Apontava os lança-chamas aos cajueiros e as aves
ziguezagueavam em esplêndidos números
de fogo. Ainda hoje, quinze anos depois,
lhe sorriem os olhos, se especifica o cheiro
daquela cinza vagabunda. Acorda este pirado
ao lado da minha ex-namorada? Que vês tu
no protozoário rudimentar, indaguei, indo
o marmanjo ‘verter águas’. É um polinizador
nato, com ele até os lençóis ficam molhados
retorquiu, magoada com ‘o meu preconceito’.
Pois então mete-os sobre as aves, sempre é
mortalha cristã, aconselhei. E num trago
melancólico (um MacGregor duvidoso),
cismei na inutilidade da beleza, no fascínio
com que Heidegger gabava as mãos de Hitler.
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