No princípio de Janeiro, em Londres, a
associação “Cristian Voice” apresentou queixa contra uma campanha ateia
financiada pela Associação Humanista Britânica (BHA) e lançada nos meios
de transportes públicos do Reino Unido com o slogan “Provavelmente Deus
não existe”. A “Christian Voice” argumenta que a campanha viola o código
da publicidade, tendo sido aceite a sua queixa.
Como da polémica se vive bem, e a Europa
se repete em avalancha, também em Barcelona, associações ateístas
espanholas publicaram anúncios em autocarros públicos com cartazes com a
afirmação: “Provavelmente Deus não existe. Deixa de te preocupares e
goza a vida”. “
Grupos cristãos respondem à batalha
publicitária com anúncios como “Deus existe. Goza a vida em Cristo”.
Outros slogans vão surgindo na net como:
“Porque descansas aos Domingos se Deus não
existe?”
“Como vais gozar a Vida sem seres SENHOR
dela?”
“O dia do SENHOR também é teu – Goza os
domingos oferecidos desde há 2 mil anos!”
É engraçado verificar como na União
Europeia se originam vogas por trás das quais estão certas
internacionais que se aproveitam duma logística coordenada na guerra
cultural. O mesmo se dá na política. Problemas debatidos nas nações mais
relevantes são repetidos, quase textualmente, passados dias, semanas ou
meses, pelos políticos de países da periferia.
Os assessores não precisam de grande
trabalho para apresentar serviço. Basta-lhes saber línguas para poder
traduzir.
Narradores do poder, no romance da vida,
procuram impor o seu próprio conto.
Vive-se em e da mobilização. As enxurradas
civilizacionais do pensamento são fáceis na era da comunicação. Na fome
do futuro, cada qual procura mobilizar a sua história propagandista.
No fim de contas não há ninguém que não
seja crente!...
Precisa-se duma nova gramática que saiba
conjugar fé e razão!
António da Cunha Duarte Justo |