Procurar imagens |
Procurar textos |
|
|
|
|
|
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::RUI MENDES:::::::
|
Ode |
|
São dor e piedade os novos cavalos
Abandonados nos campos da madrugada
Bebendo a virginal água
Que torna transparentes o ódio
E a morte
São a nossa própria humildade
Escutando a voz da terra
Vá alguém
Por esses hortos amadurecidos de sangue e
Navios distantes e infinitos com o
Pecado...
Vá alguém
Frutos adentro despertar a semente
Que há-de gerar a aurora e a estrada
No úbere ventre das cidades |
|
RUI MENDES
In: COORDENADA nº 1, cadernos de convívio, Porto, Outubro de 1958 |
|
|
|
|