PAULO JORGE BRITO E ABREU
MENAGEM-HOMENAGEM AO POETA NUNO JÚDICE
«A um poeta manso não se pode chamar poeta.»
Vladimir Maiakovski
Pedem-me sonetos e rosas bravias
Pra alar a emoção do nosso pensamento.
As cobras que empunho são leves e esguias,
Cavalos d’lirando de crinas ao vento.
E foste, votivo, uma praia-portento,
Em ti habitavam as Lílias-Marias,
Rimbaud, Sá-Carneiro em domingo e Advento,
O Barthes, a abarcar, e as «Mitologias».
Irmão, que eras culto, eras cauto e acume,
Em ti eu libero o quilate e a trova,
Nos braços da Luz tu me aquentas o lume,
Em ti eu sidero o privar e a prova,
Saudade, ó cantor, que eras nauta e o Nume,
Poeta, que foste o meu Nuno e a Nova.
Tomar, 14/ 04/ 2024
SIC ITUR AD ASTRA
PAULO JORGE BRITO E ABREU