• FRANCOLINO J. GONÇALVES
    JESUS CRISTO E AS ESCRITURAS
    O ANTIGO TESTAMENTO E JESUS CRISTO
    NOTAS


I - 4Q397 (=4QMMTd ). Tradução ligeiramente diferente em F. GARCfA MARTÍNEZ, Textos de Qumran. Edição fiel e completa dos Documentos do Mar Morto (tradução do espanhol: Valmor da Silva), Petrópolis, Vozes, 1995, p. 127.

2 - Na biblioteca da comunidade de Qumran, havia, pelo menos, duas edições diferentes do livro em hebraico. Simplificando ao máximo, pode dizer-se que uma corresponde ao texto hebraico corrente; a outra ao texto grego (LXX). As duas edições diferem no comprimento e, a partir do cap. 25, também na ordem da matéria. O texto grego é cerca de 13% mais curto do que o hebraico. A esse respeito, pode ler-se P.-M. BOGAERT, "Le livre de Jérémie en perspective: les deux rédactions antiques selon les travaux en cours", Revue Biblique 101 (1994) 363- 406.

3 - F. J. GONÇALVES, "Os videntes e os visionários no Antigo Testamento", in Actas do Congresso Intemacional de Fátima. Fenomenologia e Teologia das Aparições (9 12 de Outubro de 1997), Fátima, Santuário, 1998, pp. 557-574.

4 - A. PAUL, Et I'homme créa Ia Bible. D'Hérodote à Flavius Josephe, Paris, Bayard, 2000, pp. 304-359; IDEM, "Les 'Écritures' dans Ia société juive au temps de Jésus", Recherches de Science Religieuse 89 (2001) 13-42; É. NODET, "Les bibles de Josephe", Le Monde de Ia Bible 135 (juin 2001) 18-23.

5 - J. R. BUSTO SAIZ, ."a Biblia hebrea y el Antiguo Testamento cristiano", Estudios Bíblicos 47 (1989) 435-447; J. TREBOLLE BARRERA, A Bíblia judaica e a Bíblia cristã. Introdução à história da Bíblia (tradução de Pe. Ramiro Mincato), Petrópolis, Vozes, 1996, pp. 198 e 272.

6 - Na linguagem académica, usa-se geralmente a expressão Bíblia hebraica. Do ponto de vista linguístico, essa designação não é totalmente exacta pois as Escrituras judaicas incluem também alguns textos em aramaico.

7 - Tradução do latim Vetus Testamentum, que por sua vez é a tradução do grego palaia diathèkè.

8 - Sentido documentado a partir do séc. II, por exemplo, em Militão de Sardes (195).

9 - Novo Testamento é a tradução do latim Novum Testamentum que, por sua vez é a versão do grego kaine diathèkè. A expressão lê-se já em Jr 31,31 (38,31 no texto grego). Está documentada três vezes nos escritos bíblicos de origem cristã (1 Cor 11,25; 2 Cor 3,6 e Lc 22,20; cf também Rom 11,27). Repare-se no entanto que, nos textos mencionados, a expressão Novo Testamento não se refere à parte das Escrituras de origem cristã. Designa uma nova aliança ou a nova aliança. Nos escritos de origem cristã, trata-se da aliança instaurada por Cristo contraposta à antiga aliança mediada por Moisés. De facto, diathèkè foi o termo usado pelos tradutores gregos das Escrituras judaicas para verter o hebraico berît (aliança). A palavra diathèkè tendo entretanto tomado o sentido de testamento na koinè, a Vulgata traduziu-o assim como ao seu correspondente hebraico berît não por foedus (aliança), mas por testamentum. No Novo Testamento, as palavras diathèkè-testamentum têm predominantemente o sentido de aliança mas posteriormente, passaram a designar os escritos relativos a uma e outra aliança.

10 - R. AGUIRRE, "Estado actual de los estudios sobre el Jesús histórico después de Bultmann", Estudios Bíblicos 54 (1996) 433-463; D. MARGUERAT, E. NOREW, J.-M. POFFET (eds), Jésus de Nazareth. Nouvelles approches d'une énigme (Le Monde de Ia Bible 38), Genève, Labor et Fides, 1998; D MARGUERAT, 'La "Troisleme Quête du Jésus de l'histoire', Recherches de Science Religieuse 87 (1999) 397-421; J.P. MEIER, "The Present State of the 'Third Quest' for the Historical Jesus: Loss and Gain", Biblica 80 (1999) 459-487

11 - R. A. HORSlEY, Galilee, History, Politics, People, Valley Forge, PA, Trinity Press International, 1995; AA W., "Jésus le Galilée" , Le Monde de Ia Bible 134 (avril-mai 2001) 3-53

12 - A expressão grega basileía tou Theou pode ser traduzida por Reino ou Reinado de Deus segundo os contextos. Por comodidade, usarei a expressão habitual Reino de Deus.

13 - Mt 16,14 nomeia Jeremias.

14 - F. J. GONÇALVE5, "Les 'prophètes Écrivains' étaient-ils des nebî'îm", in P.M. Michèle DAVIAU, J. W. WEVERS and M. WEIGL (eds.), The World of the Aramaeans I. Biblical Studies in Honour of Paul-Eugène Dion (Journal for the Study of the Old Testament. Supplement Series 324), Sheffield, Academic Press, 2001, pp 144-185.

15 - AA W., Flavius Jasephe. Un témoin de la Palestine au temps des Apôtres (Supplément au Cahier Évangile 36), Paris, Les Éditions du Cerf, 1981; L. H. FELDMAN, "Prophets and Prophecy in Josephus", Journal of Theological Studies 41 (1990) 386-422; Rebecca GRAY, Prophetlc Figures in Late Second Temple Jewish Palestina. The Evidence from Josephus, New York-Oxford, Oxford University Press, 1993; AA W. Flavius Josèphe, historien du temps de Jésus, Le Monde de Ia Bible 135 (juin 2001) .

16 - F. JOSEFO, Guerra Judaica, III, 340-391. 392-408; IV, 622-629.

17 - F. JOSEFO, Guerra Judaica, II, 159.

18 - F. JOSEFO, Guerra Judaica, I, 78-80; Antlguidades Judaicas, XIII, 311-313.

19 - F. JOSEFO, Antlguidades Judaicas, XV, 373-379.

20 - F. JOSEFO, Guerra Judaica, II, 112-113; Antlguidades Judaicas, XVII, 345-348

21 - F. JOSEFO, Antlguidades Judaicas, XIV,172-176 e XV, 3-4370

22 - F. JOSEFO, Guerra Judaica, VI, 300-309

23 - R. GRAY, Prophetic Figures (supra n 15) pp 29-30, 134 e 158-163

24 - C. GRAPPE, "Jésus: Messie prétendu ou Messie prétendant ? Entre les catégories de messianité revendiquée et de messianité prétendue, Ia figure du Jésus historique envisagée à partir d'une comparaison avec celles d'autres personnages de son temps", in D. MARGUERAT, E. NORELLI, J.-M. POFFET (eds), Jésus de Nazareth (supra n 10) p. 280 (269-291).

25 - F. JOSEFO, Antlguidades Judaicas, XVIII, 85-87

26 - F. JOSEFO, Antlguidades Judaicas, XX, 97-99; d também Act 5,36

27 - F. JOSEFO, Antlguidades Judaicas, XX, 167-168

28 - F. JOSEFO, Guerra Judaica, II, 259

29 - F. JOSEFO, Antlguidades Judaicas, XX, 169-172; F. JOSEFO, Guerra Judaica, II, 261-

263 dá outra versão do episódio; cf também Act 21,37-38

30 - F. JOSEFO, Antlguidades Judaicas, XX, 188

31 - F. JOSEFO, Guerra Judaica,VI, 283-288

32 - R. A. HORSLEY e J. S. HANSON, Bandits, Prophets and Messiahs: Popular Movements in the Time of Jesus, Minneapolis, Winston Press, 1985 = Banditi, profeti e messia. Movimenti popolari al tempo di Gesù (Studi Biblici 110), Brescia, Paideia Editrice, 1995; R. A. HORSLEY, "Les groupes juifs palestiniens et leurs messies à la fin de l'époque du second Temple", Concilium 245 (1993) 29-46.

33 - Sobre as possíveis razões dessa divergência, veja-se R. GRAY, Prophetic Figures (supra, n. 15), p. 117 e, em sentido diferente, a resenha de D. R. Schwartz da obra de R. Gray, The Jewish Quarterly Review 87 (1996) 221-222 (219-222); cf também D. R. SCHWARTZ, Studies in the Jewish Background of Christianity, Tubinga, J.C.B. Mohr (Paul Siebeck), 1992, pp. 29-43.

34 - Forma do nome de Nazaré usada também em Mt 4,13.

35 - Ano do Jubileu (Lv 25,8-54).

36 - O hazan em hebraico, traduzido por hyperétes em grego.

37 - A segunda frase do v. 2 ("e um dia de vingança do nosso Deus") não se coadunava com o propósito de Lucas. A dimensão justiceira de certas imagens do Reino de Deus é assim excluída.

38 - Lc 4,18-19 cita os textos de lsaías segundo a LXX.

39 - S. GUIJARRO OPORTO, "La presentación de Jesús en Ia sinagoga de Nazaret" (Lc 4,16-30), Reseña Bíblica 10 (1996) 13-22.

40 - J. DUPONT, Les Béatitudes. II. La Bonne Nouvelle (Études Bibliques), Paris, J. Gabalda, 1969, pp. 123-142; IDEM, A mensagem das bem-aventuranças (Cadernos Bíblicos 33), Usboa, Difusora Bíblica, 1991.

41 - F. J. GONÇALVES, "Bíblia e Natureza. A versão sacerdotal da criação (Génesis 1,1- 2,4a) no seu contexto bíblico e próximo-oriental", Cadernos ISTA IV/8 (1999) 24-40 (7-40).

42 - Texto de Mateus. Em Lucas lê-se "dois dos seus discípulos".

43 - J. J. COWNS, "A Herald of Good Tidings. lsaiah 61:1-3 and Its Actualization in the Dead Sea Scrolls", in C. A. EVANS e Sh. TALMON (eds), The Quest for Context and Meaning. Studies in Biblical Intertextuality in Honor of James A. Sanders (Biblical lnterpretation Series, 28), Leida, Nova lorque, Colónia, E. J. Brill, 1997, pp. 225-240.

44 - F. GARCÍA MARTÍNEZ, Textos de Qumran (supra, n. 1), pp. 180-181.

45 - 4Q52111,1-14; F. GARCÍA MARTÍNEZ, Textos de Qumran (supra, n. 1), p. 440. Além de 15 61,1-2, o texto tem como pano de fundo várias outras passagens bíblicas: SI 146,7-8; 15 29,18; 35,5; Jl 3,1, etc. O próprio Deus é o autor de algumas das obras de 15 61,1-2, mas pode supor-se que ele se servirá do seu Messias, mencionado no começo do escrito.

46 - F. GARCÍA MARTÍNEZ,e J. TREBOLLE BARRERA, Os Homens de Qumran. Literatura, estrutura e concepções religiosas (tradução do espanhol de L. F. Gonçalves Pereira), Petrópolis, Vozes, 1996, pp. 70-72.

47 - 1QH XXI 11,10-15; F. GARCÍA MARTÍNEZ, Textos de Qumran (supra, n. 1), p. 405.

48 - O seu acrescento destina-se antes de mais a justificar a missão crstã junto dos pagãos.

49 - Os Evangelistas nunca põem na boca de Jesus uma afirmação ou uma reivindicação directas do seu carácter profético. A qualidade profética de Jesus seria algo de óbvio, incontestado e incontestável?

50 - Segundo P. Grelot, a cuja opinião aderiram outros exegetas, a pessoa que fala em 15 61,1-3 é um sumo sacerdote acabado de consagrar pela unção; «Sur lsaïe LXI : La premiere consécration d'un Grand-Prêtre", Revue Biblique 97 (1990) 414-431.

51 - A forma actual do Targum não deve ser anterior ao século V d. C. No entanto, preserva tradições exegéticas judaicas mais antigas. Cito a tradução espanhola do Targum de 15 61,1: «Ha dicho el profeta: EI espíritu profético procedente de Yahweh Dios está sobre mí, porque Yahweh me ha designado para dar albricias a los afligidos; me ha enviado para confortar a los de corazón quebrantado, para proclamar la liberación de los cautivos y a los presos (diciendo): «salid a la luz». J. RlBERA FLORIT, El Targum de Isaías. Versión crítica, introducción y notas, Estella, Verbo Divino, 1988, p. 231. A maioria dos exegetas modernos identifica a pessoa que fala em Is 61,1 com o autor do texto, seguindo assim nas pegadas da interpretação judaica tradicional. Mas, contrariamente à exegese judaica, os 64 exegetas modernos pensam que esse autor não é lsaías filho de Amós, personagem do séc. VIII a. C., mas uma pessoa anónima, que não deve ser anterior a finais do séc. VI a. C. S. Ausín propôs ver em Is 61,1 uma pessoa colectiva. Segundo ele, tratar-se-ia da comunidade escatológica representada por Jerusalém ou Sião, idealizadas; S. AUSÍN, "El Espíritu Santo en Ia comunidad escatológica (15 61,1-11)", Estudios Bíblicos 57 (1999) 97-124.

52 - CD II,12; F. GARCÍA MARTÍNEZ, Textos de Qumran (supra, n. 1), p. 76. Note-se a associação da unção com o espírito de lavé como em Is 61,1.

53 - CD VI,1; F. GARCÍA MARTÍNEZ, Textos de Qumran (supra, n. 1), p. 79.

54 - 1QM XI,7; F. GARCÍA MARTÍNEZ, Textos de Qumran (supra, n. 1) p. 149.

55 - Muitos exegetas pensam que Lc 4,16-30 apresenta Jesus sob a figura do Messias real ou, pelo menos, reconhecem uma dimensão messiânica à sua figura profética. Apoiando-se sobretudo no tema da unção, O'Toole vê em Lc 4,18 o Messias real, mas reconhece em Lc 4,24-27 uma figura profética. Lc 4,16-30 apresentaria Jesus sobretudo como o Messias real, mas também como um profeta. R. O'TooLE, "Does Luke AIso Portray Jesus As the Christ in Luke 4,16-30?", Biblica 76 (1995) 498-522.

56 - J. J. COLLINS, "Jesus and the Messiahs of Israel", in H. CANCIK, H. LICHTENBERGER e P. SCHAFER (eds), Geschichte -Tradition -Reflexion. Festschrift für Martin Hengel. III. Frühes Christentum, Tubinga, J. C. B. Mohr (Paul Siebeck), 1996, pp. 287-302.

57 - J. A. SANDERS, "From lsaiah 61 to Luke 4", in C.A. EVANS e J.A. SANDERS (eds), Luke and Scripture. The Function of Sacred Tradition in Luke-Acts, Minneapolis, Fortress Press, 1993, pp. 46-69.

58 - J. DUPONT, Les Béatitudes. II (supra n. 40), pp. 123-142 e 368; J. SCHMITT, "L'Oracle d'ls LXI, 1ss. et sa relecture par Jésus", Revue de Science Religeuse 54 (1980) 97-103; P. J. TOMSON, "The Core of Jesus' Evangel: euaggelísasthai ptôkhois (Isa 61)", in C.M. TUCKETT (ed.), The Scriptures in the Gospels (Bibliotheca Ephemeridum Theologicarum Lovaniensium 131), Lovaina, University Press, 1997, pp. 647-658; C. GRAPPE, «Jésus : Messie prétendu ou Messie prétendant ?» (supra n. 24), pp. 280-288.

59 - M. PÉREZ FERNÁNDEZ, "Lectura dei Antiguo Testamento desde el Nuevo Testamento. Estudio sobre Ias citas bíblicas atribuidas a Jesús en el evangelio de Marcos", Estudios Bíblicos 47 (1989) 449-474.

60 - D. SENIOR, "The Lure of the Formula Quotations: Re-assessing Matthew's Use of the Old Testament with the Passion Narrative as Test Case", in C.M. TUCKETT (ed.), The Scriptures in the Gospels (supra, n. 55), pp. 89-115; J. MlLER, Les citations d'accomplissement dans I'Évangile de Matthieu. Quand Dieu se rend présent à toute humanité (Analecta Biblica 140), Roma, Pontificio Istituto Biblico, 1999.

61 - Ch. PERROT, Narrativas da Infância de Jesus (Cadernos Bíblicos 9), Usboa, Difusora Bíblica, 1990; A. MELLO, Évangile selon Saint Matthieu. Commentaire midrashique et narratif (Lectio Divina 179), Paris, Les Éditions du Cerf, 1999, pp. 57-80.

62 - No sentido de origem, geração, nascimento.

63 - O direito matrimonial judaico distinguia o noivado e o casamento, isto é, o começo da coabitação. O noivado ligava de maneira firme os noivos, que eram de facto esposo e esposa. Só um divórcio formal podia anular o seu compromisso e separá-Ios.

64 - O substantivo 'almâh é traduzido por parthénos em Gn 24, 43 e em 15 7,14. Nos outros textos é vertido por neanis (Ex 2,8; Sal 68,26; Cant 1,3; 6, 7), o termo que traduz normalmente na'arâh, o vocábulo hebraico mais corrente para designar uma moça.

65 - P. AUVRAY, Isaïe 1-39 (Sources Bibliques), Paris, Gabalda, 1972, pp. 100 e 326- 329.

66 - Is 7,3.

67 - Is 8,1-4.

68 - R. E. CLEMENTS, "The Immanuel Prophecy of lsaiah 7:10-17 and Its Messianic Interpretation", in E. BLUM, Chr. MACHOLZ e E. W. STEGEMANN (eds), Die Hebräische Bíbel und íhre zweifache Nachgeschíchte. Festschríft für Rolf Rendtorff zum 65. Geburtstag, Neukirchen-VIuyn, Neukirchener Verlag, 1990, pp. 225-240.

69 - Vários textos de Qumran e o Testamento dos Doze Patriarcas documentam a esperança de dois Messias, um de estirpe real e outro de estirpe sacerdotal. F. GONÇALVES, "O cristianismo no séc. I: Tradição e inovação", Cadernos ISTA I/2 (1996), p. 12 (5-32).

70 - A precisão "da Judeia" distingue esta Belém da sua homónima do território de Zabulão (Jos 19,15).

71 - Cf também Ex 4,22.

72 - Sentido temporal.

73 - Esta localização impôs-se. Está documentada no Onomasticon de Eusébío (séc. IV). Fizeram obras no local os Cruzados, os Muçulmanos (séc. XVIII), Moisés Montefiore (segunda metade do séc. XIX) e os Judeus israelenses (nos últimos anos).

74 - P. BEAUCHAMP, "Lecture christique de I'Ancien Testament", Bíblica 81 (2000) 105- 115.