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ANTÓNIO JUSTO... |
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Corruptos como Manequins da Nação Portuguesa
“COMO O ESTADO GASTA O NOSSO DINHEIRO” |
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Portugal é um país
pequeno em que o governo não sabe do povo nem o povo sabe do governo. A
economia não sabe das finanças nem a política sabe do país. Um país de
sociedades secretas e de grupos empertigados e fortes, a viverem nos
guetos das importâncias, que não conhecem cidadania mas apenas
clientelas.
Um país com uma grande
cultura e um grande povo, mas desencontrado a caminho da desintegração
social e cultural. O povo para desabafar fala do “Marrocos de baixo” e
do “Marrocos de cima”!
Este mesmo povo admira o grito de liberdade e justiça que vai pelo mundo
fora e esquece-se de ver o que vai em casa para gritar. Naturalmente que
os que possuem o saber e o poder vivem bem em Portugal e na Europa. Os
cenários do futuro não são tão róseos como parecem. Facto é que a
incompetência e arrogância da classe dirigente de Portugal têm arruinado
Portugal e as gerações do futuro.
O livro “Como o Estado gasta o nosso Dinheiro” de Carlos Moreno, juiz
jubilado do Tribunal de Contas, mostra à base de exemplos a incapacidade
governativa dos políticos. Carlos Moreno, não critica apenas, ele é
objectivo e aponta caminhos a seguir para um Estado sério gerir os
dinheiros públicos. Um livro que deveria ser lido por políticos e
jornalistas em todo o mundo lusófono, porque as propostas que faz
solucionariam muitos problemas e proporcionariam uma relação sadia entre
Estado e seus parceiros e um funcionamento produtivo dos órgãos de
Estado entre si.
Como refere o livro, a dívida externa bruta portuguesa (pública +
privada) atingiu em 2009 os 223% do PIB. O Estado assumiu em 2009
contratos dos PPP (empresas contratadas pelo sector público) no domínio
das infra-estruturas de transportes e de saúde em cerca de 50 mil
milhões de euros a pagar pelas gerações futuras.
O Governo criou os PPP (Parceiros Público-Privados), chamando assim o
sector privado a tudo o que poderia vir a dar, de momento, dividendos
políticos aos governantes e a encobrir o endividamento progressivo do
Estado. O Governo também se aproveita dos PPP para o seu favoritismo,
baseado na conivência com sociedades secretas e com amigos da ideologia
partidária ou da ocasião.
Os processos de
concurso são submetidos a exigências administrativas arbitrárias sem
competência e sem transparência. O governo, para melhor precaver o seu
favoritismo, não se preocupa com o controlo orçamental de encargos
assumidos por empresas de conivência público-privadas. Não recorre a
pessoal externo para controlar. A nível de PPP Portugal é considerado,
na EU, um mau exemplo na sua gestão. Usam-se da democracia para
anonimarem o roubo e o nepotismo duma partidocracia cimentada em
sociedades secretas e organismos com redes internacionais (vide
maçonaria e irmandades partidárias internacionais) acalentadas por uma
mentalidade arrogante e sobranceira, sem consciência de povo nem de
nação. |
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Um País corrompido por
Dançarinos do Poder
no Flamenco da Ostentação |
“Portugal é o país da
Europa com maior percentagem de PPP, que afogam os contribuintes em
dívidas… com 1.559 mil milhões de euros de empréstimos, seguido da
França com 467 mil milhões”. A casta política serve nos PPP os seus
servidores com lugares compensadores à custa do Estado. O livro, de
Carlos Moreno, mostra com exemplos escandalosos como, no caso do
concurso do Metro Sul do Tejo em 2009 os encargos do Estado já iam em
350 milhões de euros. A renegociação das concessões SCUT (auto-estradas)
passa para o regime de cobrança de portagens, sobrecarregando assim o
contribuinte em “cerca de 10 milhões de euros, favorecendo assim os boys
das concessionárias e evitando a concorrência. Neste paradigma duma
administração de amigalhaços, o Estado assume os riscos! “As previsões
de custos das obras públicas chegam a ter derrapagens financeiras de
300%. Os contratos dos PPP, cada vez que são renegociados com os
privados, acarretam mais e mais encargos pra os contribuintes… Nunca
existem responsáveis e nada acontece.”
Através das empresas
públicas, o Estado cria novas dívidas, à margem do orçamento do Estado,
branqueado assim as estatísticas, tal como fazem com muitas estatísticas
apesar duma política orientada para a estatística enganadora. Assim se
falsifica o défice orçamental, se engana o povo e se evita um controlo
externo sério. Trata-se de encargos públicos que “nem as gerações
presentes nem as futuras vão conseguir pagar sem muito penosos e
longínquos sacrifícios”.
Encontramo-nos perante um Estado irresponsável sem precisão nem rigor
nas decisões. A EU é conivente, não sendo rigorosa na análise
relativamente a Portugal, porque por detrás de tudo isto se encontram
redes internacionais de grande influência, também a enriquecer à custa
do povo sistematicamente marginalizado e dos países pequenos, onde a
corrupção é mais fácil de se encobrir. Nos PPP o Estado assume os riscos
sem se preocupar com rentabilidades. Alteram a matriz de riscos inicial
favorecendo os seus parceiros. Entre outros métodos para verem
adjudicados os projectos fazem uma proposta de projecto baixa sabendo
que o poderão ir buscar depois! No povo corre a voz de que nestas
empresas são aquartelados os irmãos da maçonaria e os boys e girls dos
partidos. Sob este guarda-sol vive bem a chusma dos Doutores e dos
feitores da opinião pública que vive acomodada à sombra da boiada
assegurada a nível internacional, nacional, distrital e concelhia.
“Projectos de PPP… devem ser transitoriamente suspensos, em nome da
sustentabilidade orçamental e por os PPP se terem tornado não
competitivos”.
Os boys e os
pseudo-intelectuais do regime não permitirão tal nem têm nada a recear
porque conseguiram traumatizar o povo. São os herdeiros dos barões
oportunistas das revoluções (cf. invasões francesas)!
O Tribunal de Contas (TC) faz parte do problema não podendo, por isso,
evitar a catástrofe do endividamento público. As auditorias não são
independentes. O presidente do TC é nomeado pelo governo que nomeia
também dois dos cinco membros do júri do TC.
O sistema tem sido mantido, sobre as várias repúblicas, devido à rede
subjacente ao sistema integrada em diferentes irmandades internacionais,
que facilitam assim encobrir a dimensão da corrupção do sistema
português. Tudo fachada e accionismo para inglês ver! O parasitismo dum
baronato político e intelectual arraigado ao Estado é o responsável pela
má administração dum povo trabalhador que se vê obrigado a emigrar para
ir enriquecer outros povos e estabilizar o mandarinato português com as
remessas.
O sistema partidário português carece, em muitos sectores, de valores e
atitudes comportamentais e de espírito translúcido para poder levar o
Estado a ser eficiente. Surgiram da cultura dos barões.
Da revolução francesa assumiram os vícios que se manifestaram na
primeira República e foram fielmente transmitidos, de geração em
geração, por redes de clubes de homens que cultivam neles as
mentalidades combatidas pela carta da independência americana. Em nome
da república e do progresso destroem a nação e enfraquecem o povo.
À mesa do Orçamento do Estado sentam-se 14.000 entidades que “no todo ou
em parte são alimentados por dinheiros públicos”. O Governo administra
com decretos-lei ou despachos “visando situações casuísticas, para
afastar o regime normal de contratação”. Assim favorece, com concessões
e adjudicações a sua rede parasita que poder contar sempre com a aval do
Estado e com outras garantias públicas.
Os políticos limitam-se a apresentar as contas ao país sem prestar
contas por elas. A incompetência demonstrada, ano por ano, na gestão
pública e política, não receia consequências.
Pobre Portugal, todo feito de ambivalências e antagonismos, gerido por
“elites” irresponsáveis que não conhecem país nem povo! Portugal
empobrecido por uma sociedade de ladrões anónimos que enriquecem à custa
do roubo legalizado que fazem ao povo.
Boa noite Portugal! Quando começas a ser povo e nação? |
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António da Cunha Duarte Justo
<mailto:antoniocunhajusto@googlemail.com> antoniocunhajusto@googlemail.com
<http://www.antonio-justo.eu> www.antonio-justo.eu |
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ANTÓNIO da Cunha Duarte JUSTO . Nasceu em Várzea-Arouca (Portugal). E-mail: a.c.justo@t-online.de.
Professor de Língua e Cultura Portuguesas, professor de Ética, delegado da disciplina de português na Universidade de Kassel .
PUBLICAÇÕES
- Chefe Redactor de Gemeinsam, revista trimestral do Conselho de Estrangeiros de Kassel em alemão com secções em português, italiano, turco, françês, grego, editada pela cidade de Kassel, tiragem 5. 000 exemplares.
- Editor da Brochura bilingue: "Pontes Para um Futuro Comum – Brücken in eine gemeinsame Zukunft", editada na Caritas, Kassel
- Editor de "O Farol" , jornal de carácter escolar e social em colaboração com alunos, pais e portugueses das cidades de Bad Wildungen, Hessisch Lichtenau, Kassel, Bad Arolsen e Diemelstadt( de 1981 a 1985)
- Editor de „Boletim da Fracção Portuguesa no Conselho de Estrangeiros de Kassel (1984)
- Autor da Brochura „Kommunalwahlrecht für Ausländer – Argumente“ editada pela Câmara Municipal de Kassel, Fevereiro de 1987.
- Co-autor da Brochura „Ausländerbeiräte in Hessen - Aufgaben und Organisation“, editada pela AGAH e Hessische Landeszentral für politische Bildung, Wiesbaden, 1988.
Colaborador de vários jornais e do programa de rádio semanal de português de Hamburgo.
http://blog.comunidades.net/justo |
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