(1) Referência à Guerra de Tróia.
(2) AQUILES, filho de PELEU.
(3) POLÍXENA, irmã de CASSANDRA, teria sido vista por AQUILES, durante a Guerra. O herói ter-se-á apaixonado pela jovem, tendo pedido a sua mão a PRÍAMO, prometendo abandonar os Gregos e passar a lutar com os Troianos. Após este acordo, os Troianos prepararam-se para festejar, com grande júbilo, o casamento, no templo de Apolo (VON EGON ECKER, Erläuterungen zu ausgewählten Gedichten Friedrich von Schillers, Band 2, Der späte Schiller (1789-1805), C. Bange Verlag, Hollfeld, 1988, pg. 139).
(4) Adornados com coroas de loureiro, porque o loureiro era consagrado a Apolo (VON EGON ECKER, ibidem ).
(5) O mais famoso templo de APOLO, em Tróia, onde este tinha o epíteto de TIMBREU (NORBERT OELLERS Friedrich Schiller, Gedichte, Auswahl und Anmerkungen von Norbert Oellers, Philipp Reclam jun., Stuttgart, 2001, pg. 173).
(6) CASSANDRA era a mais bela filha de PRÍAMO, o Rei de Tróia. APOLO concedera-lhe o dom da profecia, em troca do seu amor; contudo, CASSANDRA não cumpriu a sua parte, no acordo. Então APOLO, como castigo, retirou-lhe a credibilidade. Assim, CASSANDRA via as desgraças que se aproximavam, alertava para o facto, mas ninguém lhe dava ouvidos.
Por esta razão, CASSANDRA é considerada como uma profetisa da desgraça. CASSANDRA também previu a queda de Tróia, mas ninguém reagiu aos seus avisos. O seu próprio destino era do seu conhecimento, o que lhe roubava toda a alegria de viver. Após a destruição de Tróia, CASSANDRA foi dada a AGAMÉMNON, como parte dos seus despojos de guerra. O Rei de Micenas levou-a para Argos, onde foi assassinada por CLITEMNESTRA.
(7) Segundo outra versão do mito, CASSANDRA, Irmã gémea de HELENO, teria obtido a capacidade da visão , na infância. enquanto PRÍAMO e HÉCUBA davam uma festa no templo de APOLO TIMBREU, situado fora das portas de Tróia; os pais ter-se-ão esquecido das crianças, que passaram a noite no santuário. Na manhã seguinte, foram encontradas a dormir, enquanto duas serpentes lhes passavam a língua pelos órgãos dos sentidos. Assustados pela presença humana, as serpentes fugiram. Mais tarde, as duas crianças revelaram o dom da profecia, adquirido através da purificação operada pelas serpentes (PIERRE GRIMAL, Dicionário da Mitologia Grega e Romana, Entrada: CASSANDRA).
(8) As insígnias de sacerdotisa eram constituídas por uma faixa branca, atada na cabeça, da qual caíam fitas, de ambos os lados da face (VON EGON ECKER, Op. cit ., pg. 139). No primeiro episódio da peça As Troianas de EURÍPIDES, CASSANDRA, prevendo o futuro, também: Arranca da cabeça as insígnias de lã, insignías dos deuses. (Tradução de MARIA HELENA ROCHA PEREIRA, in EURÍPIDES, As Troianas, Edições . 70, Lisboa, 1996, pg. 52).
(9) O desejo de paz (VON EGON ECKER, op. cit ., pg.140).
(10) Porque PÁRIS, durante a festa, ajudado por APOLO, atinge mortalmente AQUILES, ferindo-o num calcanhar (VON EGON ECKER, op. cit ., ibidem ).
(11) Divindade greco-romana que, empunhando uma tocha, conduzia o cortejo nupcial. Era o deus do casamento (VON EGON ECKER, op. cit ., ibidem ).
(12) Referência a SÍNON, o espião que os gregos deixaram em Tróia, quando, com toda a armada, resolveram partir e levantar o cerco. Foi ele que convenceu os Troianos a levar o cavalo de madeira para a cidade e que recebeu o sinal do exército grego - um facho a brilhar, que era a ordem para abrir o cavalo. Foi o primeiro a incendiar a cidade (NORBERT OELLERS, op. cit., ibidem).
(13) APOLO PÍTICO. Assim designado após a sua vitória sobre a serpente PÍTON. Com este nome era cultuado em Delfos, assumindo uma conotação ambígua, misteriosa (VON EGON ECKER, op. cit., ibidem ).
(14) Referência aos Troianos, que não acreditavam nas suas profecias e viviam, na sua alegre inconsciência (VON EGON ECKER, ibidem ).
(15) O véu que cobre a verdade (que é demasiado aterradora para ser revelada). Cfr. outro poema de SCHILLER, Das verschleierte Bild zu Sais (A imagem velada de Sais) (VON EGON ECKER, ibidem ).
(16) Pois só lhe traz infortúnio, só lhe anuncia a desgraça (VON EGON ECKER, op. cit., pg. 141).
(17) AQUILES.
(18) O TRIONEU, na Ilíada. Na Eneida de VIRGÍLIO, CASSANDRA estava prometida a COREBO, que ajudou PRÍAMO, quando Tróia estava em chamas, mas acabou por morrer, quando pretendia salvar a noiva. (cfr. NORBERT OELLERS, ibidem).
(19) Nome com que os Romanos identificavam a deusa grega PERSÉFONE, esposa de HADES (VON EGON ECKER, op. cit., pg. 142).
(20) CASSANDRA prevê a sua própria morte, na casa de AGAMÉMNON .
(21) Referência ao assassinato de CASSANDRA, juntamente com AGAMÉMNON, no regresso a Micenas, na Grécia .
(22) Segundo VIRGÍLIO, ÉRIS, esposa de ARES, a deusa da discórdia, era descrita com cabelos de serpente.
(23) Tróia.
(24) «A morte oculta-se aqui nos recessos do sonho», ANTÓNIO RAMOS ROSA/ ROBERT BRÉCHON, Meditações Metapoéticas/Méditations Metapoétiques, Edição bilingue, Caminho, Lisboa, 2003, pg. 40.
(25) Schillers Briefe in Zwei Bänder, Ausgewählt und Erläutert von KARL-HEINZ HAHN, Zweiter Band, Aufbau-Verlag Berlin und Weimer, 1982 , Band 2, pg. 200 .
(26) Schillers Briefe in Zwei Bänder, Band 2 , pg. 285.
(27) VON EGON ECKER ( op. cit ., pgs. 143-145).
(28) Cfr. Schillers Briefe, Band 2 , pg. 308.
(29) HANS-GEORG WERNER, apud Mythos und Gegenwartserfahrung ( Mito e experiência actualizadora), in Interpretationen Gedichte von Friedrich Schiller, Philipp Reclam jun., Stuttgart , 1996, pgs. 302-311.
(30) Apud ISABEL MARIA de OLIVEIRA CAPELOA GIL, Mitografias. Figurações de Antígona, Cassandra e Medeia no Drama de Expressão Alemã do Século XX, Tese de Doutoramento, Lisboa, Universidade Católica, 2002, pg. 305.
(31) SCHILLER segue a versão das Fábulas recolhidas por HIGINO que conta que AQUILES foi morto às mãos de PÁRIS e DEIFOBO, quando este se encaminhava para o templo de APOLO TIMBREU, onde AQUILES tomaria POLÍXENA, irmã de CASSANDRA , como esposa, assinando um tratado de paz que põe fim à guerra de Tróia (LÉON MIS, Ballades de Goethe et de Schiller, Introdution, Traduction, Notes , Editions Aubier , Paris, 1943, pg. 419).
(32) Seguimos, em linhas gerais, o comentário ao poema de VON EGON ECKER ( op. cit ., pgs. 143-145).
(33) Ver nota 18.
(34) VON EGON ECKER , ibidem
(35) HANS-GEORG WERNER, ibidem .
(36) HANS-GEORG WERNER, ibidem.
(37) HANS-GEORG WERNER, ibidem .
(38) TERESA RODRIGUES CADETE, Friedrich Schiller, Textos sobre o Belo, o Sublime e o Trágico, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Estudos Gerais, Série Universitária, Clássicos de Filosofia Lisboa, 1997, pg. 18.
(39) Sobre este assunto ver THOMAS EPPLE, apud ISABEL MARIA de OLIVEIRA CAPELOA GIL, Kassandra de FRIEDRICH SCHILLER, op. cit., pg. 303.
(40) TERESA RODRIGUES CADETE, op. cit., pg. 23.
(41) FRIEDRICH SCHILLER, Sämtlische Werke , I Band, Insel Verlag, Berlim, 1991, pg. 535-39.
(42) Rausch ist alles ird'sche Wesen,/Wie des Dampfes Säule wehet,/Schwinden alle Erdengrößen,/Nur die Götter bleiben stet./Um das Roß des Reuters schweben,/Um das Schiff die Sorgen her, /Morgen können wir's nicht mehr,/Darum laßt uns heute leben! ).
(43) Ich bin jetzt voll Ungeduld, etwas Poetisches vor die Hand zu nehmen (...). Eigentlich ist ist es doch nur die Kunst selbst, wo ich meine Kräfte fühle, in der Theorie muß ich immer mit Prinzipen Plagen . ( in Schillers Briefe, 2 Band, pg pg. 343)).
(44) REAL PAULY WISSOWA, Encyclopedia der Classischen Altertumswissenschaft, 19. Halband (Neue Bearbeitung begonnen von GEORG WISSOWA), WILHELM KROLL (ed.), J.B. Metzlersche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart , 1917, cols. 2298-2294).
(45) REAL PAULY WISSOWA, op. cit , col. 2291.
(46) Pindar, Olympian Odes, Pythian Odes, Tradução e edição de WILLIAM H. RACE, Loeb Classical Library, Harvard University Press, Londres, 1997, pg. 366.
(47) ÉSQUILO, Oresteia , Tradução de MANUEL DE OLIVEIRA PULQUÉRIO, Edições 70, Lisboa, 1998.
(48) E.R. DODDS, Os Gregos e o Irracional, Gradiva, Lisboa, 1988, pg. 80.
(49) ROBERT D'ARCOURT, ibidem.
(50) Auf den will ich alle Mühe verwenden, weil dieses Stück eins der schönsten ist, die je aus einem : Dichterkoffe gegangen sind, Schillers Briefe, 2 Band., pg. 212.
(51) EURÍPEDES, As Troianas, Tradução de MANUEL DE OLIVEIRA PULQUÉRIO, Edições 70, Lisboa, 1999.
(52) WOLGANG SCHULLER, Frauen in der Grieschichen und Römischen Geschichte, Konstanzer Bibliothek, Band 25, Universitäts Verlag Konstanz, Konstanz, 1995 (Frauen im Arkaikum , pgs. 24-33).
(53) Greek Lyric, Bacchylides, Corinna And Others, Edição e tradução de DAVID A. CAMPBELL, Loeb Classical Lybrary, Harvard University Press, Londres, 1992, pg. 19.
(54) Cfr. WOLGANG SCHULLER, op. cit., pg. 28.
(55) Como refere WOLFGANG SCHULLER, Este carácter conservador dos deuses também permitiu que a situação das sacerdotisas se mantivesse inatacado (Dieser Konservativismus der Götter dürfte auch bewirkt haben, daß die Stellung der Priesterinnen unangataste blieb) ( op. cit., pg. 25) .
(56) LOUISE BRUIT ZAIDMAN, As filhas de Pandora, Mulheres e rituais nas cidades, tradução de MARIA CARVALHO TORRES e MARIA TERESA GONÇALVES, in História das Mulheres no Ocidente, Direcção de GEORGE DUBY e MICHELLE PERROT, Autores Vários, Volume I, A Antiguidade, Direcção de PAULINE SCMITT PANTEL, Círculo de Leitores, Lisboa, 1993, pg. 456.
(57) JONH SCHEID, «Estrangeiras » indispensáveis, Os papéis religiosos das mulheres em Roma, in História das Mulheres no Ocidente, Op. cit,, pg. 493. |