Conta-se que,
certo dia, perguntaram a um sacerdote jesuíta: - Senhor padre. É verdade
que um jesuíta responde sempre a uma pergunta com outra pergunta? –
E porque não? - Responde o jesuita.
(Depois de 500 anos foi eleito um
Pontífice vindo de uma ordem religiosa: o jesuíta Jorge Mario Bergoglio
agora Papa Francisco.
Como jesuíta não repousa nas respostas, responde a uma pergunta com outra
pergunta: um papa, um jesuíta como sinal e programa para a construção da
sociedade humana?
O porquê da anedota dirige-se ao
intelecto não só com uma preocupação de procurar fundamento (porquê) para
a questão, mas também de entender a sua finalidade (para quê) e o meio
(com quê).
Uma questionação-resposta, do estilo
porquê-porque, correria o perigo de limitar a visão ao intelecto ou a um
contexto limitado e limitador. E um “porque” final fecharia a porta de uma
realidade que é, por essência, sempre aberta por mais respostas que se
encontrem para ela.
Quem se dá satisfeito com a simples
resposta (isto é, com o porque) confirma um certo tradicionalismo, afirma
apenas o status quo estranho à filosofia cristã... O método ignaciano de
questionar a pergunta transcende a visão individualista/situacionista que
procura a consolação imediata numa resposta que satisfaça (de um porque… e
ponto final); a questionação da pergunta pode parecer controversa mas
orienta o desejo para horizontes mais abertos sem calcar as
potencialidades individuais e circunstanciais. A pergunta ajuda a
ultrapassar o buraco de uma primeira ignorância que a resposta
preencheria; ela possibilita a criação de um espaço de silêncio, uma
abertura na inteligência (etapa reflexiva) de modo a o silêncio iluminar
uma nova resposta depois de um olhar direccionado para outros sentidos ou
perspectivas.
A questionação da pergunta possibilita
sempre uma abertura ao reconhecimento dos múltiplos sinais da vida numa
existência complexa, mais abrangente e que abre a perspectiva para algo
que transcenda a situação concreta/circunstância (para o obrar de “Deus”
no mistério da vida). A pergunta à pergunta implica também uma purificação
do pensamento e tem como consequência a descentralização do ego, dirigindo
a ideia também para o outro, para o essencial; o momento do
vazio/reflectivo pode possibilitar o salto do ego e do mero circunstancial
para o outro, onde, no profundo da ipseidade, a Realidade se reúne e
acontece a ponto da pessoa consciente poder falar a partir do interior da
Realidade, toda ela feita de complementaridades. Ou, traduzindo em
discurso cristão: onde o próprio responde dizendo, já não com o ego de
Saulus mas com o eu profundo de Paulo que exclamava: “já não sou eu que
vivo, é Cristo que vive em mim”; a este nível expressa-se a consciência do
Cristo cósmico de que fala o jesuíta Teilhard de Chardin. Ao
consciencializarmo-nos da realidade como a natureza humana de Cristo
(resumo do Céu e da Terra) possibilita-se a cristificação individual e do
universo num processo da incarnação e ressurreição como todo integrado já
não numa dialética do eu-tu mas numa relação trinitária do nós.
Também o papa Francisco só pode ser
entendido nesta perspectiva orto-práxica. Não há perguntas tolas, o que
pode haver são respostas desvairadas. Bento XVI e Francisco I são dois
momentos diferentes do mesmo discurso. Tudo é questionável, só Deus não se
questiona porque a sua pergunta/resposta se encontra na natureza e na
História e estas encontram-se resumidas no protótipo da realidade toda que
é Jesus Cristo (matéria e espírito). Deus é mais que passado presente e
futuro; por isso seria unilateral fixar-se só no pensar do passado ou no
modo de pensar do presente, poderia dizer um jesuíta. Futuro implica
questionar toda a resposta, consciente de que ela faz parte do corpo
físico.
O Globalismo do Pensamento jesuíta
expressa-se na Utopia do 5° Império – O Marquês de Pombal com a Maçonaria
organiza uma Guerra de Morte contra os Jesuítas
A qualidade da pedagogia jesuítica
foi marcante nos países da lusofonia. No livro “Gangorra ou História
triste” pode constatar-se bem o método jesuítico de educação num episódio
descrito por um jesuíta (1) num parágrafo
que trata das relações entre espanhóis e índios: Um jesuíta que assistia a
um índio maltratado mortalmente pelos espanhóis perguntou ao índio: -“Você
prefere ser salvo e ir para o céu, ou recusa a salvação para ir ao
inferno?” A essa questão de resposta aparentemente óbvia… o moribundo
vermelho responde com outra pergunta: -“existem espanhóis no céu?”. –“Sim,
certamente” – responde o jesuíta. –“Para o Inferno”, responde o Índio. O
índio colocado numa perspectiva de céu e de inferno não encontrava razões
para convicções e deste modo o jesuíta com o seu método coloquial
aproveitava para condenar, indirectamente, a governação espanhola. A
pergunta abre a possibilidade de alargar o leque de perspectivas e de
entrar em relação alargada.
Os Jesuitas nos seus colégios da
América do Sul e da Ásia seguiam no ensino superior o modelo de ensino da
Universidade de Coimbra e de Évora preferindo o modus parisiensis ao modus
italicus: o ensino era gratuito, no secundário estudava-se Gramática,
Humanidades e retórica e no Ensino Superior: Artes, Ciências, Dialética,
Filosofia e Teologia (2)
Os jesuítas despertavam a desconfiança
dos governantes devido à influência política e educativa que tinham e,
por, nas colónias, se colocarem ao lado dos indígenas (criticando os
colonos). Com o seu relativismo na argumentação, questionador do argumento
de autoridade, também frustravam o espírito absolutista dos poderosos da
europa; por outro lado tinham demasiado poder causando sombra ao poder
laico que se procurava afirmar e institucionalizar co ntra
a influência do poder religioso.
O enciclopedismo e o iluminismo eram de
tendências anticatólicas e anti-jesuítas atendendo também a que estes eram
os críticos mais sistemáticos do protestantismo. A Reforma religiosa e as
guerras de religião levam os Jesuítas a centrarem-se no essencial.
Surgidos do espírito da Reforma da Igreja Católica, apostavam na educação
para fomentar uma consciência humana não limitada ao religioso nem à
ideologia, (Interessante que já o Padre Manuel da Nóbrega queria, no
Brasil, incluir escolas para meninas no ensino, mas a Coroa não estava à
altura de permitir tal exigência); entendiam-se como pioneiros da utopia
na realização da civilização cristã. Tinham um ensino orientado para
elites e para cargos do poder. Praticavam a inclusão de culturas, de
camadas sociais e de disciplinas… como processo de aprendizagem
competitiva tinham exames e debates públicos (3).
Pombal acusava a atuação dos jesuítas
com os indígenas do Brasil; segundo ele, os homens brancos eram
apresentados aos índios como maus, como mais interessados no ouro do que
qualquer coisa e, mais grave, prontos para atrocidades” (4).
A maçonaria, na sua qualidade de
iluminismo esotérico, e de organização secreta que considera o próprio
preconceito acima de outros preconceitos institucionais, estrutura-se
infiltrando-se nas estruturas do Estado e Universidades, procurando
controlar as elites, para, deste modo, direccionar os destinos das nações.
A maçonaria ganha expressão concreta no déspota iluminado, o Marquês de
Pombal. Este aliado à sua família e correligionários difama os jesuítas,
persegue-os, nacionaliza os seus bens e expulsa-os do império lusitano,
declarando-os como "ímpios e sediciosos"; conseguiu que a inquisição os
perseguisse e expulsou-os de Portugal; no ano da sua expulsão (1759) a
ordem jesuíta tinha 1698 membros em Portugal. “Em meados do século XVIII
os colégios da Companhia de Jesus tinham, no reino, cerca de vinte mil
alunos, numa população estimada em três milhões de habitantes… No Brasil,
a primeira universidade criada é o Colégio dos Jesuítas da Bahia em 1550.
Esta formou o ilustre António Vieira (ideia do 5° império).
A luta maçónica contra a Companhia de
Jesus é tão fundamentalista e cruel que só pode ser compreendida na
rivalidade dos maçons que queriam conquistar as elites para si seguindo
assim uma estratégia elitista de ocupação dos centros de elite a nível de
instituições e de ocupação de lugares estratégicos da política. O que a
maçonaria e o anticlericalismo pretendiam era aniquilar os jesuítas e o
poder da Igreja Católica para os substituírem na influência; o que em
parte conseguiram através de um republicanismo jacobino ainda hoje a
actuar nas caves da República portuguesa e nos centros de deliberação da
UE. A batalha decisiva de Pombal e correligionários era minar o mito de um
Portugal ponta de lança da Europa cristã e instituir nas estruturas do
estado e nas subestruturas dos partidos uma rede de irmãos da mesma
ideologia que atravessa as instituições…
Também o ilustre jesuíta Teilhard de
Chardin se refere ao conflito entre secularismo e religião, ente
materialismo e espiritualismo: "Aparentemente, a Terra Moderna nasceu de
um movimento anti-religioso. O Homem bastando-se a si mesmo. A Razão
substituindo-se à Crença. Nossa geração e as duas precedentes quase só
ouviram falar de conflito entre Fé e Ciência. A tal ponto que pôde
parecer, a certa altura, que esta era decididamente chamada a tomar o
lugar daquela. Ora, à medida que a tensão se prolonga, é visivelmente sob
uma forma muito diferente de equilíbrio – não eliminação, nem dualidade,
mas síntese – que parece haver de se resolver o conflito (5)."
Na pergunta à pergunta relativiza-se a
primeira e com a sequência pretende chegar-se à percepção do mistério e ao
ser do Homem como processo aberto e à procura numa tentativa de solucionar
problemas mediante perguntas e respostas. A Ratio Studiorum dos Jesuitas
(1599) incluía a Contenda (debate) que levava à concentração no essencial
(6).
Longe dos centros europeus do poder, na
américa do sul e no Oriente, a pedagogia e o sistema de argumentação
Jesuíta revelaram-se muito profícuos.
No Sermão da Sexagésima, o jesuíta
António Vieira expôs o método do discurso: 1. Definir a matéria. 2.
Reparti-la. 3. Confirmá-la com a Escritura. 4. Confirmá-la com a razão. 5.
Amplificá-la, dando exemplos e respondendo às objeções, aos "argumentos
contrários". 6. Tirar uma conclusão e persuadir, exortar.
A Controvérsia como Método de
Descoberta da Verdade
A Controvérsia ou “disputatio”, usada
nas universidades medievais, era um método didáctico de disputa ou debate
para persuadir e encontrar a verdade (apresentada a tese segue-se a
argumentação - a favor ou contra - seguindo-se depois a avaliação em que a
divergência será resolvida); era uma aprendizagem baseada na análise das
fundamentações e premissas (de caracter dedutivo); a aprendizagem dá-se
através da contraposição de conteúdos e de posições opostas (defensores e
oponentes); modernamente não se procura a verdade mas sim a
firmeza/coerência de um sistema de argumentação em relação a uma
determinada tese (método indutivo).
A disputa ou debate controverso era
usada para esclarecer questões contenciosas… No cristianismo esta tradição
já se encontra documentada no judaísmo na discussão entre Jesus e os
Doutores da Lei (Lucas 2:42-51) e nos primórdios da cristandade (Atos
15:2); expressa-se também nas disputas inter-religiosas e entre as
diferentes ordens religiosas e nas apologias contra os hereges (7).
Martinho Lutero também fez uso desse
costume académico na discussão das teses teológicas e filosóficas,
verdadeiros duelos dialéticos orais entre peritos de religiões ou posições
diferentes …. Aquando da Dieta de Ratisbona (1541) na disputa entre
teólogos católicos e protestantes acordou-se que o único juiz é Jesus
Cristo, pelo que "não admitiriam nenhum outro juiz da controvérsia senão
Jesus Cristo". Os Jesuitas deram grande relevo à pedagogia da controvérsia
nos tempos modernos.
Também o terceiro dos imperadores
mogóis da Índia (1542-1605) iniciou na Índia uma série de debates entre
muçulmanos, hindus, jainistas, zoroastristas e jesuítas para discutir a
charia.
A controvérsia era uma forma
escolástica dura, mas justa de discutir e descobrir verdades em teologia e
ciências entre teólogos católicos, judeus e outros: vencia quem tinha os
melhores argumentos. Lutero teve várias disputas públicas sobre diferentes
dogmas e teses. Os jesuítas revelaram-se os seus mais consequentes
adversários.
Controvérsia no diálogo inter-religioso
era muito importante na disputa pela verdade; na Idade Média Hispânica,
Ramon Llull (1232-1316) testemunha a importância da procura da verdade no
texto apologético “Disputatio Raimundi Lulli et Homer Sarraceni”, onde vem
narrada a experiência de
Llull num cárcere tunisino, onde este
chega a dizer aos sábios muçulmanos que se eles tivessem argumentos
suficientes ele se converteria ao Islão.
O discurso casuístico
empregado pelos jesuítas nos tratados de moral é questionado por Blaise
Pascal nas suas cartas Provinciais (1656-57).
Na Carta V, Pascal testemunha a prática discursiva dos
tratados morais dos jesuítas criticando-a porque dava espaço ao
relativismo e a um certo sufismo que questiona o argumento de autoridade e
dá relevo a opiniões prováveis ou opostas. Pascal em Pensées revela-se
contra o minimalismo jesuíta que questiona a autoridade moral dos padres
antigos que, na perspectiva de argumentação jesuítica, se encontravam mais
próximos dos apóstolos mas, por outro lado, mais distanciados da realidade
moderna. Pascal insiste acusando os jesuítas de terem propositadamente uma
moral dúbia, ora rigorista, ora laxista, com o objectivo de agradarem a
todos, e assim governarem todas as consciências. Refere ainda os abusos
das doutrinas probabilistas que proporcionam a justificação de todas as
infrações. A experiência só pode proporcionar contingências e
probabilidades. Segundo os historiadores Giacomo Martina e Ricardo García
Villoslada, as Provinciais além de denunciarem muita mora l
laxista e permissiva de então, iniciam o rótulo negro do jesuitismo e
estão na base de grande parte do anticlericalismo dos sécs. XVIII e XIX.
De facto, os maçons,
defensores do despotismo iluminado, entraram numa luta ideológica cerrada
contra os Jesuítas. O terremoto de Lisboa é acompanhado por um outro
grande terremoto, o sismo ideológico, de que o estado e sociedade
portuguesa jamais se refizeram: assistimos a um tradicionalismo ancestral
autoritário e um modernismo estrangeirado dogmático que se combatem em vez
de se complementarem e integrarem; de um lado a ideologia iluminista que
arrogantemente se apodera dos órgãos do poder e do outro uma tradição
religiosa escura e vítima ou que se considera como tal.
Nietzsche expressa
claramente o espírito crítico do tempo em relação à Igreja católica quando
diz: “O que é que combatemos no cristianismo? Que ele queira quebrar os
fortes, que queira desencorajá-los da sua coragem, explorando as suas más
horas e cansaço, querendo transformar a sua orgulhosa segurança em
desassossego e remorsos de consciência [...] até que os fortes sucumbem
sob os excessos de autodesprezo e do auto-mau trato…" (8).
O Advogado do Diabo
Na universidade de Coimbra e depois na
de Évora seguia-se a pedagogia da controvérsia que se expressava na defesa
pública da tese e noutros rituais académicos, nos tribunais de praxe e na
figura do “advogado do Diabo”.
A figura
Advogado do Diabo (arte de
convencer e persuadir através de argumentação controversa para ter em
conta os argumentos contrários) implica uma didáctica
académica e uma estratégia retórica numa disputa
em que o advogado eclesiástico assumia a posição
de oponente (uma posição que não precisa de crer),
nomeadamente num processo de canonização defendida pelo advocatus Angeli);
deste modo, com o advocatus diaboli, o processo de canonização ganhava
maior objectividade factual e consistência. É um método
sério para o encontro da verdade e que obstava a convicções preconcebidas
(reunião de razão e fé na disputa pela verdade).
O método da
controvérsia e do advogado do diabo fortalece a própria argumentação
alargando as suas perspectivas,
na mesma pessoa falam vários espíritos. Nele processa-se
então uma análise crítica das próprias ideias e convicções. Ao preparar um
discurso sob diferentes perspectivas este método alarga e aprofunda a
própria consciência e reflexão além de formar competências nas formas de
argumentar num discurso. A existência de uma
teologia no cristianismo (coisa que não acontece no Islão por este se
esgotar na jurisprudência) deve-se à preocupação cristã de unir a fé à
razão.
PEDAGOGIA IGNACIANA
Como vimos, os jesuítas sempre tiveram
grande influência na formação das elites…. O método pedagógico ignaciano
implica uma pedagogia da excelência para a fé e para a justiça: serve-se
da controvérsia como método de portas abertas para uma realidade
a-perspectiva e com diferentes acessos a ela, segundo as “portas” que se
utilizam para entrar nela. Os alicerces da sua pedagogia são a reflexão, a
experiência e a acção.
A Pedagogia ignaciana centra-se na
formação integral da pessoa, coração, inteligência e vontade; integra a
reflexão (clarificar a motivação interna do que sou e do que me move e
respectivas implicações), a acção (de carácter holístico como prática do
amor) e a experiência (conhecer sentindo as coisas por dentro) e as três
em contínua interacção. A componente reflexão torna-se essencial pois
apela ao significado pessoal e humano da aprendizagem/experiência; implica
uma atitude de ser “pessoa para os outros ” dando importância ao contexto
e à participação no desenvolvimento colectivo (9).
Tal filosofia envolve uma formação
integral orientada para os talentos pessoais com valores comportamentais
positivos morais e intelectuais, pressupostos para o crescimento pessoal
de maturação humana para melhor servir o outro.
A Ratio Studiorum da Companhia de Jesus
fundamenta o conhecimento pessoal e espiritual da pessoa pretendendo uma
excelência educativa que tem Jesus Cristo como fim e modelo de vida
humana, uma vida partilhada e aberta à liberdade na diferença e
diferenciação.
De facto, a essência da vida cristã é
relação, como se pode depreender da fórmula ou princípio de toda a
realidade resumida no mistério da Trindade. O gene divino em nós torna-nos
inquietos na procura do reencontro, na antecipação do futuro. Só me
compreendo e realizo na relação com outro, a minha definição e a minha
identidade é incompleta sem ele. A própria célula que pareceria solitária
não o é porque se encontra numa relação transcendente de tecidos e
órgãos…. A verdade encarna, ganha forma dinâmica numa determinada
realidade que se expressa como processo.
Também na
Alemanha as universidades jesuítas eram centros dos Media destacando-se
pela inclusão de várias formas de comunicação, logo desde o início e
incluíam as procissões, teatro, canto, segundo o princípio docere et
movere (10). Ainda hoje os jesuítas têm grande prestígio e encontram
presença relevante nos meios científicos e políticos da Alemanha. O seu
ensino é muito exigente: Trata-se de ensinar e mover! Na Alemanha no
discurso cultural e público, apesar das lutas da reforma e contra-reforma,
não se encontra hoje o espírito jacobino e radical que tem tolhido o génio
português, desde que se encostou a um espírito demasiado dialético do
iluminismo-liberalismo francês.
António da Cunha Duarte Justo
Teólogo e pedagogo .
In “Pegadas do Tempo”
www.antonio-justo.eu
(1)
“Gangorra ou História triste” in
https://books.
google.de/books?id=UkiGv1KTH-sC&pg=PT127&lpg=PT127&dq=O+jesu%C3%ADta+responde+a+uma+pergunta+com+outra+pergunta.&source=bl&ots=
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o6qzyAIVIYtyCh0CdAaP#v=
onepage&q=O%20jesu%C3%ADta%20responde%20a%20uma%20pergunta%20com%20outra%20pergunta.&f=false
(2)
http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf8/ST6/012%20-%20Fernanda%20Santos.pdf
(3)
Revista Brasileira de História das Religiões:
http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pub.html
(4)
COSTA, Célio Juvenal. A racionalidade jesuítica em tempos de
arredondamento do mundo: o Império Português (1540-1599):
http://www.historia.uff.br/cantareira/novacantareira/index.php?option=
com_content&vew=article&id=129:osjesuitasnosetecentos-ed6&catid=61:artigos-ed6&Itemid=79
(5)
Teilhard de Chardin, em “O Fenómeno Humano”. Segundo Chardin, que
defendia o Panenteísmo cósmico, a Terra seria composta de várias camadas
esféricas: Barisfera ou núcleo metálico terrestre; Litosfera ou camada de
rochas; Hidrosfera ou camada de água; Atmosfera ou camada de ar; Biosfera
ou esfera da vida; Noosfera ou esfera do pensamento ou espírito humano:
Cristosfera ou âmbito de Cristo.
(6)
www.cerescaico.ufrn.br/mneme/anais;
http://www.cerescaico.ufrn.br/mneme/anais/
st_trab_pdf/pdf_st1/antonietta_nunes_st1.pdf
(7)
Catholic Encyclopedia (1913)/Religious Discussions.
(8) Friedrich
Nietzsche in Nachlass. KSA 13, 11 [55], p.27 f.
(9) Cf. Arte
discursiva:
http://www.ruigracio.com/000pdf
(10) Cf. Delectare, movere et
docere:
http://www.musica.ufmg.br/permusi/port/numeros/
17/num17_cap_07.pdf
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