A inclusão,
num merecido espaço de destaque partilhado por idiscutíveis figuras
empreendedoras portuguesas, da biografia do Almirante da armada
portuguesa, historiador, matemático e geógrafo, Carlos Viegas Gago
Coutinho, não necessita de grandes justificações. Trata-se de uma
personalidade ímpar, cujo empreendedorismo, capacidade de inovação e
consequente fama, fizeram ultrapassar fronteiras. Com o seu colega e amigo
Sacadura Cabral assinou uma página de ouro da história da tecnologia, da
aviação, da aventura e, entre todas, de Portugal, consagrado-se exemplo
para os vindouros que cumpre não esquecer.
No ano em que se escrevem estas linhas, o de 2009, assinalam-se 140
anos do nascimento e 50 anos desde a morte de Gago Coutinho. Entrou para a
História sobretudo como um dos protagonistas da primeira travessia aérea
do Atlântico Sul, em 1922, façanha que partilhou com o piloto (e seu
amigo) Sacadura Cabral. Uma viagem que provou a possibilidade de fazer
navegação aérea com a mesma precisão da navegação marítima e provou uma
inequívoca tenacidade empreendedora.
Como é sabido, os empreendedroes lideram com uma autoridade
natural, uma vez que aliam ao seu poder de influência pela argumentação o
de persuasão pela valorização que fazem dos seus colaboradores. Atraem
profissionais competentes e dedicados, são assessorados por especialistas
nas áreas que não dominam e formam equipas vencedoras, eficazes e
comprometidas. Gago Coutinho unia todas essas qualidades e características
– e fez uso delas ao longo de uma vida de muito êxito e de inúmeras provas
científicas, técnicas e profissionais.
Carlos Viegas Gago Coutinho era uma figura muito popular, tido
pelos do seu tempo como “homem modesto e afável”, “muito bem educado”,
também um “galanteador que cumprimentava gentil e elogiosamente as damas
por quem passava”, que andava comummente de eléctrico pelas ruas de
Lisboa, onde nasceu em 1869 (
no bairro da Ajuda, eram 3 e 30 da madrugada do dia 17 de Fevereiro,
encontrando-se ainda uma lápida evocativa assente na fachada da casa ),
nunca se escusando a esclarecer as dúvidas daqueles que o abordavam e para
os quais se tornou um herói depois ter feito, com Artur Sacadura Freire
Cabral a travessia aérea do Atlântico Sul, pela primeira vez, um feito
épico execepcional! Em simultâneo, não deixava de ser uma pessoa eclética,
com uma formação académica impressionante e que teve muita importância na
ciência do séc. XX, que lhe mereceu reconhecimento científico
internacional, tendo participado em inúmeros congressos de aeronáutica e
sido homenageado inúmeras vezes, inclusivamente na Sobornne.
No famoso voo sobre o Atlântico Sul foi utilizado um sextante
adaptado com horizonte artificial e um corrector de rumos criado para o
efeito. Muitos anos mais tarde, o astronauta John Glen, empregou um
sextante moderno, inspirado no mesmo que o Almirante Gago Coutinho criou,
aplicando-o à navegação aérea durante o primeiro voo orbital. Gago
Coutinho inventou esse sextante que tem o seu nome e que o tornou admirado
na aeronáutica mundial (o sextante de bolha artificial, posteriormente
comercializado pela empresa alemã Plath com o nome "Sistema Gago
Coutinho"). Na realidade, o que operou foi a adaptação do sextante
primitivo, de um modo, porém, que fez com que entrasse definitivamente
para a galeria dos grandes inventores. O sextante compõe-se de uma luneta,
dois espelhos reflectores, um limbo graduado (com um microscópio auxiliar
para tornar a leitura mais exacta), filtros para a protecção contra a luz
solar. O sextante é um instrumento de reflexão - assim chamados por ter
dois espelhos que realizam uma dupla reflexão do raio luminoso proveniente
da estrela - é empregado a bordo, principalmente dos navios, para tomar
ângulos e medir a altura do horizonte. Como podemos deduzir pelo nome,
refere-se à sexta parte dum círculo, ou arco de 60 graus. O limbo (parte
exterior graduada) dos sextantes é igual à sexta parte do círculo e está
dividido em 120 partes iguais. Como todos os instrumentos de reflexão, a
ideia é fazer coincidir o raio luminoso que provém da estrela com o raio
luminoso que provém do horizonte.
Curiosamente, um dos poucos problemas que sobressairam nesta viagem
deveu-se à utilização de um motor Rolls Royce mono-motor e não um bi-motor
como tinha sido idealizado por Gago Coutinho. A viagem marcou o início da
aviação comercial, dando-lhe o impulso inicial. Foi uma viagem sem
aparelhos de rádio, com uma preparação muito estudada tendo em
consideração a necessidade de combustível e a preocupação na orientação.
Não havia pontos de referência para a orientação e foi junto a um pequeno
grupo de rochedos - Penedos de S. Pedro - que o hidroavião amarou. Foi uma
navegação feita por estima, os cálculos e as medições foram feitos através
de um corrector do horizonte artificial e o avistar dos ditos rochedos.
Teve também o apoio de alguns navios no mar separados 60 milhas.
Gago Coutinho desde cedo se distinguiu, como cartógrafo e
geodesista: a partir de 1898, quando da sua primeira comissão em Timor.
Até 1918 levantou e cartografou não apenas aquele território mas também o
de São Tomé e Príncipe, o de Angola e o de Moçambique, estabelecendo
vértices geodésicos e determinando coordenadas em missões científicas onde
conseguia precisões notáveis, devido ao seu rigor e dedicação à missão que
lhe fora confiada. Respondeu pela delimitação definitiva da parte norte da
fronteira entre Angola e Zaire. (Gago Coutinho esteve na delimitação da
fronteira luso-holandesa em Timor, em Moçambique, em Angola, fechando os
seus trabalhos de geógrafo em S.Tomé, corria o ano de 1918. Estas missões
decorreram entre 1898 e 1918; Gago Coutinho começa estes trabalhos como
adjunto do governador Celestino da Silva na comissão de delimitação da
província de Timor, onde também efectua o reconhecimento da costa e o
levantamento topográfico de uma área de cerca de 3.000 Km2).
Em 1900, é nomeado delegado por Portugal na delimitação da
fronteira luso-britânica do Niassa, numa extensão de 300 quilómetros. No
ano seguinte desempenha idêntica missão entre o Noqui e o Cuango, na zona
que confinava com os territórios belgas. Seguem-se, em 1904 e 1905, as
fronteiras a norte e a sul de Tete.
Em 1906, pouco tempo antes de ser promovido a Capitão-Tenente,
chefia a Missão Geodésica da África Oriental, encarregue da elaboração da
carta desta colónia e da respectiva ligação geodésica à África do Sul. (É
nessa comissão que conhece o então Segundo-Tenente Sacadura Cabral, com
quem estabelece uma relação de amizade que muitos frutos viria a dar, no
futuro).
De 1912 a 1914 encabeça a delimitação da fronteira entre Angola e o
Barotze, a respeito da qual Portugal mantinha um longo litígio com a
Inglaterra, desde 1891 (a questão apenas ficara resolvida em 1905, com
recurso à arbitragem do Rei de Itália).
Há que recuar um pouco, às origens daquele que viria a ser, tardia
mas justamente, Almirante da Armada portuguesa (pois foi elevado àquele
cargo, topo de carreira, no último ano de vida. Faleceu no dia seguinte à
promoção, em 18 de Fevereiro de 1959, em Lisboa) após internamento no
Hospital da Marinha cujos boletins de saúde a imprensa seguia e publicava;
faleceu, na data em que completava 90 anos. É-lhe então atribuída a frase
que denota modéstia mas sobretudo elogia a capacidade de acção e daqueles
que a desenvolvem no quotidiano e que terá proferido ao saber da sua
promoção: “ (…) eu sempre tive alma de Tenente.” ).
Menino ágil na aquisição do saber, filho de uma família de poucos
recursos económicos, não pôde concretizar o seu maior sonho académico,
pois desejava cursar engenharia na Alemanha. O seu pai, marítimo do
Algarve, servira na Marinha até 1873, tendo embarcado na nau “Vasco da
Gama” e na fragata “D. Fernando II e Glória” (tinha, ainda, outra
“costela” marítima no tio materno, patrão de um caíque). Praticamente não
chegou a conhecer a mãe, também algarvia, que perdeu em muito tenra idade
(ficando a cargo de uma sua amiga).
A Alemanha da época ( 1886 ) era na Europa um dos paradigmas do
progresso da engenharia e do seu ensino (
com a Inglaterra ), e a engenharia uma disciplina que estava em moda com
grande projecção, assinando realizações fenomenais para a década, como a
construção e inauguração da Estátua da Liberdade, paradigma social e
técnico dos Estados Unidos. Mas sobretudo, a Alemanha sobressaía como um
País de novas oportunidades, um País muito jovem pois apenas em 1871 era
formada como novo Estado ( em Versalhes, quando o Império Alemão, dirigido
pela Prússia, foi constituído). Em Portugal, ressalte-se, o grande
acontecimento social era outro: o casamento do futuro rei D.Carlos com
Amélia de Orleães. ( D.Carlos subiria ao trono pouco depois, pela morte de
seu pai Luís I, em 1890; tinha já nascido o Príncipe Luís Filipe, Príncipe
Real de Portugal, em Lisboa). O Reino era permeável ao progresso. O jovem
D.Carlos era o paradigma desse progresso: assumido apreciador das
tecnologias que começavam a surgir, o Rei era também um cientista ligado à
ornitologia e à oceonografia. Instalou luz eléctrica no Palácio das
Necessidades e fez planos para a electrificação das ruas de Lisboa (
medidas que o povo encarou como
extravagâncias desnecessárias). Foi ainda um amante da fotografia e
autor do espólio fotográfico da Família Real.
Como muitos jovens cultos da sua idade, Carlos Viegas Gago Coutinho
reflectia a dinâmica da época e seguia os grandes eventos do seu tempo. A
atracção pelo que de mais actual se produzia tornava-se um apelo
irrecusável. Impedido, todavia, de perseguir o seu sonho de formação,
procurou uma alternativa prática que o levasse aos seus desejos e
ingressou, aos 17 anos, na Marinha Portuguesa, onde progrediu rapidamente.
Frequentou a Escola Politécnica entre 1885 e 1886, completando o curso da
Escola Naval nos dois anos seguintes. Foi, entre outros exemplo, uma
demonstração da sua capacidade de visão e oportunidade. Da biografia de
Gago Coutinho ressalta também a sua capacidade de focalização na
perseguição do seu sonho, o de progredir rumo a objectivos precisos (onde
a Travessia do Atlântico foi o clímax). Enquanto a sua carreira se
afirmava, a República instalava-se no poder, a partir de 5 de Outubro de
1910, somando anos de instabilidade e de, aparentemente paradoxais
contributos para o progresso.
A vida de Gago Coutinho atravessa três regimes, portanto: a
Monarquia, a I República
e o Estado Novo. Podemos afirmar,
grosso modo, que a Monarquia lhe permitiu a formação, a República a
glória e o Estado Novo lhe levantou inúmeros problemas, nomeadamente
vindos da censura e causados, entre outras razões, pela sua posição
crítica em relação ao fascismo e ao nazismo.
Como um bom empreendedor, Gago Coutinho era um homem movido pela
curiosidade, perspicaz, astuto; sobretudo
era sedento de conhecimento e um aprendiz incansável.
Em 1888 embarcou na corveta “Afonso de Albuquerque”, na qual viajou
para Moçambique e integrou a Divisão Naval da África Oriental,
participando nas operações militares de ocupação da zona do Tungue,
destinadas a contrariar as pretensões territoriais do sultão de Zanzibar.
Promovido a Segundo-Tenente em 7 de Março de 1891, e após uma breve
comissão na canhoneira “Zaire”, cumpre o seu primeiro comando na
lancha-canhoneira “Loge”. Seguem-se as canhoneiras “Limpopo” e “Zambeze”.
Na corveta “Mindelo” segue para o Brasil, em 1893, na altura em que
ocorre, no Rio de Janeiro, a “Revolta dos Almirantes”, durante a qual a
força naval portuguesa, enviada a proteger os interesses nacionais, dá
asilo aos militares vencidos. Ali contrai a febre-amarela, sendo um dos
três sobreviventes dos seis oficiais contagiados. Embarcando, ainda, na
corveta couraçada “Vasco da Gama”, dali destacaria, em finais de Março de
1898, para cumprir a primeira de várias comissões como geógrafo
ultramarino, no âmbito da Comissão de Cartografia, criada em 1883.
Repetindo as hipotéticas rotas dos Descobrimentos, efectuou mais
tarde diversas viagens a bordo de veleiros, fez estudos aprofundados sobre
as rotas dos descobridores portugueses Quinhentistas, introduzindo novas
interpretações sobre as rotas e as técnicas de navegação utilizadas nas
viagens para África, para o Brasil e para a Índia. A carreira fez com que
interrompesse estes estudos entre 1911 e 1912 para exercer mais dois
comandos no mar: o da canhoneira “Sado”, em missão na Índia Portuguesa, e
o da canhoneira “Pátria”, na qual participou na campanha de Timor, entre
Abril e Junho de 1912. O seu engenho concebeu um sistema pioneiro para
aumentar o alcance das peças de artilharia do navio, tendo a sua acção
sido muito louvada.
Fez exaustivos levantamentos, empreendendo a pé a travessia da
África, onde conheceu Sacadura Cabral, como já se disse. Este incentivou-o
a dedicar-se ao problema da navegação aérea. Juntos inventaram um
"corrector de rumos" (o "plaqué de abatimento") para compensar o desvio
causado pelo vento. Realizaram mais tarde, em 1921, a travessia
Lisboa-Funchal para testar essas ferramentas de navegação aérea.
Sebastião de Sousa Chaveca,
escritor de São Brás de
Alportel, escreveu no seu livro Gago
Coutinho, génio invulgar natural de S. Brás de Alportel: “a viagem
Lisboa – Rio de Janeiro em avião, começou a ser planeada em 1919, por Gago
Coutinho e Sacadura Cabral; já os dois tinham a paixão pelos aviões, e o
espírito de aventura desde alguns anos antes, em que foram companheiros de
geodésica, delimitando todas as Colónias de Portugal: Angola, Moçambique e
outras.”.
No dia 30 de Março de 1922, largou da Doca do Bom Sucesso, o
hidroavião “Lusitânia”, para a primeira travessia aérea do Atlântico Sul:
Lisboa – Rio de Janeiro, levada a cabo pelos Oficiais da marinha
Portuguesa, Carlos Viegas Gago Coutinho e Artur Sacadura Freire Cabral.
Foi no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil,
que os dois aviadores realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico
Sul, sendo recebidos entusiasticamente em várias cidades do Brasil (Rio de
Janeiro, São Paulo, Recife), bem como no regresso a Portugal. Era então
presidente da República um dos nomes mais carismáticos da I República,
António José de Almeida, cuja acção política e governativa marcou
decisivamente o País. Sucedeu-lhe um elegante da política, Manuel Teixeira
Gomes, que soube apreciar também as façanhas dos dois amigos aviadores, os
quais foram condecorados com as mais altas e prestigiosas distinções do
Estado Português, a que se somaram várias condecorações estrangeiras.
Mais tarde, a partir de 1925, Gago Coutinho dedicou-se à História
Náutica, tendo desenvolvido vasta obra de investigação científica,
publicando significativa variedade de trabalhos geográficos e históricos,
principalmente acerca das navegações portuguesas, como, por exemplo, "O Roteiro da Viagem de Vasco da Gama" e a sua versão de
"Os Lusíadas". Vários de seus trabalhos encontram-se compilados na
"Náutica dos Descobrimentos".
Como reconhecimento de sua obra, Gago Coutinho foi nomeado director
honorário da Academia Naval Portuguesa, em 1926, e distinguido como piloto
aviador. Em 1928 é escolhido pelo Ministério da Guerra para presidir à
comissão encarregada de reorganizar os serviços geográficos, cadastrais e
cartográficos e no ano seguinte torna-se no primeiro presidente da Junta
de Educação Nacional, que viria a transformar-se no Instituto de Alta
Cultura e, mais tarde, no actual Instituto Camões. Na altura, trabalhava
numa das Secções da Junta Nacional de Educação, onde os problemas da
Investigação eram examinados.
Em 1954, a TAP convidou-o para um voo experimental ao Rio de
Janeiro a bordo de um DC-4, antecipando a futura linha regular que se
estabeleceria em 1961.
Coutinho correspondeu-se com grandes nomes da história da aviação
da época como Alberto Santos Dumont, apoiou Sarmento de Beires e João
Ribeiro de Barros. Em Lisboa, em 17 de Outubro de 1958, Gago Coutinho
assinava um manuscrito sobre Santos Dumont que começava assim:
“"Pessoalmente, admirei Santos Dumont, antes de o conhecer pessoalmente.
As suas aventuras aéreas eram-me relatadas pelo semanário francês "Vie au
grand-air", quando há meio século eu trabalhava no sertão africano, como
geógrafo. Notei que ele começara os seus estudos pelo princípio, pelo
balão esférico. Seguiu depois com o dirigível, então só militar, com motor
eléctrico. Foi avançando com a sua volta à Torre Eiffel; daqui passou ao
dirigível a "motor de fogo", que representava o "fogo ao pé da estopa",
perigoso, como depois se viu.”
As façanhas empreendedoras de Gago Coutinho tornam-se ainda mais
notáveis se as posicionarmos face à época em que ocorreram. Portugal não
era um modelo de desenvolvimento, pelo contrário, era um País carente de
infra-estruturas e de sistemas que permissem uma valorização do território
no quadro global ( afinal, uma realidade que mudou pouco nos últimos cem
anos ).
Retirou-se da vida militar em 1939. Assinou a autoria de trabalhos
geográficos e históricos, principalmente
acerca das navegações dos Portugueses, como:
Tentativa de Interpretação Simples
da Teoria da Relativa Restrita;
O Roteiro da Viagem de Vasco da Gama e a sua versão nos Lusíadas;
Passagem do Cabo Bojador;
Influência Que as Primitivas Viagens
Portuguesas à América do Norte Tiveram sobre o Descobrimento das Terras de
Santa Cruz; etc..
Gago Coutinho pertenceu ao Grande Oriente Lusitano da Maçonaria
Portuguesa e foi sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa, onde foi
responsável por várias secções.
A Sociedade de Geografia de Lisboa mantém um espólio notável de
Gago Coutinho.(O investigador Rui Costa Pinto, membro desta Sociedade está
a preparar o doutoramento sobre a vida e obra de Gago Coutinho).
No Navio-Escola Sagres, continua a ensinar-se a navegação
astronómica desenvolvida por Gago Coutinho.
Recorde-se que a viagem de Gago Coutinho e Sacadura Cabral serviu
também para assinalar o centenário da independência do Brasil.
Foram-lhe atribuídas as seguintes palavras: “Nada
há mais apreciável do que passar a vida ignorado mas, quando falarem de
mim, por qualquer razão, que o façam ao menos com verdade”
BIBLIOGRAFIA:
Gago Coutinho
CHAVECA, Sebastião de Sousa,
Gago Coutinho, génio invulgar
natural de S. Brás de Alportel, CIC, Março 2008
MADAÍL, Fernando,
O Aviador a Quem Chamavam
Sábio-Marinheiro, Diário de Notícias, 28 de Junho de 2008
MOTA, Avelino Teixeira da,
Elogio Histórico do Almirante Gago
Coutinho, proferido na sessão solene de 28 de Fevereiro de 1962,
separata do Boletim da Academia das Ciências de Lisboa, vol. 34,
Janeiro-Fevereiro de 1962
PEREIRA, Jorge M. Ramos,
Gago Coutinho, Geógrafo, Lisboa,
Ministério da Educação Nacional, 1973
REIS, Manuel dos, CORTESÃO, Armando,
Gago Coutinho Geógrafo, sep. de
Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, Tomo XIII, Coimbra, Junta de
Investigações do Ultramar, 1969
REIS, Ricardo,
Sarmento de Beires: a Primeira
Travessia Nocturna do Atlântico Sul, UP, Dezembro de 2008, p. 146
História de Portugal
LABOURDETTE, Jean-François,
História de Portugal, Lisboa,
2003
SARAIVA,
José Hermano, Dicionário Enciclopédico de História de Portugal, Lisboa
Sítios da Internet:
cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p25.html
gagocoutinho.wordpress.com/
http://www.realistas.org/modules/news/article.php?storyid=14
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