MARIA ESTELA GUEDES
O Magno morreu, não sei como nem porquê, natural era morrer eu primeiro, pois sou ou era bem mais velha. Recebi a notícia de Kátia, a irmã: morreu ontem, 29 de Janeiro, às 23 horas, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
Estava connosco desde o princípio do Triplov, em 25 de Maio de 2001. Andava ele a buscar trabalho na Internet, batendo à porta das caixas de e-mail. Ajudava, ensinou-me, fez um curso de Photoshop expressamente para mim. Entreguei-lhe o que então ainda não era a plataforma que hoje é, nunca me decepcionou.
Tinha orgulho em dizer que era português, porém o Magno era sobretudo brasileiro, carioca. Por um tempo trabalhou na nossa RTP, vindo da Globo, de maneira que tive a sorte de ganhar um bom profissional com o seu azar, pois o setor, julgo que liderado pelo Júlio Isidro, encerrou as portas e ele ficou sem emprego.
O Magno tratava de toda a parte técnica do Triplov e também do visual. Fazia os logos, os templates, eu só tenho de usar essas formas para publicar. O meu logo, em cima, é dele. O triplov enlutado, também.
Fico sem saber o que fazer, de repente. Ele é que pagava as contas, eu só depositava o necessário. Vou esperar uns dias até receber mais informação, se ma enviarem.
Nunca o vi. O Magno era a pessoa mais próxima de mim no que respeita a assuntos de Internet, um amigo, mas nunca nos vimos, morávamos em cidades diferentes e não havia necessidade de contactos presenciais.
Vou sentir imensa falta tua, Magno! E o Triplov também.