Foi-me pedido que assinalasse as principais mudanças ocorridas neste campo nos últimos quarenta anos. A minha atenção incidirá no estudo do Antigo Testamento (AT), actividade que tenho acompanhado de mais perto.

Sendo impossível compreender o alcance das mudanças ocorridas nos estudos bíblicos nas últimas décadas sem lhes conhecer a história anterior, vou primeiro esboçar essa história. Começarei pelas leituras tradicionais – judaica e cristã – do AT. Apresentarei a seguir o estudo histórico-crítico, fazendo um balanço dos seus resultados. Para isso, tomarei como exemplo o livro de Isaías, que me parece constituir uma excelente amostra. Assinalarei a seguir o fim do monopólio dos métodos histórico-críticos e a proliferação dos métodos e das abordagens no estudo da Bíblia. Terminarei com alguns dos resultados, a meu ver, mais significativos do estudo do Pentateuco, dos profetas e, de uma maneira geral, das teologias do AT no decurso das últimas quatro décadas.

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