- O regente declara-o "Director do Meu Real Jardim
Botânico, Laboratório Químico, Museu e Casa do Risco"
(Ajuda).
- Vandelli é conselheiro de finanças de D. João VI, a
quem indica José Monteiro da Rocha (vice-reitor de Coimbra)
para mestre de D. Pedro (I do Brasil e IV de Portugal).
- Despacho de 20 de Agosto autoriza pagamento das
despesas feitas pelos Drs. D. Francisco de Almeida Beja e
Noronha e Tomé Rodrigues Sobral na investigação de Vale da
Mó, cujas águas medicinais foram analisadas por Vandelli
(Cruz).
- Morte do príncipe herdeiro D. José, promotor oficial
das viagens filosóficas. Varíola.
- Alvará de 5 de Junho erige em Tribunal Supremo a
Junta do Comércio, que passa a chamar-se Real Junta do
Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação destes Reinos e
seus Domínios. Domingos Vandelli já era deputado da Junta do Comércio. A
rainha volta a nomeá-lo, com Jácome Ratton, Girardo
Venceslau Braancamp de Almeida Castelo Branco, Joaquim
Machado e João Roque Jorge. A antiga Junta também era chamada Junta da Administração das Fábricas do Reino e Aguas
Livres e DV devia referir-se a ela ao falar da deputação da
Indústria. Na qualidade de deputado da Junta é que Vandelli
estava relacionado com as Aguas Livres e Real Fábrica das
Sedas do Rato.
Se Vandelli não se tinha naturalizado português até à
data, em 1788 fê-lo de certeza absoluta, uma vez que na
Real Junta não se admitiam estrangeiros, sendo obrigados os
deputados a prestar juramento de fidelidade ao Soberano.
- José Alvares Maciel (1751-), aluno de Vandelli,
regressa a Minas Gerais, onde nascera. Dedica-se à
propaganda republicana e pugna pela independência do Brasil.
Envolve-se na conjura do Tiradentes, para a qual alicia
Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante da força
pública de Vila Rica, julgo que irmão de José Bonifácio de
Andrada e Silva. Os outros, incluindo Tomás António
Gonzaga, também serão aliciados por ele e Joaquim José da
Silva Xavier (Tiradentes). Pretendiam criar uma república
independente na região. A Inconfidência Mineira é sufocada
pelo Visconde de Barbacena, Luís de Mendonça. Maciel foi
deportado para Angola por 10 anos, com residência fixa em
Massangano, e obrigação de fundar uma fábrica de ferro. Joaquim José da Silva parte em 1783 para Angola e lá ficará.
A páginas tantas diz que esteve em Massangano. Realmente
encontrou-se lá com Maciel.
- Florae Lusitanicae et Brasiliensis et Epistolae ab
Eruditis Viris Carolo a Linné, Antonio de Haen ad Dominicum
Vandelli Scriptae. Coimbra. Reed. in Romer, 1796.
- Diccionario dos Termos Technicos de Historia Natural
Extrahidos das Obras de Linnéo, com a sua Explicação, e
Estampas Abertas em Cobre, para Facilitar a Intelligencia
dos Mesmos. E a Memoria sobre a utilidade dos Jardins
Botanicos que Offerece a Raynha D. Maria Nossa Senhora.
Coimbra. O dicionário era usado pelos alunos como livro de
texto.
- Sai o primeiro tomo das Memórias Económicas.
- Manuel Dias Baptista, aluno de Vandelli, publica
Ensaio de huma descripção, fizica, e economica de Coimbra, e
seus arredores (Mem. Econ. Acad., I). O trabalho fora
premiado pela Academia em 1783.
- A 8 de Agosto dá entrada na Biblioteca da Univ.
Coimbra uma colecção de 2.313 moedas romanas e várias
antiguidades, entre elas peças egípcias, etruscas, e
inscrições e sepulturas romanas, provenientes do Museu de
História Natural, dizendo Remédios (1905) não saber qual a
sua origem. Faziam parte do museu de Vandelli, e muitas
devem ter entrado também por dádiva de Cenáculo. As
inscrições e sepulturas devem ser as que Vandelli tirou
da Sé Velha de Coimbra, quando faziam obras, e ele mesmo
declara a Correia da Serra que as roubou aos pedreiros para as levar
para o museu. As peças etruscas apanhou-as ele quando
correu os campos etruscos e outras regiões do N Itália, à
cata de produtos de história natural. Peças egípcias provêm
de Vandelli certamente através de Donati, que viajou pela
Arábia e Egipto. Remédios: "O Professor de Filosofia
Domingos Vandelli, e Luís José Foucault, deputado e
secretário da Junta da Fazenda, procederam com o oficial
subalterno da Biblioteca, Bernardo Alexandre Leal, a um
inventário ordenado e metódico de todas as espécies
monetárias."
- Vandelli é Cônsul-Geral de Portugal na Dinamarca.
- Tomada da Bastilha.
- Inconfidência Mineira.
- Viridarium Grisley Lusitanicum, Linneanis, Nominibus
Illustratum. Lisboa.
- Memória sobre a ferrugem das oliveiras. Memórias Económicas da
Academia Real Sc. Lisboa, I.
- Memória sobre a agricultura deste Reino, e das suas
Conquistas. Ibid., ibid..
- Memória sobre algumas produções naturais deste Reino,
das que se poderia tirar utilidade. Ibid., ibid.
- Memória sobre algumas produções naturais
Conquistas, as quaes ou são pouco conhecidas, ou não
aproveitam. Ibid.
- Memória sobre as produções naturais do Reino, e das
Conquistas, primeiras materias de diferentes Fábricas, ou
manufacturas. Ibid..
- Memória sobre a preferência que em Portugal se deve
dar à agricultura sobre as fábricas. Ibid..
- Carta de 27 de Julho (Coimbra) de Vandelli a Correia da Serra:
"Entretanto lhe remeto algumas memórias, que me mandou
ultimamente o pobre, desprezado, perseguido, e escravo Feijó
da Ilha de Cabo Verde".
Uma delas deve ser a Flora Insulana,
ms azul, ACL, que tem uma nota de Brotero a dizer que
precisa de ser corrigida. Há as memórias sobre a urzela e
fábrica de anil, e a da erupção do Fogo. Na mesma carta DV
diz que vai acabar a memória sobre o cobre. Volta a
escrever a 3 de Agosto, enviando um cálculo urinário muito
raro.
A 10 de Agosto diz que partirá no fim do mês. Para a
Dinamarca?