|
|
|
|
|
«Herberto Helder - Se eu quisesse enlouquecia» |
|
Na sequência de um colóquio na Université Sorbonne Nouvelle, em 2014, e de
outro no Brasil, Rio de Janeiro, em 2015, dedicados ao estudo de Herberto
Helder, resultou a obra Herberto
Helder - Se eu quisesse enlouquecia (Oficina
Raquel, 2015). Com
organização de Catherine Dumas, Daniel Rodrigues e Ilda Mendes dos Santos,
que também participaram no corpo do livro, com apresentação e ensaios, a
obra, que apela para o companheirismo do termo «juntos» - herbertianos
reunidos em torno do seu poeta -, conta com o trabalho dos seguintes
autores, presentes em Paris, em Niterói e neste espaço de escrita: Gastão
Cruz, Nuno Júdice, Luis Maffei, Maria Lúcia Dal Farra, Maria Estela
Guedes, Martinho Soares & Maria Helena Jesus, Clara Morando & Inês Lima,
Egídia Souto, Eunice Ribeiro, Pedro Eiras, Maria de Fátima Marinho,
Luís Mourão, Sandra Teixeira, Rosa Maria Martelo, Manuel Frias Martins,
Izabela Leal e Diana Pimentel. Além de outra informação, a obra apresenta
ainda uma bibliografia de Herberto Helder, livros e dispersos por ele
publicados e a lista de obras citadas que, sendo limitada ao facto
emergente, revela já a intensa projeção de Herberto Helder na comunidade
literária sobretudo lusófona. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Bibliografia por João Ribeirete e Margarida Reis (pdf)
(Em: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/revistas/textosepretextos/vol1/bibliografia.pdf ) |
|
|
Herberto Helder nasceu no Funchal, ilha da Madeira, no dia 23 de Novembro de 1930.
Morreu em Cascais, a 24 de março de 2015. Frequentou a Faculdade de Letras de Coimbra, tendo trabalhado em Lisboa como jornalista, bibliotecário, tradutor e apresentador de programas de rádio. Começou desde cedo a escrever poesia, colaborando em várias publicações de que se destacam: Graal, Cadernos do Meio-Dia, Pirâmide, Poesia Experimental (1 e 2), Hidra e Nova.
É um dos introdutores do movimento surrealista em Portugal nos anos cinquenta, de que mais tarde se viria a afastar. É o poeta mítico da modernidade portuguesa contemporânea, não só pela intensidade particular da sua obra (quer considerada em conjunto, quer na simples leitura de um único dos seus versos) mas também pelo seu estilo de vida discreto e avesso a todas as manifestações da instituição literária. |
|
Desde O Amor em Visita, 1958, até mais recentemente, em Do Mundo, 1994, passando por Electronicolírica, 1964, e por Última Ciência, 1988, a sua poesia atravessa várias correntes literárias, manifestando uma escrita muito singular e trabalhada, sendo exemplo de um conseguimento sem falhas, sem debilidades nem concessões. Na ficção, Os Passos em Volta, 1963 (contos), revela o mesmo tipo de elaboração linguística cuidada e encara a problemática da deambulação humana, em demanda ou em dispersão do seu sentido e da sua inteireza. Obras: Poesia – O Amor em Visita (1958), A Colher na Boca (1961), Poemacto (1961), Retrato em Movimento (1967), O Bebedor Nocturno (1968), Vocação Animal (1971), Cobra (1977), O Corpo o Luxo a Obra (1978), Photomaton & Vox (1979), Flash (1980), A Cabeça entre as Mãos (1982), As Magias (1987), Última Ciência (1988), Do Mundo, (1994), Poesia Toda (1º vol. de 1953 a 1966; 2º vol. de 1963 a 1971) (1973), Poesia Toda (1ª ed. em 1981), Ou o Poema Contínuo (2ª. ed., 2004);
A faca não corta o fogo (2008); Servidões (2013); A morte sem mestre
(2014) . Ficção – Os Passos em Volta (1963).
|
|
|
|
|