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As abadias beneditinas têm sido como oásis na peregrinação da minha vida, lugares onde me tem sido possível descansar e refrescar-me antes de continuar o caminho. Em toda a parte por onde tenho passado, tenho encontrado multidões de pessoas em visita a mosteiros. Porque é que lá se encontram? Alguns, sem dúvida, são turistas que vêm passar uma tarde talvez à espera de ver um monge, como se fosse um macaco num zoo. Se calhar estão à espera de encontrar avisos a dizer: “É proibido dar comida aos monges”. Outros vêm por causa da beleza dos edifícios ou da liturgia. Muitos, esperando algum encontro com Deus. Fala-se muito de “secularização” mas vivemos num tempo marcado por uma profunda busca religiosa. Há uma fome de transcendente. As pessoas procuram-no nas religiões Orientais, nas seitas da “new age”, no exótico e no esotérico. Muitas vezes suspeita-se da Igreja e de toda a religião institucional, com excepção, talvez, para o caso dos mosteiros. Porque é que as pessoas são tão atraídas por mosteiros? A minha ideia é que os vossos mosteiros revelam Deus não por causa do que fazeis ou dizeis, mas talvez porque a vida monástica tem no seu centro um espaço, um vazio, no qual Deus se pode mostrar. O meu propósito é sugerir que a Regra de São Bento oferece uma espécie de centro vazio para as vossas vidas, no qual Deus pode viver e ser apercebido. O trono de Deus A glória de Deus mostra-se sempre num espaço vazio. Quando os Israelitas saíram do deserto, Deus veio com eles sentado no espaço entre as asas dos querubins, por cima do trono de misericórdia. O trono da glória era esse vazio. Era só um espaço pequeno, a largura de um palmo. Deus não precisa de muito espaço para mostrar a sua glória. No Aventino, a menos de duzentos metros daqui, está a Basílica de Sta. Sabina, em cuja porta se encontra a primeira representação da cruz de que se tem conhecimento. Aqui vemos um trono de glória que é também um vazio, uma ausência, como quando um homem morre a chamar pelo Deus que parece tê-lo abandonado. O mais autêntico trono de glória é um túmulo vazio, onde não está o corpo. A minha esperança é que os mosteiros beneditinos continuem a ser lugares nos quais a glória de Deus brilha, tronos para o mistério. E isto, pelo que vós não sois, pelo que vós não fazeis. Sem objectivo concreto Vou propor-vos três aspectos da vida monástica que criam este vazio e abrem um espaço para Deus: em primeiro lugar, as vossas vidas não têm qualquer objectivo concreto; em segundo lugar, não levam a parte nenhuma, e, finalmente, porque são vidas de humildade. Cada um destes aspectos da vida monástica abre-nos um espaço para Deus. E quero sugerir que em cada caso é a celebração da liturgia que dá sentido a este vazio. É o canto do Ofício várias vezes ao dia que mostra que este vazio é preenchido com a glória de Deus. O facto mais óbvio na vida dos monges, é que não fazem nada de especial. Cultivais a terra, mas não sois lavradores. Ensinais, mas não sois professores. Podeis mesmo dirigir hospitais, ou centros de missão, mas não sois em primeiro lugar nem médicos nem missionários. Sois monges que seguem a Regra de S. Bento. Não fazeis nada de especial. Os monges são geralmente pessoas muito activas, mas a acção não é o objectivo e o propósito das vossas vidas. O Cardeal Hume uma vez escreveu que “não nos vemos como tendo qualquer missão particular ou função na Igreja. Não pretendemos mudar o curso da história. Acontece que, do ponto de vista humano, estamos aqui quase por acaso. E é apenas isso que, felizmente, continuamos a fazer”1. É esta ausência de finalidade explícita que revela Deus como a finalidade secreta, oculta das vossas vidas. Deus é revelado como o centro invisível das nossas vidas quando não tentamos dar qualquer outra justificação para o que somos. O essencial da vida cristã é, justamente, estar em Deus. Jesus diz aos discípulos: “Permanecei no meu amor” (Jo. 15:10). Os monges são chamados a permanecer no seu amor. Competição O nosso mundo é um mercado. Todos a chamar a atenção, e a tentar convencer os outros de que o que vendem é necessário para se ter uma vida boa. Somos informados a toda a hora do que precisamos para sermos felizes: um micro-ondas, um computador, umas férias nas Caraíbas, o último sabonete. E é tentador para a religião vir também para o mercado apregoar com os outros concorrentes: “Precisais da religião para serdes felizes, bem sucedidos e até mesmo para serdes ricos!” Uma das razões para a explosão das seitas na América Latina é que elas prometem riqueza. E é assim que o Cristianismo lá está a apregoar que é importante para a vossa vida. Yoga esta semana, aromaterapia na próxima. Conseguiremos nós persuadi-los a darem uma oportunidade ao Cristianismo? Precisamos de cristãos no meio da massa, a gritar com os demais em plena azáfama do mercado, tentando chamar a atenção. Mas os mosteiros encarnam uma verdade mais profunda. Fundamentalmente, prestamos culto a Deus não por ele ser relevante para nós, mas simplesmente porque ele é. A voz da sarça ardente proclamou: “Eu sou aquele que sou”. O que importa não é que Deus seja relevante para nós, mas que em Deus encontramos a revelação de toda a relevância, a estrela polar das nossas vidas. Penso que este era o segredo da autoridade única do Cardeal Hume. Ele não tentou pôr à venda a religião e mostrar que o Catolicismo é o ingrediente secreto da vida de sucesso. Ele era simplesmente um monge que rezava. Lá no fundo as pessoas sabem que um Deus que tem necessidade de demonstrar que é útil não é digno de ser adorado. Um Deus que tem que ter relevância não é Deus. A vida do monge testemunha a irrelevância de Deus, pois tudo o mais só é relevante em relação a Ele. As vidas dos monges testemunham isso mesmo, pela ausência de qualquer actividade particular, excepto permanecer com Deus. No centro das vossas vidas existe um vazio, como o espaço entre as asas dos querubins. Lá, podemos ter um vislumbre da glória de Deus. A beleza do louvor Como é que as pessoas que afluem aos mosteiros, vêem os monges, e ficam para as Vésperas, podem descobrir que este vazio é uma revelação de Deus? Suspeito que é pelo canto. Quando ainda miúdo, na Abadia de Downside, devo confessar que não era muito religioso. Fumava atrás das salas de aula, e escapava-me de noite para os pubs. Se alguma coisa me conservou ligado à fé, foi a beleza que eu ali encontrei: a beleza do Ofício cantado, a luminosidade das horas da madrugada na Abadia, o esplendor do silêncio. Foi a beleza que não me deixou partir. Não se podem discutir as intimações da beleza ou ignorá-la. E esta é, provavelmente, a forma mais clamorosa da autoridade de Deus, neste tempo em que a arte se tornou uma forma de religião. Podem ser poucas as pessoas que vão à Igreja ao Domingo, mas há milhões que vão a concertos, galerias de arte e museus. Na beleza podemos vislumbrar a glória da sabedoria de Deus que dançava quando criou o mundo, “mais bela do que o sol” (Sab. 7). De acordo com a Septuaginta, quando Deus criou o mundo viu que era kala, belo. A bondade convoca-nos sob a forma de beleza. Quando as pessoas ouvem a beleza do canto, então podem, na verdade, adivinhar porque é que os monges ali estão e qual é o centro secreto das suas vidas, o louvor da glória. Era típico de D. Basil Hume, que quando falava dos mais profundos desejos do seu coração, falava em termos de beleza: “que admirável experiência poder conhecer qual seria, no meio das coisas mais belas, a mais bela de todas elas. Seria a mais alta de todas as experiências de alegria, e total realização. À mais bela de todas as coisas eu chamo Deus”2. E se a beleza é verdadeiramente a revelação do bom e do verdadeiro como acreditava S. Tomás de Aquino, então, talvez faça parte da vocação da Igreja ser o lugar da revelação da verdadeira beleza. Muita da música moderna, mesmo na Igreja, é tão trivial que se torna numa paródia de beleza. É kitsch, e tem sido descrita como “pornografia da insignificância” 3. Talvez isto aconteça porque caímos na armadilha de ver a beleza em termos utilitários, útil como entretenimento, em vez de descobrirmos que o que é verdadeiramente belo revela o bem. Acredito que o caminho da vida monástica é em si mesmo muito belo. Ao ler a Regra fiquei fascinado ao descobrir que logo no princípio ela diz que, “é chamada Regra porque regula as vidas dos que lhe obedecem”. A regula regula. Mas talvez regula sugira não tanto controlo como medida, ritmo, vidas que têm um contorno e uma forma. É assim, talvez, como na disciplina da música. Sto. Agostinho pensava que viver virtuosamente era viver musicalmente, estar em harmonia. Amar o próximo era, dizia ele, “viver em atmosfera musical”4. A graça é graciosa e a vida graciosa é bela. Assim, mais uma vez, é o canto da liturgia que revela o sentido das nossas vidas. São Tomás disse que a beleza na música está essencialmente ligada à temperantia. Nunca nada deveria ser em excesso. A música deve guardar o compasso certo, nem demasiado depressa, nem demasiado lento, guardando a medida certa. E Tomás pensava que a vida em temperança nos mantinha jovens e belos. Mas o que a Regra parece oferecer é especialmente uma vida com medida, sem nada em excesso, embora eu não saiba se os monges ficam mais jovens e mais belos do que qualquer outra pessoa! Ao ouvir cantar os monges, entrevemos a música que é a vossa vida, seguindo o ritmo e o compasso da melodia da Regra de São Bento. A glória de Deus está sentada no trono dos louvores de Israel! As vidas dos monges dão que pensar aos de fora não apenas porque eles não fazem nada de particular, mas também porque as suas vidas não buscam nenhum objectivo. Como todos os membros de ordens religiosas, o que dá forma e sentido à vossa vida não é a busca de promoção. Somos simplesmente irmãos e irmãs, frades, monges e monjas. Não podemos nunca aspirar a ser mais. Um soldado ou académico de sucesso sobe na vida através de promoções. A sua vida tem valor porque ele é promovido a professor ou general. Mas não é assim connosco. A única escada de promoção na Regra de São Bento é a da humildade. Tenho a certeza de que há monges, como frades, que por vezes alimentam secretos desejos de promoção, e sonham com a glória de serem celereiros ou mesmo abades! Tenho a certeza de que há muito monge a olhar-se ao espelho, a imaginar-se com uma cruz peitoral ou mesmo com uma mitra, e a esboçar uma benção dada à sucapa .... Mas todos sabemos que o contorno das nossas vidas é realmente dado não pela promoção mas pela caminhada em direcção ao Reino. A Regra é dada, diz São Bento, para vos apressar em direcção à nossa morada celeste. Uma pessoa torna-se monge ou frade, e de nada mais precisa para sempre. Ritmo litúrgico Temos que viver o ritmo do ano litúrgico como o mais profundo ritmo das nossas vidas. A liturgia monástica serve para nos lembrar que vamos para o Reino. É fácil dizer que o religioso vive para a vinda do Reino, mas na realidade muitas vezes não o fazemos. O ano litúrgico esboça o caminho real para a liberdade, mas nem sempre o tomamos. De acordo com São Tomás, a formação, especialmente a formação moral, é sempre formação na liberdade. Mas a entrada na liberdade é lenta e dolorosa, e há-de incluir erros, escolhas erradas, e pecado. Deus faz-nos passar do Egipto para a liberdade do deserto, mas ficamos com medo, tornamo-nos escravos de bezerros de oiro, ou tentamos escapar de novo para o Egipto. O verdadeiro drama do dia a dia da vida do monge é este: não a questão de ser ou não promovido subindo de cargo, mas a iniciação na liberdade, com frequentes recaídas na imaturidade e na escravidão. Como é que podemos entender a nossa lenta ascensão na liberdade de Deus, e as frequentes recaídas na escravidão? Mais uma vez, talvez seja na música que possamos encontrar a chave. Música e drama Santo Agostinho escreveu que a história da humanidade é como uma composição musical onde há lugar para todas as dissonâncias e desarmonias da falha humana, mas que finalmente conduz a uma resolução harmónica, em que cada coisa tem o seu lugar. No seu maravilhoso tratado De Musica, escreveu que “a dissonância pode ser redimida sem ser suprimida”5 A história da redenção é como uma grande sinfonia que abarca todos os nossos erros, as nossas notas falsas, e na qual a beleza finalmente triunfa. A vitória não é que Deus apague as nossas notas falsas, ou finja que nunca aconteceram. Ele encontra um lugar para elas na composição musical que as redime. Isto acontece principalmente na Eucaristia. Nas palavras de Catherine Pickstock, “a mais alta música no mundo decaído, a música redentora... não é outra senão o sacrifício repetido do próprio Cristo que é a música da para-sempre-repetida Eucaristia”6. A Eucaristia é a repetição do climax no drama da nossa libertação. Cristo dá-nos livremente o seu corpo, mas os discípulos rejeitam-no, negam-no, fogem dele, pretendem que o não conhecem. É esta a música da nossa relação com Deus nela encontramos as mais profundas desarmonias. Mas na Eucaristia elas são assumidas, abraçadas, e transfiguradas em beleza num gesto de amor e dom. Nesta música eucarística somos inteiramente restaurados e encontramos harmonia. É uma solução harmónica que não ignora a nossa rejeição do amor e da liberdade, pretendendo que ela nunca aconteceu, mas transformando-a em passos no caminho. Nas nossas celebrações ousamos lembrar os apóstolos nas suas fraquezas. Assim, o significado da vida do monge é que ele vai em direcção do Reino. A nossa história é a história da humanidade na sua caminhada para o Reino. É isto que tornamos vivo no ciclo anual do ano litúrgico, da Criação ao Reino. Mas o drama diário da vida do monge é mais complexo, com as nossas lutas e falhas para nos tornarmos livres. A humildade Finalmente, chegamos ao que é mais fundamental na vida monástica, o que é mais belo e difícil de descrever: a humildade. É também o menos aparente às pessoas que vêm visitar os vossos mosteiros, e no entanto, é a base de tudo. É, diz o Cardeal Hume, “uma coisa muito bela de se ver, mas a tentativa de nos tornarmos humildes é na verdade penosa”7. É a humildade que cria um espaço vazio para Deus no qual Ele pode habitar e a sua glória ser visitada. É, em última análise, a humildade que faz das nossas comunidades o trono de Deus. É difícil para nós hoje encontrar palavras para falar de humildade. A nossa sociedade quase parece convidar-nos a cultivar o oposto - uma afirmatividade, uma auto-confiança impertinente. Como vamos construir comunidades que sejam sinais vivos da beleza da humildade? Como podemos mostrar os profundos atractivos da humildade num mundo onde reina a agressividade? Só vós podeis dar a resposta. Bento foi mestre em humildade, e eu não tenho a certeza de que ela tenha sido sempre a virtude mais óbvia de todos os Dominicanos! Mas gostaria de partilhar um pensamento breve. Quando pensamos em humildade, talvez a vejamos como uma coisa intensamente pessoal e privada: eu olhando para mim e vendo-me sem valor, a examinar a minha própria interioridade, contemplando as minhas desprezíveis qualidades. Isto é, no mínimo, uma perspectiva deprimente. Talvez Bento nos convide a fazer qualquer coisa de muito mais libertador, que consiste em construir comunidade em que somos livres de rivalidade, competição e luta pelo poder - uma nova espécie de comunidade estruturada na mútua deferência, na obediência mútua. É uma comunidade em que ninguém ocupa o centro, mas o centro é o espaço vago, o vazio que é preenchido com a glória de Deus. Isto implica um profundo desafio à imagem moderna do eu como eu solitário, absorvido em si mesmo, o centro do mundo, o eixo à volta do qual tudo gira. No coração da sua identidade está a consciência de si mesmo: “Penso, logo existo”. Abrir mão A vida monástica convida-nos a largar o centro e a entrar na atracção gravitacional da graça. Convida-nos a sermos descentrados. Mais uma vez, encontramos Deus revelado no vazio, numa ausência, e desta vez no próprio centro da comunidade, o espaço vago reservado a Deus. Temos que fazer um lar para a Palavra vir e habitar entre nós, um espaço para Deus estar. Enquanto estivermos em competição pelo centro, não haverá espaço para Deus. Portanto, a humildade não é eu desprezar-me a mim próprio e pensar que sou horrível. É escavar o coração da comunidade para criar nele um espaço onde a Palavra possa armar a sua tenda. Uma vez mais, eu penso que é na liturgia que podemos encontrar manifestada esta beleza. É ao vermos os monges a cantar o louvor de Deus, que então podemos vislumbrar a liberdade e a beleza da humildade. A beleza do vazio O cume da humildade é descobrir não só que não se é o centro do mundo, mas que nem mesmo se é o centro de si mesmo. O vazio não existe só no centro da comunidade onde Deus habita, mas existe também no centro do meu ser. Sou uma criatura a quem Deus dá existência a cada momento. Deus dá a Adão o seu sopro e sustenta-o no ser. No coração do meu ser não estou só. Deus está lá dando-me a existência a cada momento com o seu sopro. No centro de mim não está o eu solitário, o ego Cartesiano, mas um espaço que é preenchido por Deus. Talvez seja esta a suprema vocação do monge; mostrar a beleza desse vazio, ser, individual e comunitariamente, templo para que nele habite a glória de Deus. No coração da vida monástica está a humildade. Não a humildade acabrunhante, depressiva, dos que têm ódio a si mesmos, mas a humildade dos que se reconhecem criaturas, cuja existência é um dom. E por isso é coisa certíssima que no centro da sua vida haja canto, porque é neste canto que se manifesta o acto criador de Deus. Cantamos essa Palavra de Deus, pela qual tudo é feito. Aqui sente-se uma beleza que é mais do que apenas o agradável. É a beleza que celebra o irromper da criação. O que esperamos perceber nos mosteiros é mais do que podemos dizer. A glória de Deus escapa às nossas palavras. O mistério destrói as nossas pequenas ideologias. Como São Tomás de Aquino, vemos que tudo o que possamos dizer é apenas palha. Quer isso dizer que só resta ficar calados? Não, porque os mosteiros não são só lugares de silêncio mas de canto. Temos que encontrar maneiras de cantar, no limite da linguagem, na fronteira do sentido. É isto que Santo Agostinho chama o canto de júbilo, e é o canto deste ano jubilar. Perguntas o que é cantar com júbilo? É estar consciente de que as palavras não chegam para exprimir o que vamos cantando nos nossos corações. Nas colheitas, nas vindimas, em qualquer momento que os homens tenham de trabalhar no duro, começam com canções cujas palavras exprimem a sua alegria. Mas quando a alegria transborda e as palavras não chegam, deixam mesmo essa coerência e entregam-se inteiramente ao puro prazer do canto. Que júbilo é este, este cântico de exultação? É a melodia que diz que os nossos corações trasbordam com sentimentos que as palavras não podem exprimir. E a quem, de direito, pertence este júbilo? Seguramente a Deus que é inefável.8 1. In Praise of Benedict. Ampleforth, 1996, p. 23.
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