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LIVRE PENSAR
Do ponto mais Oriental das Américas
- João Pessoa - Paraíba - Brasil |
ANO IV - Número 614 - 24 de janeiro de 2005 |
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IVALDO GOMES
Em fim Sós
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'A camisola do dia,
Transparente e macia',
Feito provocação.
Os cheiros inebriados,
Ocupam os espaços
Meu coração.
E as mãos vão em busca,
Dos arrepios, dos 'mios',
Dos gemidos, contração.
Do que gostas e tem vontade,
Dou-te tudo é verdade,
Sentes com emoção.
E entre ligas pretas,
Guardas enfim escondida,
Um poço de felicidade.
E a água que escore
Em mim, de ti,
Molhados ficamos nós.
É o nosso amor,
A escorrer em flor.
Em desejos e beijos.
E nos amamos noite adentro,
Surpreendemos o dia em sua
Aurora.
E começamos de novo,
Imaginando o por do sol,
Que teremos da gente.
E as nossas roupas jogadas,
Sem lenço e sem documentos.
Ao vento de nós dois. |
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CREPE SUZETE |
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De manhã, logo cedo.
Assim que acordar.
Serve para o coração,
à emoção, o tesão.
De tarde, logo tarde,
assim que baixar o sol.
Serve para solidão,
ilusão, coisa do amor.
De noite, no escuro.
Serve para relaxar,
criar, procriar,
achar e se perder,
de prazer.
De qualquer hora,
pode ser até agora.
Serve para sarar, sarrar,
sanar, todos os desejos,
beijos e abraços.
Crepe Suzete.
Crepe Suzete.
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A Luz da Lua |
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Se a ti me confiasse o destino,
E se todos os meus passos,
Fossem em busca dos teus abraços.
E se abrisse em flor de cinco pétalas,
Que ao cair da tarde me inebriasse...
E que seus cheiros fossem todos,
Que o meu instinto pudesse sentir,
Mesmo assim séria pouco,
Por t udo que sinto por ti.
E se essa lua brilhante no céu,
Pudesse eu pegar, abraçar,
Transformaria o seu brilho,
Num diadema lunar,
E sua fonte bela
Iria enfeitar.
Mas se mesmo assim fosse possível,
De alguma forma lhe agradar,
Mesmo que tivesse que buscar,
Os anéis de saturno seriam,
Belos anéis a lhe ornar.
E se toda essa beleza,
Não lhe fizesse justiça,
Traria a luz do sol,
Para com o seu brilho sedutor,
Clarear os seus passos
Como o desse luar.
Que faço eu a olhar a lua...
Deixando-me incendiar
Pelo seu brilho?
Que reflete em mim a paixão,
Do coração desolado,
De saudade, de amor.
Ai de mim se não fosse essa lua.
Que me namora lembrando você.
Ai de mim. |
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Essa coluna é editada por Ivaldo Gomes e colaboradores. ivg@terra.com.br |
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