Alma,
refusamos e rejeitamos, conscientemente, a
necromancia, o manismo, o chamado
Espiritismo. E se o Sol, aqui, é o Sol de
Justiça, todos os pensamentos, palavras e
acções, eles voltam, sempre e sempre, ao
ponto de partida, e o Amor não morre nunca,
e o vácuo não existe na Madre Natureza. Uma
nova Renascença, ela pende e se estende no
nosso horizonte, aqui se entende, cordial,
um novo paradigma civilizacional. E por Amor
nunca se mata; se a «guerra» é Santa, e
acalanta, eu sou um simples soldado no
Exército do Verbo. E a nossa batalha é
portanto o «Bateleur»; e labutemos, nós
todos,
por a nova, e ponderosa, Jerusalém.
Que o mundo existe, o mundo insiste, para
nós, como existe, a terra, para o
Agricultor; e se o Verbo é qual semente, as
palavras são as naus com as quais vogando
vamos para as Índias do Espírito – e por
isso o Portugal, e por isso não anda longe o
Paracleto e Quinto Império……………….
Se praticamos, entanto, o Ágape, agora,
renovemos, na verve, o mundo imundo:
enquanto um ser chorar por falta de Pão,
enquanto um homem for preso, e enquanto um
ser clamar por falta de Paz, então insiste,
deveras, insiste e resiste a nossa batalha.
São chamados, todos os homens, para o cabal
e a Kabbalah, para a messe e a missão… E
difundindo e defendendo o Caminho da mão
direita, o coração é oração pra todo o ser
senciente. Tal como no Budismo Mahayana, é
grande e é grada a nossa Carruagem, ela
abriga e alberga todos os seres. E todos são
bem-vindos ao Banquete filosófico, porque
chora a humanidade por falta de Luz.
Sejamos, portanto, o Cireneu, possamos nós
ser os Companheiros de
Emaús...................
Queluz, 18/ 01/ 2016
MENS AGITAT MOLEM
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