FICHAS  DAS  ESPÉCIES DESCRITAS POR
J.V. BARBOZA DU BOCAGE
 
MAMMALIA 

Aepyceros Petersi

Bocage, 1878, PZSL, p. 745

Bocage, 1892, p.27, lança Aepyceros Petersi na sinonímia de Aepyceros melampus. Um macho e uma fêmea, abatidos por Anchieta, Capangombe e Humbe. M'Palla (Impala).

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 192: havia tipos, de Capangombe e Huilla, Anchieta. Não indica número de exemplares.

Bocage, 1902, p. 239: Aepyceros Petersi  Boc., 1878, PZSL, p. 743 - 1 fêmea adulta, Capangombe, 1 jovem macho, Humbe - Anchieta (Tipos). N. i.: M’pala

França, 1908: Antilope melampus

Monard, 1935: Aepyceros melampus petersii  Bocage

Corbet & Hill, 1991: Aepyceros melampus.

 

Arvicola Rozianus

Bocage, 1864, p. 7: 1 adulto, Dezembro de 1863, Geria (Coimbra), Rosa de Carvalho

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipo.

Seabra, 1900, p. 111: Arvicola agrestis (L.) var. Rozianus  B. du Bocage - macho? Coimbra, 1863, Sr. Rosa de Carvalho.

França, 1908: Microtus agrestis  L. subesp. Rozianus  Boc..

Gama, 1957: Microtus agrestis rozianus (Boc., 1864)

Corbet & Hill, 1991: Microtus agrestis.

 

Bayonia nov. gén. Boc., 1865

Bayonia velox (Du Chaillu, 1860)

Sinon.: Cyanogale velox E Potamogale velox  Du Chaillu, J.N.H. Soc. Boston, 1860, p. 361; Mythomys velox - Gray, PZSL, 1861, p. 265; Bayonia velox - Bocage, PZSL, 1865, p. 402

PZSL, p. 402, Bocage - "Une peau en très-bon état, un squelette incomplet et un foetus de 14 cm à peau tout-à-fait nue." Bayão envia não se sabe se os três exemplares se parte deles. Bocage cria o novo género baseado no sistema dentário. Por conseguinte, no Museu de Lisboa havia um crânio ou dois maxilares. 4 desenhos. 40 dentes. 20 em cada maxilar mas dispostos de maneira diferente.

1882, p. 27. Potamogale velox, Du Chaillu. Caconda, Anchieta. N. i. Caxiherere ou Caxihelele. "Sans être précisement rare, difficile à attrapper." Bocage, 1889, p. 30, devolve-o ao género Potamogale.  Du Chaillu considerou-a vizinha das lontras (carnívoro), Gray um roedor, do novo género Mythomys, e Bocage, com  1 fêmea enviada por Bayão de Duque de Bragança, demonstrou que era um insectívoro. Anchieta enviou-a de Caconda e Ambaca. O tipo de Du Chaillu era do Gabão. Distribuição indeterminada na África ocidental.

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipos. Seabra, 1901, p. 145, descreve o sistema digestivo de Potamogale velox a partir de uma fêmea adulta de Caconda e de um macho recém-nascido, que conservam por acaso muitas das suas vísceras, portanto estavam em álcool. FALTA O ESQUELETO, os maxilares que permitiram a Bocage criar o novo género. O recém-nascido, enviado por Bayão do Duque de Bragança em 1865 tinha 14,5 cm. No estômago do adulto encontrou restos de crustáceos que Osório identificou como sendo de Telphusa. Não há vesícula biliar, sim uma vesícula vermicular, que muito particularmente caracteriza o género em estudo. O estômago é idêntico ao de Erinaceus europaeus (Insectivora; ouriço-cacheiro). O recém-nascido lembra à primeira vista um Triton (Amphibia). Anda não tinha vestígios de dentes. 1905, p. 105, Seabra: Potamogale velox - 1 macho adulto, Selles (Loanda). “É possivel que este exemplar faça parte de algum dos typos especiaes annotados n’um recente trabalho de Grandidier publicado no Boletim do Museu de Paris. Reservamos essas observações para estudo especial”. Grandidier (1904) classifica os sete ou oito exemplares do Museu de Paris, quase todos do Congo, em Potamogale I, Potamogale II, etc.. Dá as fórmulas dentárias quando os indivíduos têm dentes, etc.. Lamenta ter excluído os caracteres verdadeiramente discriminantes deste tão difícil grupo de animais. Diz quais seriam Potamogale Allmani se fosse possivel testar a realidade da existência desta espécie; os outros, mais vulgares, pertencem à vulgar Potamogale velox Du Chaillu.

França, 1908: ignora.

Monard, 1935: não a encontrou em Angola.

Corbet & Hill, 1991: Potamogale velox. 

 

Capra sp.? Boc., 1857

TIPOS. Bocage, 1897b: não refere.

França, 1908: Capra pyrenaica Schinz subesp.? Boc.

França, 1908: Capra lusitanica França, 1908

Gama, 1957: Capra pyrenaica lusitanica França, 1909


Cephalophus Anchietae

Bocage, 1878, PZSL, p. 743

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipos.

Bocage, 1902, p. 235: 1 macho e 1 fêmea (tipos), Biballa, Anchieta, 1879. Insiste em que é uma espécie distinta de C. monticola e de C. melanorheus

França, 1908: C. monticola Thunb.

Monard, 1935: Cephalophus melanorheus anchietae Bocage

Kingdom, 1982: Cephalophus monticola Thunberg, 1789

 

Cephalopus ruficrista Boc., 1878, PZSL, p. 744

Bocage, 1869, p. 220: exemplares do Museu de Lisboa idênticos a Cephalopus longiceps  Gray, 1865 (1 cabeça proveniente da primeira viagem de Du Chaillu, mas maior). Análise dos cornos, etc.. Primeiro, Bocage classificara-a como C. ruficrista, mas agora acha-a parecida com a espécie de Gray. Espera novos documentos para concluir melhor.

Bocage, 1890, p. 28: de Cephalopus ruficrista Boc., no Museu só havia 1 cabeça de macho adulto, com a pele, enviada em 1869 de Loanda por Toulson.

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipos.

Bocage, 1902, p. 235: Cephalopus ruficrista Boc., t. II, p. 28 - Cephalophus sylvicultrix (Afzelius) - 1 cabeça de macho adulto, Angola

França, 1908: Cephalopus ruficrista Boc.

Corbet & Hill, 1991: não referem.

 

Crocidura Anchietae

Bocage, 1889, p. 26: adultos e jovens, Caconda, Anchieta

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 189: havia tipos, de Caconda, Anchieta

França, 1908: Crocidura Anchietae Boc.

Corbet & Hill, 1991: não referem.

 

Crocidura bicolor

Bocage, 1889, p. 29: 2 fêmeas e 3 jovens, Gambos (Mossamedes), Anchieta

TIPOS. Bocage, 1897, p. 189: havia tipos, dos Gambos, Anchieta

França, 1908: Crocidura bicolor Boc.

Monard, 1935: Crocidura bicolor Bocage.

Corbet & Hill, 1991: não referem.

 

Crocidura nigricans

Bocage, 1889, p. 28: 1 fêmea adulta, Quindumbo, Anchieta.

TIPOS. Bocage, 1897, p. 189: havia tipo, Quindumbo, Anchieta

França, 1908: Crocidura nigricans  Boc.

Monard, 1935: Crocidura nigricans  Bocage

Corbet & Hill, 1991: Crocidura nigricans.

 

Cynonycteris angolensis

Bocage, 1892, p. 173-178. Texto confuso. De Angola refere 3 espécies, uma C. straminea. De outra espécie, que não sabe qual é, recebeu 1 fêmea adulta de Pungo-Andongo, 1 jovem macho de Cahata e 4 fêmeas de Quibula -  Anchieta, do que pergunta se é C. aegyptiaca. Terceira espécie, 1 macho adulto de Quindumbo e outro exemplar de Pungo Andongo - Anchieta. Descreve e não nomeia. Faz a apologia das pregas do paladar como carácter diagnosticante, refere a cor da pelagem.

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipos.

Bocage, 1898, p. 133, 138: Cynonycteris angolensis  Sinon.: Cynonycteris sp.? - Boc., 1892, p. 173.

Seabra, 1898, p. 169: “Especie estudada e descripta pelo professor Barboza du Bocage; é caracterizada por uma colleira de pellos approximadamente da mesma côr dos do dorso e ventre, afastando-se por isso da especie de Timor”. Não diz qual é a espécie de Timor. Na pág. 160, porém, descreve Cynonycteris Bocagei, nova especie, a partir de um macho de “Timor (Dyli), e um craneo da mesma região (sr. F. Newton)”. Ironiza acerca das pregas do paladar. P. 169, Seabra escreve: Gynonycteris e Dilly.

Seabra, 1898, p. 169: 1 exemplar de Pungo-Andongo, 1 macho e 4 fêmeas de Quibula (Anchieta).

França, 1908: ignora.

Corbet & Hill, 1991: Roussetus (Lissonicterys) angolensis.

 

Cynonycteris brachycephalus

Bocage, 1889, p. 197-198: propõe-se chamar C. brachycephala uma nova espécie de morcego, se Newton lhe mandar bons exemplares de S. Tomé.

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipos.

1898, p. 136, Bocage: Cynonycteris brachicephala - 1 fêmea adulta, S. Thomé (Fernandes Pires). A palavra dimensions está escrita duas vezes (sempre) dimentions. A única que muda ligeiramente é a da jambe, que passa de 23 a 25mm.

Seabra, 1898, p. 169: 1 fêmea adulta da Ilha de S. Thomé (Fer. Pires).

1905, p. 66: Tipo: 1 fêmea adulta, S. Thomé. 1868, Fernandes Pires. Ainda não foi possível obter mais exemplares, apesar dos esforços para isso.

França, 1908: ignora.

Corbet & Hill, 1991: Myonicteris brachycephala.

 

Dendrohyrax Grayi

Bocage, 1889, p. 190: 1 exemplar de Quissange, Anchieta. Parece-se com Heterohyrax Bocagei  Gray.

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 192. Havia tipo de Hyrax Grayi. 1 exemplar, Quissange, Anchieta

França, 1908: Hyrax Grayi  Boc.

Corbet & Hill, 1991: não referem.

 

Epomophorus Dobsonii

Bocage, 1889, p. 1: 1 macho adulto, Quindumbo, Anchieta

Bocage, 1896, p. 106: segundo exemplar, recebido ultimamente, era 1 fêmea, Quindumbo (ver), Anchieta

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 188: havia tipos, o primeiro de Quindumbo, o segundo de da Hanha - Anchieta.

Seabra, 1898, p. 165: no Museu havia 2 machos de Quindumbo; 1 fêmea de Galanga; 1 fêmea de Hanha e 2 crânios em álcool - Anchieta.

França, 1908: Epomophorus Dobsonii  Boc.

Monard, 1935: Epomops dobsoni  Bocage

Corbet & Hill, 1991: Epomops dobsoni.

 

Epomophorus guineensis

Bocage, 1898, p. 136 - 1 macho adulto, Bolama, Barahona.

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipos.

França, 1908: omite.

Monard, 1935: Epomophorus gambianus  Ogilby

Corbet & Hill, 1991: Epomophorus gambianus 

 

Euryotis Anchietae

Bocage, 1882, p. 26: 3 exemplares, Caconda, Anchieta. N.i. Umbiri

Bocage, 1889, p. 206: compara com E. irroratus e pergunta se é preciso riscar E. Anchietae dos quadros da zoologia.

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 190. Só refere a bibliografia. Não havia tipos? 

França, 1908: Otomys irroratus Cuv. subesp. Anchietae Boc.

Monard, 1935: Otomys (Anchotomys) anchietae Bocage

Corbet & Hill, 1991: Otomys anchietae

 

Genetta angolensis

Bocage, 1882, p. 29: 3 peles de adultos, Caconda, Anchieta. N. Calucimba

Bocage, 1889, p. 177: Genetta pardina Geoffroy var. angolensis

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipos.

França, 1908: Genetta pardina Geoffroy subesp. angolensis Boc.

Corbet & Hill, 1991: Genetta angolensis.

 

Georhycus n.sp.

Bocage, 1890, p. 269-276: são várias espécies e variedades, não ficando claro qual é proposta como nova. Talvez os indivíduos de Caconda, Dondo e Quillenges sejam variedades de G. Mechowi na coloração.

TIPOS. Bocage, 1897b: havia tipos de Georhycus sp. ? Boc. - Angola, Anchieta

França, 1908: Georhycus sp.? Boc.

 

Gerbillus validus

Bocage, 1890, p. 6: machos e fêmeas, Rio Quando, Ambaca, Quissange, Caconda - Anchieta

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 188: havia tipos - Ambaca, Quissange, Caconda,  Rio Quando (Anchieta).

França, 1908: Gerbillus validus Boc.

Monard, 1935: Taterona valida Bocage

Corbet & Hill, 1991: Tatera valida  

 

Herpestes angolensis

Bocage, 1890, p. 31: Pele e crânio de 1 fêmea adulta, Duque de Bragança, Bayão, enviados em 1865. Classificados primeiro como Herpestes ichneumon Linnaeus (Bocage, 1889, p. 178).

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 191. Havia tipos de Herpestes angolensis Boc. - Duque de Bragança (Bayão), Quissange (Anchieta)

França, 1908: H. ichneumon Boc., 1889, p. 178

Monard, 1935: Mungos angolensis Bocage

Corbet & Hill, 1991: Herpestes ichneumon.


Macroscelides brachyura

Bocage, 1882, p. 27: 4 exemplares, Caconda, Anchieta. Consultado por Bocage, Dobson confirma o ineditismo da espécie.

Bocage, 1889, p. 24: descreve a partir de 1 exemplar de Quindumbo, Anchieta, uma nova espécie a que não dá nome.

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 189. Havia tipos de Macroscelides brachyurus - Caconda, Anchieta.

França, 1908: Macroscelides brachyura Boc., 1884, p. 27

Monard, 1935: Nasilio brachyurus Bocage. Diz que os seus exemplares concordam mais com a espécie inominada de Quindumbo do que com esta.

Corbet & Hill, 1991: não referem.

 

Miniopterus Newtonii

Bocage, 1889, p. 198: machos e fêmeas de S. Thomé, Newton, colheita de 1889.

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 189. Havia tipos, S. Thomé, Newton, 1889.

Seabra, 1900, p. 35: 1 macho, typo, S. Thomé, Ribeira do Peixe, 1891, Newton; 4 exemplares de S. Thomé, 1890, Newton.

Bocage, 1905, p. 68: havia no Museu de Lisboa 8 exemplares, machos e fêmeas, da Ribeira do Peixe e Ponte que Deus fez, Newton (1890).

França, 1908: Miniopterus Newtoni  Boc.

Corbet & Hill, 1991: não referem.

 

Mus Anchietae

Bocage, 1890, p. 11: 1 macho e 1 fêmea de Ambaca, 1 jovem do Dondo - Anchieta.

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 190. Havia tipos - Dondo, Anchieta.

França, 1908: Mus marungensis Noack.

Monard, 1935, p.141: Oenomys hypoxanthus anchietae Bocage.

 

Mus angolensis

Bocage, 1890, p. 12: 1 fêmea e 3 jovens de Capangombe,  Anchieta.

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 190. Havia tipos - Capangombe, Anchieta.

França, 1908: Mus angolensis Boc.

Monard, 1935: Myomys angolensis Bocage

Corbet & Hill, 1991 referem Mastomys angolensis, de Angola e Zaire (Rodentia).

 

Phyllorhina n. sp.

Bocage, 1889, p. 4, 16:

TIPOS. Bocage 1897, p. 188: havia tipos, de Benguella, Catumbella, Rio Coroca, Capangombe, Gambos e Humbe - Anchieta; e do Congo - G. Capello. Ph. caffra na sinonímia.

Seabra, 1898, p. 256: Phyllorhina angolensis Boc. - 13 exemplares de vários pontos de Angola, enviados por Anchieta e H. Capello.

França, 1908: Phyllorhina n. sp.?; P. caffra.

Corbet & Hill, 1991mencionam Hipposideros caffer, de África e Arábia (Microchiroptera).

 

Phyllorhina Commersoni var. Thomensis

Bocage, 1891, p. 88: 1 fêmea de Roça Saudade, 1 macho de Ribeira Peixe (S. Thomé), Newton.

TIPOS. Bocage 1897b: não havia tipos.

Seabra, 1898, p. 254: 1 macho, Ribeira do Peixe, 1890, Newton; 1 fêmea, Saudade, 1885, Newton; 1 fêmea, S. Thomé, 1898, Almada Negreiros. “Descrição do paladar: - Analogo ao das especies representadas pelos exemplares f, g, h”. Espécies representadas por exemplares f, g e h: Rhinolophus hipposideros Blas., R. aethiops Peters, R. ferrrum-equinum Leach, Phyllorhina commersoni Peters, P. fuliginosa Temm. e P. angolensis Bocage.

Bocage, 1905, p. 67: P. thomensis Boc. N.i. Guimbu

França, 1908: Phyllorhina Commersoni E. Geof. var. thomensis Boc.

Monard, 1935: Hipposideros angolensis Bocage

Em Corbet & Hill, 1991, figuram algumas destas espécies, distintas, nenhuma porém "thomensis" nem de S. Tomé.

 

Rhynchocyon Petersi

Bocage, 1880, p. 159: 1 exemplar de Zanzibar adquirido à casa Deyrolle, Paris.

TIPOS. Bocage 1897b, p. 190. Havia tipo: Zanzibar?, E. Deyrolle

França, 1908: Rhynchocyon Petersi  Boc.

Corbet & Hill, 1991: Rhynchocyon petersi (Quénia e Tanzânia).

 

Sciurus Bayonii nov. sp.?

Bocage, 1890, p. 3: 4 peles incompletas, sem crânio, Duque de Bragança, Bayão, 1865. Talvez forma intermédia entre Sciurus congicus e Sciurus poensis.

TIPOS. Bocage 1897b, p. 190: havia tipos - Duque de Bragança, Bayão.

França, 1908: omite

Corbet & Hill, 1991: não referem.

 

Sorex (Crocidura) thomensis

Bocage, 1887, p. 212: 1 exemplar, Roça Minho, 800m alt. (S. Thomé), Newton. Rara

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 189: havia tipo de Crocidura thomesis, da Roça Minho, Newton.

Bocage, 1903, p. 46: 1 exemplar de Oque Nazareth (Príncipe), Newton, coligido em 1894.

Bocage,1905, p. 68: 3 exemplares. Tipo da espécie: 1 fêmea adulta, Roça Minho, 1896, Newton. No Museu havia ainda 1 exemplar sem indicação de localidade, coligido em 1887, Newton; e 1 adulto de Santa Maria, 1200m, 1896, Almada Negreiros.

França, 1908: Crocidura thomensis Boc.

Corbet & Hill, 1991: Crocidura thomensis.

 

Vesperus bicolor

Bocage, 1889, p. 5: 2 fêmeas, Caconda, Anchieta

TIPOS. Bocage, 1897b, p. 188: havia tipos, de Caconda, Anchieta.

Seabra, 1900, p. 22: Vesperugo (Vesper) bicolor Boc. - 1 macho, Caconda, Anchieta, 1898. “Descrição do paladar: - Muito semelhante ainda ao que observamos no V. capensis, tendo porém os lóbos lateraes triangulares, o medio ou apical ovoide e a linha da base saliente e incompleta”.

França, 1908: omite

Corbet & Hill, 1991: mencionam, na subordem Microchiroptera, Pipistrellus anchietae (bicolor) para Angola, Zaire, Zâmbia e Transval.

 

Vesperus guineensis

Bocage, 1889, p. 6: 2 fêmeas, Bissau, enviadas em 1879 por Rodrigo da Costa

TIPOS. Bocage, 1897b: não havia tipos.

Seabra, 1900, p. 22. Faz ironia em todos os artigos acerca do valor das pregas do paladar como carácter diagnosticante usado por Bocage para classificar os morcegos. Vesperugo (Vesperus) guineensis Boc. - 2 fêmeas (typos), Bissau, Rodrigo da Costa. Um exemplar seco, outro em álcool. Este está danificado, por isso não pode desenhar o paladar. “Faremos comtudo notar que a sua esculptura é perfeitamente analoga á que temos descripta para as especies precedentes, assemelhando-se comtudo em particular á do Vesperus capensis já descripto”.

França, 1908: omite

1865, PZSL, p. 401, Bocage: Zorilla flavistriata, proposta de alteração do nome Zorilla albinucha  Gray, 1864, para não fazer confusão: os exemplares do Museu de Lisboa, do Duque de Bragança, Bayão, têm a cabeça amarelada. Há outras diferenças, mas Bocage não acha que valha a pena criar nova espécie.

1865, PZSL, p. 400, Gray: o exemplar do British Museum de Zorilla albinucha é do Golungo Alto, Welwitsch. Gray preferia considerá-la variedade de Zorilla africana. Mas, como Welwitsch diz que os indígenas distinguem duas espécies, então considera as duas. Começa o artigo lamentando que nada se saiba dos mamíferos de Angola, portanto qualquer informação seria benvinda.

Estatuto de Zorilla albinucha  Gray, 1864: Poecilogale albinucha Gray, in Monard, 1935

Corbet & Hill, 1991: Ictonyx striatus