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Há quem não reconheça a existência da Teologia do AT entre as disciplinas académicas. O representante mais conhecido desta opinião é Albertz (1). O autor assinala o desacordo reinante quanto aos métodos usados e, por conseguinte, aos resultados obtidos. Na maioria dos casos, o princípio organizador das teologias do AT tem sido ditado, de maneira explícita ou implícita, pela teologia dogmática do autor. Isso mostra que o AT resiste a qualquer tentativa de sistematização. Daí que von Rad tenha optado por apresentar cada uma das tradições, recitando a história da salvação que elas contam. Por seu lado, Albertz conclui que a única possibilidade é escrever a história da religião de Israel. O autor reconhece que a própria reconstituição da história da religião não escapa ao subjectivismo, mas o risco é menor nesse caso. A história da religião tem também a vantagem de recorrer aos documentos extra-bíblicos e de situar o AT no contexto das diferentes religiões do antigo Próximo Oriente. Esse alargamento do horizonte permite um melhor conhecimento do próprio AT. De facto, as teologias cristãs, sobretudo luteranas, deram mostras de um grande desinteresse pelas outras religiões, de que resulta um grave empobrecimento do conhecimento da própria religião do AT. Esse desinteresse assenta na desconfiança em relação à religião como tal, contraposta à fé. O grande promotor dessa oposição foi Karl Barth. Para ele, a religião seria o contrário da fé. De facto, ela seria própria do ateu. |
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(1) Rainer Albertz,Religionsgeschichte Israels in alttestamentlicher Zeit (Grundrisse zum AT 8), Göttingen, Vandenhoeck und Ruprecht, 1992. | |||||||||
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