As valquírias (1) foram virgens guerreiras da Noruega que forneciam a coragem a heróis que desposavam, caso eles fossem arrojados nos seus feitos. Consumado o casamento na festa, elas perderiam poderes, inclusive a força de influência sobre os esposos.
Já não recordamos as suas aventuras imensas mas, em 2003, Lara Croft, no filme Tomb Rider - O Berço da Vida (2), poderia vencer o Óscar da Actriz Principal enquanto nova valquíria ou amazona. Angelina Jolie foi a mulher armada, a anima moderna.
No passado, a amazona constituiu um arquétipo de anima associada ao cerco de Tróia.
Rubens (1577-1640) pintou O Combate das Amazonas (1619). No Vaticano, existe uma escultura que lhes é dedicada - A Amazona (3).
A imagem do Vaticano peca por não representar a bestialidade da personagem clássica. Essa anima facilmente se confunde com a sombra animal. E a sombra opõe-se à luz. Ela é a própria imagem das coisas fugidias, irreais e mutáveis.
O nome grego para «amazona» deriva de breastless (sem seio). No caso, a escultura foi feita de uma das heroínas a quem foi queimado o peito direito para facilitar o lançamento do dardo e o acto de dobrar o arco.
Na mitologia grega (4), essas mulheres lutadoras permitem hoje o reconto da sua estória de glória, da seguinte forma curiosa:
As Amazonas afastaram o outro sexo da sua mini-sociedade. Os homens de regiões vizinhas tiveram relações sexuais com elas e os seus filhos rapazes eram enviados para junto dos respectivos pais. Conta-se que alguns filhos, do sexo masculino, foram mortos ou ficaram com as pernas partidas, impedidos de lutar.
Às raparigas foi dado o treino intensivo para a guerra como besteiras – aquelas que lutam com bestas, armas com arco de ferro e apoio em haste.
Segundo uma das versões, as Amazonas tornaram-se aliadas dos Troianos e, durante o cerco de Tróia, a sua rainha foi morta por Aquiles, herói da Ilíada.
Uma das «tarefas» para os trabalhos, façanhas e aventuras de Héracles foi a destruição das Amazonas. E elas caíram devido à sua força.
Héracles foi o mais popular dos heróis e ideal viril das mulheres helénicas (5). Desposou Hebe, «a Deusa da Juventude» e, mesmo com família e ocupação intensa, ele foi um Don Quixote ou um artista de feira do seu tempo mítico .
Muito mais tarde, outros manteriam idênticos atributos no amor, como Don Juan e Casanova, que serão referidos em seguida.
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