Gravuras de Almandrade

 

ALMANDRADE


Almandrade. Artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano, poeta e professor de teoria da arte das oficinas de arte do Museu de Arte Moderna da Bahia e Palacete das Artes. Participou de várias mostras coletivas, entre elas: XII, XIII e XVI Bienal de São Paulo; “Em Busca da Essência” – mostra especial da XIX Bienal de São Paulo; IV Salão Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio); Feira Nacional (São Paulo); II Salão Paulista, I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras (Fortaleza); I Salão Baiano; II Salão Nacional; Menção honrosa no I Salão Estudantil em 1972. Integrou coletivas de poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior e é um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista “Semiótica” em 1974. Realizou mais de trinta exposições individuais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo entre 1975 e 2018 e participou de feiras de arte nacionais e internacionais, como SP-Arte, Art-Rio, VOLTA NY e Basel, EXPO Chicago, India Art Fair, entre outras. Tem trabalhos nos principais museus do Brasil e no exterior, com destaque para as coleções do Museu de Arte do Rio (sob curadoria de Paulo Herkenhoff) e do Museum of Contemporary Art de Chicago. Também publicou os livros “O Sacrifício dos Sentidos”, “Poemas” e “Suor Noturno” e na imprensa, “Arquitetura de Algodão”. Suas poesias procuram dar palavras de intensidade plástica e é um dos grandes nomes da poesia visual e do movimento neoconcretismo brasileiro.


“Gosto da gravura em si, da gravura autônoma, da gravura
que 
primitivamente não ilustra nada,
aquela que chamo de gravura 
auto-eidética.”  Gaston Bachelard

 

A gravura é mais que uma reprodução, é um meio de dar continuidade e multiplicidade ao trabalho do artista. A imagem reproduzida sempre surpreende, tem uma autenticidade garantida. Esculturas, pinturas, instalações, objetos desenhos e gravuras, a meu ver, são suportes diferentes capazes de materializar ou veicular um modelo conceitual, obedecendo às suas especificidades de expressão. No meu caso, em cada suporte procuro manter uma coerência estética e conceitual.

A gravura é mais que uma reprodução, é um meio de dar continuidade e multiplicidade ao trabalho do artista. A imagem reproduzida sempre surpreende, tem uma autenticidade garantida.

Nessa série o editor Lincoln Reis foi o curador responsável pela seleção, com um olhar atencioso e comprometido com um projeto cultural. A preocupação de registrar um processo de trabalho, mesmo que sintético, direcionou para uma seleção de desenhos e pinturas realizadas entre as décadas de 1970 e 2010, desenhos em preto e branco cujos originais foram danificados devido as condições que foram expostas numa Salvador ainda provinciana, que rejeitava a arte contemporânea, trabalhos que se perderam no circuito da arte correio dos anos de 1970, somados a outros mais recentes. (Almandrade)

Pioneiro da arte contemporânea na Bahia,
integrante da primeira geração  de artistas contemporâneos do Brasil

 

“Pensei em elementarismo, despojamento, abecedarismo geométricos
mas acabei por optar pela idéia do nudismo abstrato,
para tentar caracterizar a postura e a impostação de Almandrade
ante suas criações  e criaturas sígnicas
que hesitam entre a bi e a tridimensionalidade,
em duas ou três cores, em duas ou três texturas.” 
Décio Pignatari


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