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Viu-o descer às ruas, o poeta que grava
no sangue a
caligrafia enigmática de deus.
as barbas sábias, bem penteadas
a túnica docemente tufada
os versos satânicos na mão direita
e com o manchil do profeta, ao alto,
relinchava:
meu Deus! meu
Deus!
em teu nome rasgamos estes versos
e derramamos o sangue
dos descrentes.
é preciso sermos duros como o perfil
velado de Deus.
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