AMPHIBIA

Chioglossidae

CHIOGLOSSA Bocage, 1864
Refs: Bocage, 1864

Chioglossa lusitanica Bocage, 1864//Dupla descrição
Nome vulgar: Vieira diz que é desconhecido do vulgo.
Refs: Bocage, 1864; Boettger, 1869, 1887; Bedriaga, 1880; Sequeira, 1886; Vieira, 1897; Oliveira, 1931; Themido, 1942; Goux, 1957; Serra & Albuquerque, 1963; Aellen, 1965; Crespo, 1971; Viegas & Crespo, 1975
Locus: Coimbra (Rosa col.), Porto, Gerês (Tait col.), Buçaco, Marão. Elvas, Alentejo.
Distr.: Portugal e NW Espanha
Obs.: Semelhança com os Plethodontidae americanos e com Mertensiella caucasica, diz Goux, que informa haver citações para o Alentejo (Elvas). Vieira, em 1887, citou-a para Sintra (Almaça, 1978) e Seabra diz tê-las mandado ali introduzir. Boettger diz que Bocage a citou para o Alentejo e Boscá para Elvas. Crespo atribui a Tait a informação sobre Alentejo. O col. dos espécimes descritos por Boettger, 1869, foi Heyden. Em 1942, no Mus. Coimbra, só havia 5 expls, 4 col. Rosa em 1885, 1 do Gerês, 1887, col. Tait. Oliveira diz que se tem encontrado de Elvas para N, mas que não tem conhecimento da sua existência a sul nem nas regiões mais setentrionais do país. E que é pouco vulgar.
Anomalias: 1. Aellen (1965) refere que fora descrita uma Chioglossa semi-albina, castanha em vez de preta, e com as bandas dorsais castanho-claras em vez de douradas e sem reflexo metálico. 2. D’Alte (1945) comunica que um exemplar de Chioglossa, capturado por Barros Machado em 1942, no Carvoeiro (Viana do Castelo), sofria de melomelia: era um monstro com cinco membros. A quinta pata nasceu na axila da anterior esquerda. 3. Mateus (1944) verificou que a Chioglossa tem dois cromossomas sexuais (digametia do macho), X-Y, quando em princípio os batráquios têm cromossoma sexual ímpar. (Rana temporaria e R. esculenta - esta é um híbrido - segundo uns, não têm cromossomas sexuais). Diz que os autores, em relação aos urodelos, só admitem duas hipóteses: o tipo X-O, ou então não encontram cromossomas sexuais morfologicamente diferenciados. Nenhum aceita a possibilidade do par X-Y, o que Mateus encontrou na Chioglossa.

Paulino de Oliveira e a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira incluem-na na família Chioglossidae: Quioglossídeos.

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