A evolução política do continente africano suscitou, em múltiplos territórios, a formação de vários grupos com ideologias independentistas, vindo, necessariamente, a afectar determinados sectores da população.
Na Guiné Portuguesa, os primeiros indícios de intenções independentistas exprimiram-se na tentativa de fundação de um “clube desportivo”, em 1953, reservado a naturais da Província, tentativa gorada pela interdição do Governador. O seu proponente, o engenheiro agrónomo Amílcar Cabral, acabou por fundar na clandestinidade o MIG (Movimento de Independência da Guiné) que originou, em 1956, o PAIGC.
No Senegal, constituíram-se diversos movimentos que visavam obter a independência da Guiné. Salienta-se o MLGC (Movimento de Libertação da Guiné e Cabo Verde), a UPG (União de Povos da Guiné) que, apesar da designação, reunia apenas alguns guineenses residentes em Kolda, o RDAG (Reunião Democrática Africana da Guiné), constituído pela colónia Mandinga do Senegal, a UNGP (União dos Naturais da Guiné Portuguesa), a UPLG (União da População Libertada da Guiné), que agrupava a minoria de etnia Fula do Senegal, e o MLG (Movimento de Libertação da Guiné) a que aderiram a maior parte dos Manjacos.
Em Agosto de 1962, como resultado da união de vários grupos políticos com sede em Dakar, como o UPG, o RDAG e a UPLG, foi criada a FLING (Frente de Libertação e Independência Nacional da Guiné). O PAIGC recusou o convite para fazer parte deste movimento.
Analisemos os principais dos referidos movimentos. |